Professores da UFPE iniciam greve da categoria nesta segunda-feira (22) |
22.04.2024 Na manhã desta segunda-feira (22), professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) deram início ao movimento grevista a partir das 7h, com café da manhã e panfletagem para os docentes, na entrada do Campus Recife, na Cidade Universitária. A presidenta da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), professora Teresa Lopes, convidou os colegas a aderirem e fortalecerem o movimento. "Estamos convocando todos os professores a participarem da greve, é muito importante a participação de todos", afirmou a professora.
A Adufepe protocolou um ofício formal informando a deflagração da greve a partir do dia 22 de abril. A carta reforça as preocupações da categoria e simboliza o início do movimento grevista na universidade. “Iremos entregar o documento que estamos distribuindo para a população também ao magnífico reitor no seu gabinete. É uma forma simbólica de pressão junto às autoridades para que tenhamos nossas reivindicações atendidas”, disse o tesoureiro da Adufepe, professor Audísio Costa. No período da tarde, às 14h, o Comando Local de Greve deve se reunir na sede do sindicato para definir os próximos passos da mobilização e eleger o delegado que participará do Comando Nacional de Greve. A greve A greve foi deflagrada pelos professores da UFPE durante assembleia da associação dos docentes na última quarta-feira (17). Um ofício formal, informando a deflagração da greve a partir do dia 22 de abril, foi protocolado pela Adufepe. A carta reforça as preocupações da categoria e simboliza o início do movimento grevista. De acordo com a associação, o funcionalismo público federal tem sofrido com um forte arrocho salarial. Para os professores do ensino superior, as perdas foram calculadas em 39,92% em relação ao que recebiam em 2010. O reajuste de 9%, em 2023, não foi suficiente para repor as perdas acumuladas. A reivindicação de 39,92% foi apresentada em julho de 2023. Porém, depois de seis mesas de negociação, o governo apresentou, na última sexta-feira (19), a proposta de reajuste 0% e a promessa de 4,5% em 2025, e 4,5% em 2026. No entanto, a categoria fez uma contraproposta de 22, 71%, parcelados em três anos (2024 e 2026) , mas o governo manteve-se inflexível na proposta de reajuste 0% para 2024 nas duas mesas seguintes. Ouvidoria A Adufepe criou, também na última sexta-feira (19), uma ouvidoria para receber denúncias dos professores durante o período de greve. A ouvidoria inicia os atendimentos já nesta segunda-feira (22), e tem como objetivo receber e analisar as reclamações e sugestões feitas pelos docentes e buscar encaminhar as devidas soluções. Durante o primeiro momento, a ouvidoria atenderá, principalmente, as denúncias quanto as questões da greve. Para evitar que os docentes sofram assédios, ou sejam pressionados a não aderirem ao movimento. “A greve é um direito da classe trabalhadora, como uma forma de luta coletiva, neste caso, dos docente da UFPE, o pedido é para que sejam atendidas nossas reivindicações: recuperação dos nossos salários e das verbas orçamentárias necessárias ao pleno funcionamento das universidades”, afirma o tesoureiro da Adufepe, professor Audisio Costa. De acordo com o professor, as principais dúvidas podem surgir dos professores mais jovens, substitutos e dos visitantes, que ainda não participaram de processos de greve. “Para aqueles que são mais antigos já sabem que a luta é um processo difícil, já reconhecem que o governo precisa ser pressionado para garantir nossa recuperação salarial, bem como das verbas para as universidades federais. As IFES são as principais produtoras de conhecimento, os quais são fundamentais para a melhoria de via da sociedade e a autonomia do país”, afirma Audisio Costa. UFPE A gestão da Universidade Federal de Pernambuco informou por meio de nota oficial que foi comunicada através do Ofício nº 118/2024, da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), sobre a deflagração de greve, prevista para iniciar no dia 22/04/2024 (hoje). As pautas apresentadas são: recomposição salarial dos docentes, ativos e aposentados, e recomposição do financiamento das universidades. A nota afirma que a greve é um dispositivo previsto constitucionalmente que implica em direitos e deveres e que a UFPE reconhece a legitimidade das pautas e respeita a decisão democrática do sindicato, e a autonomia de cada docente em aderir ao movimento grevista. A gestão da UFPE se colocou à disposição para o diálogo com o Comando Local de Greve e afirmou que, tão logo se inicie a mesa de negociação, manterá as diretorias, chefias de departamentos e coordenações de núcleos informadas sobre os encaminhamentos. Confira a agenda de atividades desta segunda-feira (22): 07h – Café da manhã e panfletagem – entrada do campus Recife |