Greves nas Universidades: professores se dividem entre aceitar proposta do governo Lula

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27/05/24

Com quase dois meses de greve, os professores das universidades e institutos técnicos federais se dividiram na negociação com o governo Lula (PT).

Isso porque, na reunião de negociação com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) na segunda-feira (27), a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) assinou um acordo com o governo, que indicaria o fim da greve e o aceite da proposta.

Em contrapartida, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) rejeitou a proposta e decidiu manter a greve.

Divisões semelhantes ocorreram nas greves de 2012 e 2015, quando o Proifes aceitou propostas do governo e encerrou a mobilização antes da Andes-SN.


A racha no movimento causou a declaração de ilegalidade das greves em questão, que duraram pouco tempo após a ação de negociação do Proifes.

Na UFPE, a maioria dos docentes aprovaram a manutenção da greve na última sexta-feira (24). O grupo é liderado pela Associação dos Docentes da UFPE (ADUFEPE), que faz parte da Andes.

DIVISÃO ENTRE ASSOCIAÇÕES
Segundo comunicado da Proifes, o Conselho Deliberativo, composto por 34 delegados, considerou que as consultas, reuniões e assembleias gerais dos sindicatos foram realizadas democraticamente.

“O Conselho Deliberativo se reuniu extraordinariamente no dia 26 de maio de 2024 para avaliar o resultado do processo de consulta e, após amplo debate, referendou o processo ocorrido, cuja indicação, pela maioria dos sindicatos federados, foi a aprovação da proposta”, declarou a Proifes.

Em resposta, o presidente da Andes-SN, Gustavo Seferian, criticou em vídeo nas redes sociais a atitude do governo federal de assinar o acordo com apenas uma entidade em reunião fechada.

“É a consumação de uma farsa, de um golpe que se deu no prédio do MGI”, afirmou. Seferian reiterou a continuidade da luta do sindicato, destacando a necessidade de combater o que considera um engodo.


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