Diario urbano: reordenamento do Cais de Santa Rita deve se arrastar mais

PDF Imprimir E-mail

27/04/2017

 

De porta de entrada do Centro para quem se deslocava de ônibus da Zona Sul do Recife e de Jaboatão, Moreno, Cabo e São Lourenço da Mata, até o início desta década, o Cais de Santa Rita guarda pouco. As integrações ônibus/metrô contribuíram para a perda desta função. A retirada das linhas diretas de outras cidades, com grande número de passageiros, impactou no comércio. E a degradação do complexo construído para abrigar barracas e fiteiros aumentou. Ao final de 2013, a necessidade de reformar o espaço era inquestionável. Fechou-se o lugar. Derrubou-se a estrutura degradada. Por meses e meses, tudo permaneceu no chão. Para quem teve o primeiro contato com o Centro do Recife a partir do Cais, como eu, o telhado do novo galpão, erguido para cerca de 500 comerciantes cadastrados, é suspiro na ideia de um reordenamento, iniciado em 2014. E que deve se arrastar mais. Dos cerca de 500 comerciantes, 40 apenas terão o canto reaberto em maio. Para quem esperou três anos, no entanto, melhor pensar no “antes tarde do que nunca”.

Força dos cones

Bastaram cinco cones e um agente de trânsito para amenizar ontem os congestionamentos que se formavam no cruzamento da Rua Ribeiro de Brito com a Professor João Medeiros, em Boa Viagem. O que eram filas duplas e triplas foram canalizadas, ao se dispor os cones, para corredor único junto ao canal.

Debaixo da lona

Choveu e as lonas plásticas colocadas nas encostas do Jordão e do Ibura, no Recife, diminuíram o medo de desabamentos nas encostas. O incômodo é que passados alguns dias, segundo moradores, baratas e escorpiões se propagam. O calor e a unidade embaixo das lonas são propícias para reprodução dos bichos.

Confusão no nome

Ao acrescerem nomes de pessoas a antigas ruas do Recife, os legisladores confundem a cabeça de quem procura endereços ou tenta informar corretamente. Morador da Imbiribeira não sabia dizer ontem se a “Avenida Sul Governador Cid Sampaio” era a mesma “Avenida Sul”. Descobriu que sim consultando um aplicativo.

Ninguém escuta

O sumiço das grades da ponte sobre o Rio Tejipió, como noticiado ontem pela coluna, não é fato isolado em Afogados. Comerciante reclama da mureta quebrada da Ponte de Afogados. “Reclamo desde 2016, mas ninguém ouve”. Foi do trecho quebrado que ladrões jogaram uma musicista, 21 anos, no rio

Margens ocupadas

Só não enxerga quem não quer. As áreas alagáveis nas proximidades da Ponte de Dois Irmãos, elo entre os bairros Sítio dos Pintos e Dois Unidos, na Rua Ribeiro Pessoa, no Recife, estão sendo ocupadas por imóveis. São casas à beira do canal. E que serão tomadas pelas águas a qualquer chuva forte.

Produtos de higiene

Chegou à UFPE, no Campus Recife, a campanha de arrecadação de produtos de higiene pessoal destinados a moradores de rua. O ponto de coleta funciona no Departamento de Hotelaria e Turismo, das 8h às 19h. Os produtos serão doados ao grupo Pão da Vida, que atua nas terças-feiras no Centro da cidade.

Olho no matagal

O cronograma das obras do Canal do Fragoso, em Olinda, define dezembro deste ano como limite para o término dos serviços. Pelo ritmo, os moradores dos arredores do canal creem na possibilidade. Ficam com “um pé atrás” ao verem o matagal que se espalha em alguns trechos do curso d’água.

 

Link da Matéria