Linhas de Pesquisa

PDF Imprimir E-mail

Mestrado

 

Ontologia

Essa Linha abrange o campo teórico de investigação reivindicado anteriormente pela metafísica. Não se limita, porém, a uma ontologia geral (o estudo das categorias do ser), mas abrange ontologias regionais onde categorias lógicas, epistemológicas, de linguagem são também fundamentais para o estudo de temas e problemas herdados da tradição metafísica: onto-teologia, espaço-tempo, causalidade, liberdade, identidade, subjetividade, verdade, relação mente-corpo. As pesquisas que se abrigam nesta Linha visam não apenas uma rememoração histórica dos pensadores da Modernidade e Contemporaneidade às voltas com esses problemas ontológicos, mas também uma retomada desses discursos para pensar essas problemáticas no horizonte da finitude, da analítica existencial, da virada lingüística, do avanço das neurociências, da tecnociência e dos respectivos referenciais teóricos.

 

Ética e Filosofia Política

Essa Linha de Pesquisa tem um duplo propósito. Em primeiro lugar tenta investigar a forma pela qual os homens se comportam em determinado momento histórico, criando um código de conduta que passa a ser adotado pelos indivíduos em sociedade. Procura, então, estudar seus fundamentos e sua trajetória na história, particularmente nas eras moderna e contemporânea. Em segundo lugar, procura articular o elemento ético com a filosofia política, através da reflexão crítica sobre temas que inquietam o homem diante dos problemas levantados pela sua inserção no mundo. Serão trabalhados, nesta linha, temas como o comportamento ético dos indivíduos, bioética, ecofilosofia, o impacto da tecnociência nos indivíduos e na sociedade, contratualismo, poder, liberalismo, praxis, e pós-modernidade.

 

Doutorado

 

Filosofia Analítica

É uma abordagem que privilegia a análise lógico-lingüística (ou conceitual) dos problemas que a tradição identifica claramente como "filosóficos". Por isso, um estudo da Lógica e da Filosofia da Linguagem nesta linha é considerado como propedêutica para desenvolver e produzir novos conhecimentos em qualquer outra área tradicional da Filosofia (Ética, Teoria do conhecimento, Estética, Metafísica, etc.). Esta linha, portanto, tem como enfoque a Lógica e a Filosofia da Linguagem (que, atualmente, não pensa independentemente das concepções da ação e da mente).

 

Filosofia Prática

Esta linha de pesquisa reúne as dimensões ética e política do agir humano, tanto individual como coletivo, agrupando pesquisadores da região aptos a apresentar, historicamente ou tematicamente, as grandes doutrinas da Ética e da Filosofia Política.

 

Metafísica

Esta linha de pesquisa pretende elucidar e discutir as questões metafísicas oferecidas pela tradição ocidental, notadamente, as referentes ao problema do ser, dos primeiros princípios, do ente supremo, etc. Considera, também, as transformações que a Metafísica sofre na modernidade como ciência das características ou predicados gerais do que existe (Ontologia), por um lado, e como uma série de novos e velhos problemas de Cosmologia, Teologia e Pneumática (Teoria da Alma), reunindo-se sob a rubrica da Metafísica especial.

Vislumbra, ainda, certos esforços sistemáticos de caráter positivo aportados pelo pensamento contemporâneo que reconstrói ou reformula teses da Metafísica tradicional, bem como toda a gama de críticas que a Metafísica recebe a partir de Kant, incluindo Nietzsche, Husserl, Hartmann, Heidegger e os vários encaminhamentos anti-metafísicos da Epistemologia hodierna.

 

 

Linhas de pesquisa

(Proposta anterior)

As novas Linhas de Pesquisa, a partir de 2007, continuam três, mas passam a ter a seguinte denominação: Metafísica e subjetividade; Ética e filosofia política; Filosofia da ciência e da linguagem.

 

1. A Linha de Pesquisa Metafísica e Subjetividade abrange o campo teórico de investigação essencial para compreensão de nossa Modernidade e Contemporaneidade. As duas problemáticas estão indissociavelmente interligadas de tal modo que o destino de uma afetará o da outra. Se inicialmente a Metafísica é repensada a partir da primazia do Sujeito sobre o Ser, a desconstrução progressiva da Metafísica acarretará a crise das figuras do Sujeito, o qual tinha se tornado o referencial teórico que assegurava a unidade do universo simbólico da Modernidade.

A reação à Metafísica da subjetividade tomou várias direções. As figuras, certamente não únicas, mas talvez mais representativas que simbolizam essa reação, são os chamados “mestres da suspeita”: Marx, Nietzsche e Freud. O questionamento radical ao Sujeito da Modernidade encontrou fortes ressonâncias em filósofos e correntes de pensamento no século XX, tais como a analítica existencial, a “virada lingüística”, o paradigma estruturalista e, ultimamente nos avanços das neurociências e da farmacologia.

Retomar as problemáticas da metafísica e da subjetividade não é um empreendimento intelectual anacrônico. É uma exigência teórica e uma necessidade político-cultural. A crise da noção do sujeito se reflete no destino da civilização ocidental. Ao ser ‘pensada’ como um distanciamento da Metafísica e uma dissolução da idéia clássica de homem, da pessoa humana que sobre ela se fundava, corre o risco de abdicar de uma racionalidade ordenadora de fins em favor de uma racionalidade instrumental. Trata-se, pois, de repensar a subjetividade não mais contra as diversas concepções do inconsciente e as muitas provas da finitude; mas, depois disso, renunciando à crença em uma liberdade autônoma, em uma consciência soberana e em um sujeito noumenal fora da história. Tarefa que permanece um desafio teórico e prático para a pesquisa em filosofia.

Nesse sentido, os Projetos de Pesquisa dos Professores vinculados a essa Linha pretendem oferecer uma contribuição à História da Subjetividade, realizando uma leitura mais matizada do pensamento dos filósofos da Modernidade e dialogando com os novos discursos sobre subjetividade marcados pelo descentramento, fragmentação, diferença e alteridade.

2. A Linha de pesquisa Ética e Filosofia Política retoma dois outros grandes temas da reflexão filosófica da Modernidade – o ético e o político – cujos desdobramentos se enriqueceram e complexificaram na Contemporaneidade com os novos problemas postos pelo avanço da tecnociência no mundo da vida e das mudanças político-econômico-culturais que desaguaram no fenômeno ambivalente da globalização.

Nesse sentido, a Linha aglutina Dissertações de Mestrado e Projetos de Pesquisa dos Professores voltados tanto para a compreensão das soluções propostas pelos clássicos da Modernidade quanto para busca de novas respostas aos desafios ético-políticos de nossa Contemporaneidade.

 

3. A Linha de Pesquisa Filosofia da Ciência e da Linguagem retoma o problema epistemológico, central na Modernidade, e acompanha seus desdobramentos tanto na vertente dos avanços das ciências físicas, biológicas e neurológicas quanto na vertente da ciência da linguagem..

Essa Linha engloba as pesquisas que investigam as questões filosóficas postas pela Modernidade para a Ciência e a Linguagem. São pesquisas que desenvolvem, nas diversas ciências particulares, questões metafísicas e epistemológicas e, em geral, o problema da demarcação entre o discurso científico e aquele das chamadas ciências humanas. As que se referem à Filosofia da Linguagem exploram o potencial dado pela chamada "virada lingüística" tanto na análise da relação da linguagem com a mente e com o mundo, como na abordagem das questões filosóficas clássicas em Metafísica, em Ética, em Ciências, etc.

Os dois núcleos, Filosofia da Ciência e Filosofia da Linguagem, portanto, são interdependentes e abrigam projetos que investigam a "virada epistemológica" da modernidade em conjunto com a "virada lingüística" da Contemporaneidade.