Agrinez Melo apresenta performance sobre o estudo da poética matricial dos Orixás; saiba mais |
12/01/2024 A pesquisadora, candomblecista e atriz recifense Agrinez Melo, junto com o artista arcoverdense Everson Melo, traz teatralidade, ancestralidade e visibilidade para apresentar a performance, ''Poética Agbara Ara: flor e ferro na essência das avós Maria'', em Recife, na Caixa Cultural no dia 16 de janeiro, a partir das 19h; e em Arcoverde, na Estação da Cultura, no dia 20 de janeiro, de 19h também. O projeto intitulado de ''O Agbara Ara: Dramaturgia dos Orixás como possibilidade de novas narrativas para a cena'', por meio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), tem a oportunidade de compartilhar conhecimentos, frutos da investigação feita pela artista em relação ao corpo, a matriz afro-indiginea, a ancestralidade e o teatro. Ele faz parte de uma das ramificações de sua pesquisa: Poética Matricial dos Orixás e Encantados. O estudo é consequência do rompimento das fronteiras entre as cidades de Arcoverde e Recife, por meio da parceria da recifense Agrinez Melo e do arcoverdense Everson Melo, que compartilham e trocam suas vivências negras e seus princípios relacionados à matriz afrocentrada. A partir disso temos uma apresentação centrada em dar visibilidade ao corpo negro nas artes cênicas. A dramaturgia dos dois artistas se encontra na apresentação da performance ''Poética Agbara Ara: flor e ferro na essência das avós Maria''. O espetáculo traz à cena a energia dos orixás e encantados, dialogando com os conhecimentos repassados pelas ancestrais de Agrinez e Everson, as avós Maria, e passeia entre o doce e perfume da flor e o ferro guerreado das mulheres/ avós que passaram pela terra. Os dois intérpretes irão nortear as ações da pesquisa em sua representatividade, ritualizado na cena. A duração da performance varia entre 20 e 30 min. Depois da apresentação, haverá bate-papo dos artistas com o público, sobre a pesquisa e suas ramificações para a cena, e para além do teatro. - PUBLICIDADE - A pesquisa também contou com visitas a terreiros: o de umbanda Ilê Axé Ogum Sete Ondas, onde o ator faz parte em Arcoverde e o de candomblé nagô Ilê Oba Aganju Okoloyá (também conhecido como o Terreiro de Mãe Aamara) de Recife, casa que Agrinez frequenta, interligando as vivências e redescobrindo os espaços criativos da cena e através do Ara (corpo em yorubá) e seu Agbara (palavra em yorubá que significa poderoso, o que conhece a si mesmo a partir do reconhecimento ancestral), criando uma dramaturgia negra para a cena, através dos corpos e suas múltiplas leituras ancestrais. Leia também Everson Melo Serviço Onde: Caixa Cultural Recife - avenida Alfredo Lisboa, 505, Recife-PE Onde: Estação da Cultura - avenida Zeferino Galvão, 119, Arcoverde-PE |