Em meio à greve, universidades federais em Pernambuco cobram recomposição orçamentária do governo Lula/Verba para conseguir fechar orçamento do ano

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Ao longo dos últimos 10 anos, as universidades federais tiberam uma redução de quase R$130 milhões no orçamento

Mirella Araújo

Legendas das imagens: "Os reitores Airon Melo (UFAPE), Telio Nobre (Univasf), Alfredo Gomes(UFPE), e Marcelo Carneiro Leão (UFRPE) convocaram uma coletiva de imprensa para falar sobre a recomposição orçamentária das instituições federais"/"UFPE diz que tem pleno funcionamento garantido até o mês de Setembro"

"Nos não temos um modelo para financiar nossas instituições. E, eu digo isso tranquilamente, que o orçamento é essencialmente uma negociação política que não deveria ser. Porque as nossas instituições são públicas e não devem ficar sujeitas à negociações a cada ano junto aos atores políticos nacionais. Há sempre uma disputa em face a um instituição, que vai continuar existindo daqui a 30, 40 anos. Por isso a precarização e essa situação que temos assistido nessa conjuntura", afirmou o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes.
Durante a entrevista coletiva realizada na Faculdade de Direito do Recife, foi apresentada um panorama sobre os sucessivos cortes orçamentários enfrentados pelas universidade federais do Estado nos últimos dez anos.
Para se ter uma ideia, em 2014, a previsão orçamentária para a UFPE, UFRPE e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) era de R$399 milhões para as três instituições.
Ao analisar os dados de acordo com cada instituição, aplicando o cálculo corrígido pela inflação, na UFPE, por exemplo, existe uma diferença de R$222 milhões, entre 2014 e 2024, o que corresponde a uma queda de 58% nesse período. O reitor Alfredo Gomes explicou que se não houve uma intervenção imediata, a UFPE só terá o seu pleno funcionamento garantido até o mês de setembro - o custeio mínimo pleitado é de R$60 milhões
"Nossas Universidades precisam voltar, pelo meno, ao orçamento de 2014. Nós estamos falando de algo como R$437 milhões para todas as universidades federais aqui de Pernambuco. Dessa forma, nós teríamos uma recomposição corrigida com a inflação", afirmou Gomes.

 

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