Carga viral da Covid-19 no esgoto do DF aumenta 75% em setembro se comparada a agosto

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16/09/2021

No período entre 5 e 11 de setembro, a carga viral da Covid-19 na rede de esgotos do Distrito Federal aumentou 75% na comparação com o registrado na semana anterior, de 29 de agosto até 4 de setembro. O estudo, publicado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), é feito pela Rede Monitoramento Covid Esgotos que acompanha a presença do novo coronavírus em oito estações de tratamento de esgotos (ETEs), que correspondem a cerca de 80% da população de Brasília (saiba mais abaixo).

Os índices medidos foram de 963,3 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes. Na semana anterior, ele havia sido de 551,9 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes.

Segundo a ANA, a carga viral é a maior, no DF, desde abril DE 2021. Na semana entre 18 e 24 de abril, que, até então, havia tido a de maior concentração, a carga viral chegou a 1,41 trilhão de cópias do novo coronavírus por dia para 10 mil habitantes.

Tendência de alta
De acordo com a Nota de Alerta da Rede Monitoramento COVID Esgotos, foi observada uma tendência de aumento da carga viral no esgoto em todas as ETEs monitoradas, exceto na estação de São Sebastião. A maior elevação foi verificada na ETE Brasília Norte, localizada na Asa Norte (veja gráfico acima).

"Essa elevação da carga viral é convergente com o aumento do número de casos confirmados de Covid-19 no Distrito Federal nesse período", diz a nota.
O que é a Rede de Monitoramento Covid Esgotos?
A Rede Monitoramento COVID Esgotos acompanha as cargas virais e as concentrações do novo coronavírus no esgoto de seis capitais e cidades que integram as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. O trabalho foi criado para fornecer subsídios que auxiliem na tomada de decisões para o enfrentamento da pandemia.

O monitoramento traz ainda alertas dos riscos de aumento da incidência do vírus por região. "Com os estudos, a Rede pretende identificar tendências e alterações na ocorrência do vírus no esgoto das diferentes regiões monitoradas, o que pode ajudar a entender a dinâmica de circulação do novo coronavírus", dizem os responsáveis pelo trabalho.

A Rede é coordenada pela ANA e INCT ETEs Sustentáveis com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Além disso, trabalha em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as secretarias de saúde e as companhias de saneamento locais.

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