Polo automotivo tem estimulado inovação e impactado na formação educacional e profissional

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26/12/2022

O excelente desempenho do Polo Automotivo Stellantis em Pernambuco é resultado de um conjunto de ações coordenadas que incluem planejamento, investimento financeiro e em soluções tecnológicas, e o não menos importante investimento na formação de mão de obra especializada para trabalhar na fábrica de automóveis e diversas empresas que formam a cadeia produtiva.

Se desde 1957 Pernambuco já contava com a fábrica das Baterias Moura – que ao longo de décadas apostou em Belo Jardim e hoje produz 10 milhões de baterias por ano, em cinco fábricas que fornecem para todo o Brasil –, a chegada da Stellantis ao Estado trouxe para o segmento pelo menos 16 empresas fornecedoras para o ‘suplier park’.

Para se ter a ideia desta cadeia, ela gera uma demanda contínua de profissionais qualificados, formados majoritariamente em instituições de ensino e pesquisa locais, através de convênios realizados com as empresas do polo.

“Logo nos primórdios do projeto, estabelecemos parcerias com o Governo do Estado e prefeituras e desenvolvemos programas de capacitação e complementação de escolaridade, para que moradores da região pudessem trabalhar nas obras de construção do polo. Depois, muitos continuaram sua jornada de capacitação e foram absorvidos pelas plantas automotivas e de autopeças. Desde o momento em que a planta começou a ser construída, as parcerias com universidades, institutos de pesquisa e centros de fomento foram imprescindíveis para o sucesso do empreendimento”, destaca Mateus Marchioro – plant manager da Stellantis em Pernambuco.

EDUCAÇÃO

O executivo explica que as parcerias com o Sistema S, com universidades locais – como a UFPE, UFRPE, UFPB e o CESAR – e outros centros de pesquisa e treinamento foram essenciais para acelerar o desenvolvimento tecnológico.

“Atualmente, por exemplo, estamos com inscrições abertas para a segunda turma do Programa Resitec, em parceria com a Facepe e Secti-PE, para qualificação dos profissionais através de pós-graduação em Ciência de Dados e Analytics da Universidade de Pernambuco. Então, atuamos com essas parcerias para desenvolver profissionais que já estão no Polo e fomentar possíveis novas contratações”, explica Marchioro.

O mesmo acontece com a Baterias Moura – cujo parque industrial está firmado no Agreste Central. “Antes do polo de Goiana, a Moura já atuava fortemente em Belo Jardim, com fornecimento para a própria Jeep/Fiat. Com o início das operações, houve um reforço e uma aproximação maior entre nossos times para desenvolvimento de soluções e iniciativas em prol da Stellantis. Como empresa, investimos de forma crescente em novas tecnologias e inovações no dia a dia, desenvolvendo baterias avançadas e colocando o Brasil como um dos países referência em acumuladores de energia”, explica Antonio Junior, diretor-geral de Baterias Brasil.

O diretor da Moura ressalta a importância das parcerias tecnológicas com instituições do segmento em países nas Américas, na Europa, na Ásia e no Brasil – incluindo o Instituto de Tecnologia Edson Mororó Moura (ITEMM) – primeiro centro tecnológico do País voltado para pesquisas sobre acumuladores e armazenamento de energia.

Entre os benefícios sociais apontados por relatório da Ceplan (Consultoria Econômica e Planejamento) sobre o Polo Automotivo de Goiana está o aumento da escolaridade e a redução do abandono escolar – em especial na educação básica (ensino fundamental e ensino médio) em toda a região de influência da Stellantis e sua cadeia de logística (supply chain), segundo dados do Inep-MEC (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério da Educação).

INVESTIMENTO

De um total de 14,3 milhões de automóveis produzidos no Brasil entre 2015 e 2021, nada menos que 7,3% foram oriundos das instalações da Stellantis em Pernambuco. - Divulgação/Stellantis
Nem todos os resultados da implementação do Polo Automotivo de Goiana podem ser representados por números, mas muitos números representam claramente o sucesso da empreitada. De um total de 14,3 milhões de automóveis produzidos no Brasil entre 2015 e 2021, nada menos que 7,3% foram oriundos das instalações da Stellantis em Pernambuco.

A participação da fábrica de Goiana aumentou de 2,4% no ano de 2015, para 13,2%, em 2021, com os modelos Jeep Commander, Jeep Compass e Jeep Renegade – segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

“Estamos no meio de um ciclo de investimento de R$ 7,5 bilhões para o desenvolvimento das novas gerações do Jeep Renegade e Compass, da Fiat Toro e o lançamento do Jeep Commander, que aconteceu no ano passado. Outros modelos inéditos virão. Além disso, estamos concentrados em ampliar a cadeia de fornecedores locais e na qualificação de pessoas. Isso tudo contribui para continuarmos na vanguarda da tecnologia e da inovação”, complementa Mateus Marchioro, plant manager da Stellantis em Pernambuco.

 

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