Comando Local de Greve dos professores da UFPE tem início nesta quinta-feira

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18.04.2024

Na tarde desta quinta-feira (18), na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (ADUFEPE) foi realizado o Comando Local de Greve dos professores da UFPE, em pauta de resolução do que não foi decidido na Assembleia de deflagração da greve ocorrida na quarta-feira (17).

Os principais pontos de discussão foram a criação das comissões de mobilização jurídica, infraestrutura e e finanças, ética e articulação parlamentar. O Comando teve à mesa a vice-presidenta da ADUFEPE, Erlene Roberta, representando a diretoria; a professora de serviço social, Soraia de Carvalho; e Viviane Fonseca, professora de enfermagem da UFPE.


A professora Soraia de Carvalho relata a situação atual da paralisação. Foto: Ellen Tavares/LeiaJá
Em entrevista ao LeiaJá, a docente Soraia de Carvalho relata a situação atual da paralisação: “Após a assembleia dos docentes em virtude da deflagração da greve, hoje estamos instalamos o Comando Local de Greve, que é o espaço que irá deliberar sobre as atividades, os informativos, a questão interna da comunidade universitária, o que irá funcionar ou não”.

Soraia disse ainda que a greve não tem tempo determinado, mas salienta o objetivo de conquistar uma pauta de reivindicações. “Uma das pautas é o reajuste da inflação, a recomposição do orçamento da universidade, revogação de várias contrarreformas que retiraram os direitos, inclusive do novo ensino médio, e contrarreforma administrativa. Atualmente a faculdade está trabalhando com um orçamento de apenas 40% do que era anos atrás. Então, a duração da greve está condicionada à conquista desses objetivos”, frisa a docente.

Posicionamento dos estudantes em relação à mobilização
O posicionamento do Comando Local tem apoio e aprovação por parte dos alunos, como também uma adesão em pautas próprias, como as condições de qualidade do Restaurante Universitário (RU). O LeiaJá conversou com o estudante Gabriel Mira que relata solidariedade a mobilização e relata a situação do funcionamento das aulas:.

“A greve dos professores, junto com a dos técnicos, eu entendo que é uma mobilização importante para a categoria, depois de muitos anos sem reajuste salarial, então é algo que devemos nos movimentar e apoiar. Como aluno, entendo em uma outra visão, é uma situação que vai prejudicar muito o andamento acadêmico, como formação e conclusão de curso, pagar estágio nos cursos de licenciatura, e em nenhuma dessas atividades os professores grevistas não vão auxiliar”, diz Gabriel.

O Fórum dos Diretores Acadêmicos garante a continuidade do calendário de aulas. Os professores grevistas irão repor carga horária e os professores não grevistas poderão utilizar o horário para dar prosseguimento ao cronograma acadêmico.


O diretor da ADUFEPE relata sobre os próximos passos da greve dos professores. Foto: Ellen Tavares/LeiaJá
Diretoria da ADUFEPE
Segundo o diretor da ADUFEPE, Audísio Costa, o próximo passo da greve dos professores da UFPE será o começo do debate entre os docentes e a diretoria no Comando Local.

“O sentido deste debate reforça o fortalecimento da nossa unidade para garantir a nossa conquista, sendo fundamental para a melhoria das condições de trabalho e funcionamento da universidade. Pedimos compreensão dos estudantes, pois a paralisação de hoje é para melhorar amanhã a graduação e pós-graduação em pesquisa e extensão”, diz Audísio.

Para além da greve, será realizada uma mobilização de café da manhã e panfletagem na entrada do campus na segunda-feira (22), às 7h. Os professores entregarão o documento de greve à reitoria, pontuado nos direitos a serem respeitados durante a mobilização.

A nova reunião do Comando Local da Greve está marcada para a próxima segunda-feira (22), às 14h, na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (ADUFEPE).

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