Com apenas 12 deputados na base, Raquel Lyra enfrenta greves e impasses em Pernambuco |
30/07/2023 Responsável por encerrar um ciclo de 16 anos do PSB em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSDB) vem encarando uma série de turbulências à frente do Executivo estadual. Com apenas 12 dos 49 deputados em sua base, o que obriga o governo a negociar com o Legislativo a cada votação, a tucana enfrenta ameaça de greve de professores e rodoviários e sofre com os resquícios de um “exoneraço” que promoveu ao assumir a cadeira. Além disso, o PT, que hoje adota uma postura de independência no estado, deverá migrar para a oposição. Casamento: Com presença de Lula, Janja, músicos e políticos, Randolfe Rodrigues se une a advogada em Brasília O reajuste para os professores gerou um impasse para Lyra nas últimas semanas. Após meses de tramitação na Assembleia e de ter sido reprovado pelas comissões de Educação e Finanças, o aumento salarial de 14,95% do piso foi aprovado em plenário no fim de junho. A proposta contempla 28 mil profissionais — 6 mil efetivos, 19 mil temporários e três mil recém-contratados — mas o sindicato da categoria diz que outros 52 mil servidores ficaram sem reajuste. Uma greve foi declarada para a última terça-feira, mas não foi deflagrada, já que o Tribunal de Justiça de Pernambuco a declarou ilegal. Infográfico mostra como está apoio à governadora Raquel Lyra na Assembleia Legislativa de Pernambuco — Foto: Editoria de Arte
Na última semana, a tensão também aumentou entre os rodoviários e os metroviários, que promoveram uma greve na Grande Recife. Os servidores pedem reajuste salarial. O metrô chegou a ficar 48 horas sem funcionar. No Twitter, Raquel Lyra afirmou respeitar o direito dos trabalhadores de se manifestarem. Relação com a Alepe — Raquel tem um estilo de governar bem diferente do tradicional. Primeiro, não avaliou a questão de mesa diretora da Casa, de ter uma relação mais próxima. Ela precisa usar os líderes na Casa para aprovar as reformas que serão encaminhadas no início do segundo semestre — diz Antonio Moraes (PP), da base do governo. Ministras barradas: GSI alega 'quantidade elevada de visitantes'
Acenos a Lula Na avaliação de Anderson Henrique, mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a relação com o petista pode impactar nas eleições do ano que vem: — A aproximação com o governo federal pode afetar sua popularidade entre eleitores mais conservadores. Para evitar conflitos com o governo federal, Raquel tem sido cautelosa, já que a vice-governadora (Priscila Krause, do Cidadania) deve ser candidata. |