Maio 2017

Assistência ultrapassa o apoio financeiro ao estudante


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Eliza Brito

Ampliar o acesso, as condições para a permanência e garantir o êxito do jovem na educação superior pública federal até a conclusão do curso são os principais objetivos da Política de Assistência Estudantil da UFPE, gerida pela Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis (Proaes). A proposta vai muito além do fato de assegurar os recursos materiais para os estudantes.

“A Proaes mudou a forma de analisar a assistência estudantil. Não trabalhamos com a assistência apenas no sentido da transferência de recursos para o aluno. Nós somos uma pró-reitoria para assuntos estudantis. Vemos o estudante como um ser integral”, explica a pró-reitora Ana Cabral. Na gestão da unidade desde o final de 2015, a professora reestruturou a Proaes, que agora tem três diretorias: de Assistência Estudantil; de Alimentação e Nutrição; de Esporte, Cultura e Lazer; e a vinculação da gestão financeira e administrativa do Núcleo de Educação Física e Desportos à Proaes.

A Diretoria de Assistência Estudantil (DAE) conta com o Núcleo de Atenção à Saúde do Estudante (Nase), para cuidar especificamente dos alunos com vulnerabilidade socioeconômica. O acesso dos alunos aos benefícios é garantido por meio de editais. Pelos Programas de Moradia Estudantil 2016.1 e 2016.2, foram 92 os estudantes contemplados. Já pelo Edital de Assistência 2016.1, foram benefi ciados 755 alunos. E no Nase, uma média mensal de 370 estudantes recebe atendimento médico eletivo, psicológico, psiquiátrico, psicopedagógico, de enfermagem, de serviço social e de educação sexual.

Outro programa da DAE que merece destaque é o Probem (Programa de Bem-Estar Mental), que foi reativado nesta gestão e atende, mensalmente, cerca de cem estudantes, nos três campi (Recife, Vitória e Caruaru). A diretoria também instituiu, em março, um programa para atendimento às mulheres vítimas de violência nos três campi.

Uma campanha criada pela agência experimental Minerva, ligada ao curso de Publicidade e Propaganda, em parceria com a Pró-Reitoria de Comunicação, Informação e Tecnologia da Informação (Procit), está dando visibilidade ao programa. “O acolhimento, no Nase, a essas mulheres é prioritário e especial. A partir daí, elas são encaminhadas para os hospitais preparados, como o da Mulher e o Wilma Lessa”, explica Ana Cabral.

Vinculados à política de assistência, os Restaurantes Universitários (RUs) dos três campi também são foco da Proaes. “O reitor conseguiu, junto ao Ministério da Educação (MEC), R$ 3 milhões, específicos para o RU de Caruaru, o que garantiu a conclusão da licitação. Ele começou a funcionar no primeiro semestre de 2017”, diz ela. O RU do Centro Acadêmico de Vitória (CAV) ainda dependerá de recursos complementares para a sua construção.

A pró-reitoria destaca, ainda, o lançamento, em agosto de 2016, da Política de Esportes da UFPE, com a reativação da Associação Atlética Acadêmica Desportiva (AAAD). Ela também enfatiza as reuniões com diferentes categorias dos estudantes, para discutir as principais questões relativas a eles, que passaram a ser realizadas na sua gestão. Quanto às consequências em relação à redução de recursos do Governo Federal para as políticas de assistência, em 2015, a pró-reitora explica que o fato determinou a reestruturação do Plano de Assistência Estudantil da UFPE para colocar um teto nos gastos.

Os alunos foram classificados em níveis, para que todos pudessem ser ajudados, mesmo com a redução dos recursos. “As bolsas foram reajustadas, para que novos estudantes em situação de vulnerabilidade fossem assistidos”, afirma Ana Cabral.


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