Maio 2017

UFPE investe na formação docente e na interdisciplinaridade


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Eliza Brito

A busca da renovação do modelo de formação acadêmica da UFPE tem orientado a gestão do pró-reitor para Assuntos Acadêmicos (Proacad), Paulo Goes, à frente da pasta há pouco mais de um ano. O investimento na formação docente e o aperfeiçoamento da gestão da informação acadêmica são as prioridades dessa gestão, que objetiva consolidar um trabalho que já vem sendo feito há alguns anos.

“Estamos absolutamente convencidos de que a UFPE precisa de um novo modelo de gestão para os seus cursos de graduação. Esse modelo deve ser norteado pelos princípios da interdisciplinaridade, da internacionalização e da integração com o mundo do trabalho”, explica Paulo Goes. O pró-reitor defende, ainda, que a criação deste novo modelo depende da implementação de peças regulatórias necessárias. “Existem quatro dessas peças que são essenciais. São elas: o novo estatuto da Universidade, a resolução de atividades docentes, a resolução do estágio probatório e a resolução de progressão”, explica.

No eixo da formação docente, é dado destaque para a ênfase na inovação dos processos formativos. Foi implantado, em 2016, o Programa de Inovação Pedagógica permanente para a qualificação da formação docente. O programa prevê a criação de um curso lato sensu em Docência do Ensino Superior, e vem sendo desenvolvido em parceria com a Conecte, o Grupo Saber Saúde e o Núcleo de Formação Continuada Didático-Pedagógica dos Professores (Nufope). O pró-reitor também ressalta o reforço e a consolidação da Semana de Formação Pedagógica – que tem o objetivo de construir uma filosofia de docência universitária.

Houve a regulamentação interna do componente EAD (Educação a Distância) dos cursos de graduação da UFPE, que determina que os cursos possam ter até 20% da carga horária total com a mediação de tecnologias. Esse processo foi agilizado após a vinculação da Conecte à Proacad, promovida pela atual gestão. A meta é que, até 2017, um terço dos cursos esteja reformado e atendendo à regulamentação.

Paulo Goes também destacou a parceria com a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) no projeto de curricularização da extensão. No campo da formação para o trabalho, o pró-reitor enfatiza a aprovação da nova resolução de estágio, o Portal do Estágio e o apoio a eventos. Já no campo da internacionalização, a parceria com a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) possibilitou que o programa Idiomas sem Fronteiras fosse levado para o Campus de Caruaru. O início do programa no Campus de Vitória já está em planejamento e o Laboratório de Línguas, no Centro de Artes e Comunicação (CAC), no Campus Recife, está sendo reformado.

No eixo da gestão da informação acadêmica, o pró-reitor destaca a consolidação do processo de avaliação do docente pelos discentes e a implantação da caderneta eletrônica por meio do Siga, ambas implementadas em todos os centros e cursos da UFPE e possibilitadas pela parceria com o Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI).

Ele também enfatiza a criação da câmara de análise de dados acadêmicos, realizada em parceria com a Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Proplan), que reúne especialistas e todas as pró-reitorias. “Com a Câmara, nós temos feito um exaustivo trabalho nas análises de evasão e de retenção nos cursos da Universidade, o que tem propiciado a produção de relatórios para os centros e para os cursos, e melhorado o nosso modelo de decisão dentro dos cursos”, esclarece Paulo Goes.

“Nós estamos num momento revisionista. A Universidade tem que ser flexível e atenta às transformações de cada época. Ela tem que assumir a defesa intransigente de universidade como patrimônio público e encarar a interdisciplinaridade como princípio; consolidando uma formação autônoma, cidadã e crítica”, finaliza o pró-reitor.


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