CESAR, a primeira célula

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29/09/2022

O podcast Diario Econômico desta semana dá um mergulho no CESAR, o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, a primeira célula do ecossistema de tecnologia e inovação que existe na capital pernambucana, sob gestão do Porto Digital.

Com 26 anos de fundação, o CESAR vem dando larga contribuição para a transformação digital na economia e se tornou uma referência nacional no setor. Nascido da iniciativa de professores do Departamento de Informática da Universidade Federal de Pernambuco, o CESAR, assim como acontece atualmente com muitas startups, também precisou superar muitos desafios para se tornar reconhecido e respeitado.

E coube ao Centro trazer a solução para um problema que era recorrente em Pernambuco: a debandada de mão de obra especializada em tecnologia.

Quem conta essa história do CESAR, no podcast desta semana, é Eduardo Peixoto, CEO da instituição. Também conversei com Carlos Pompeu, gerente de relacionamento educacional da CESAR School, um spin off do centro de estudos.

Seu César está?
No começo, até o nome atrapalhava. Muita gente ligava querendo falar com “Seu César”, recorda Peixoto. Mas agora é diferente. Bem diferente. Na pandemia, o CESAR viu seu faturamento triplicar e suas vendas crescerem três vezes e meia. “Só não crescemos mais por falta de mão de obra", observa Peixoto.

Nota 2
O CESAR tem 100 vagas em aberto e não consegue preencher. Não é à toa que em 2007 nasceu a CESAR School. “O CESAR, por natureza, é um ambiente de educação, é uma grande escola. Havia um modelo mental na época que levou a criação da faculdade”, diz Pompeu. Hoje, existe até residência em TI, modelo inspirado na residência médica.

Foco na solução
O engraçado é que a faculdade não começou pela graduação, mas pelo mestrado. A CESAR School foi pioneira ao criar o primeiro mestrado no país em Engenharia de Software. O modelo de ensino é inovador e coloca os alunos em contato com as empresas que estão em busca de soluções para seus problemas.

Futuro instigante
Também falamos sobre o impacto que as tecnologias vão gerar lá no futuro. Carlos Pompeu ressaltou que os alunos de doutorado estão se deparando com problemas complexos na área de engenharia de software. “É desafiador. Precisamos cada vez mais formar pessoas capazes de desenhar e planejar esse futuro”, disse.

Perdemos
"Temos problemas estruturais no Brasil. Falta visão de longo prazo. Perdemos a primeira grande oportunidade nos anos 2000, porque nunca colocamos atenção para a mudança que estava acontecendo no setor de TI. A Índia começou a se colocar para o mercado como grande exportadora de software e assim gerou milhares de empregos”, recordou Peixoto.

E o 5G?
Eu também indaguei nossos entrevistados sobre as oportunidades trazidas pelo 5G. Para saber o que dizem sobre esse e outros temas, convido você a ouvir essa edição do podcast Diário Econômico. Acesse o os players abaixo para ir direto às nossas plataformas de YouTube e agregadores de podcasts.

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