Universidade Federal de Pernambuco - Agência de Notícias - Clipping
Manta caprina e ovina de Petrolina será destaque durante o Siacarne PDF Imprimir E-mail

13/06/2018

O I Simpósio Ibero-Americano de Marcas de Qualidade de Carne e Identificação Geográfica (Siacarne) acontece entre os dias 18 e 20 de junho, das 8h às 18h30, no Auditório da Biblioteca e nas salas de núcleos temáticos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), no campus Centro, em Petrolina-PE.

Voltado para produtores rurais, representantes do comércio de carnes caprinas e ovinas (abatedouros, supermercados e restaurantes), pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação, o evento tem o objetivo de promover a discussão de temas relevantes na área de Ciência da Carne e debater a importância das marcas de qualidade e da indicação geográfica de produtos do setor.

Entre os destaques do Simpósio está a manta caprina e ovina de Petrolina, que está em discussão por um grupo de trabalho interinstitucional para a formalização de uma proposta de patrimônio cultural do município. Segundo o pesquisador Tadeu Voltolini, da Embrapa Semiárido, a manta consiste no produto gerado a partir do processo de manteação da carcaça de caprinos e ovinos, salga e secagem, o que, na região, dá origem ao tradicional bode assado.

De acordo com Voltolini, o produto tem seus constituintes já caracterizados pela pesquisa, como a sua composição físico-química, além do processo de manteação, salga e secagem. “São todas características que tornam típico e particular esse produto, que é sinônimo de um produto de qualidade, com o animal criado de forma adequada, social, que representa saúde, com um processo de obtenção que segue padrões e valoriza o sabor da carne produzida na região , destaca o pesquisador.

A manta caprina e ovina da região Semiárida será discutida no segundo dia do evento (19), em mesa redonda que inclui, além do produto de Petrolina, também a manta de Tauá, no Ceará. Elas serão apresentadas, respectivamente, pelo professor Roberto Germano Costa, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pela pesquisadora Lisiane Dorneles de Lima, da Embrapa Caprinos e Ovinos.

No terceiro dia (20), a manta também será tema de um minicurso, “Manteação de carcaças caprinas e ovinas”. Além desse, ainda serão oferecidos os minicursos “Ciência da Carne”, “Avaliação de carcaça e qualidade da carne de caprinos e ovinos” e “Cortes especiais de carcaças de caprinos e ovinos”.

A programação do Siacarne começa no dia 18, às 9 horas, com a cerimônia de abertura, seguida pela mesa redonda “Marcas de qualidade de carne”, que contará com a participação dos palestrantes internacionais. O professor Alfredo Jorge Costa Teixeira, do Instituto Politécnico Bragança, de Portugal, inicia com a palestra “Marcas de qualidade de carne: Uma necessidade, uma exigência”. Ele será seguido pelo professor José Manuel Lorenzo Rodrigues, do Centro Tecnologico de la Carne, da Espanha, que discorrerá sobre “A indicação geográfica de produtos na Europa e a qualidade de produtos cárneos”. Por fim, o professor Francisco de Assis Fonseca de Macedo, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), encerra as palestras da mesa trazendo os “Aspectos gerais da qualidade sensorial de produtos cárneos”.

Na tarde do dia 18, o evento ainda contará com duas palestras, sobre “Tendências para melhor atender os clientes consumidores de carne caprina e ovina”, com Robério Araújo, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e sobre “A indicação geográfica de produtos no Brasil”, com Eduardo Andrade Bemfica, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O evento também contará com apresentações de pôsteres.

As inscrições para participar do Siacarne podem ser realizadas pelo site www.siacarne.com.br. O evento é realizado por meio de uma parceria entre a Univasf, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Instituto Federal de Educação, Ciência do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) e Embrapa. O simpósio é promovido pela Rede Ibero Americana de Marcas de Qualidade de Carnes (Marcarne) e conta com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Sebrae e Contactus Comunicação.

 

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Junho de 2013: cinco anos depois, parte das medidas para responder aos protestos não saiu do papel PDF Imprimir E-mail

13/06/2013

Segunda-feira, 17 de junho de 2013. Mais de 250 mil pessoas saem às ruas em dezenas de cidades de todo o país. Em Brasília, a marquise do Congresso Nacional é tomada por manifestantes, e a cena ilustra a escalada do movimento que nasceu em atos contra o reajuste de tarifas de transporte e revelou uma longa lista de insatisfações dos brasileiros.

"De fato, está difícil entender", afirmou, na manhã seguinte, o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho (PT).

"Nós somos acostumados com mobilização com carro de som, com organização, com gente com quem negociar e liderança com quem negociar e poder fazer um tipo de acordo", acrescentou o ministro, à época responsável pela interlocução do governo com os movimentos sociais.

Cinco anos depois, parte das medidas anunciadas pelo governo e pelo Congresso segue no papel:

"Ampla e profunda" reforma política;
Pacto pela responsabilidade fiscal;
Investimento de R$ 50 bilhões em mobilidade urbana;
Tornar a corrupção crime hediondo.
Outras ações se concretizaram, entre as quais:

Criação do programa Mais Médicos;
Sanção da lei que destina 75% dos royalties do petróleo para educação e 25% para a saúde;
Arquivamento da PEC 37, que retirava o poder de investigação do Ministério Público.
Para a classe política, o maior desafio à época foi tentar identificar o que desejavam aqueles grupos de pessoas que iam às ruas protestar. Governo e Congresso se viram em uma situação diferente da habitual. Isso porque as manifestações não tinham liderança nem pauta definidas. Foram, na ocasião, organizadas nas redes sociais e com vetos a bandeiras de partidos políticos ou sindicatos.

Redução de passagens no transporte público, combate à corrupção, mais segurança e serviços públicos no "Padrão Fifa" foram alguns dos temas que apareceram no mosaico de reivindicações e que ainda aguardam uma resposta contundente das autoridades.

O "padrão Fifa" foi usado em cartazes porque um ano depois o Brasil sediaria a Copa do Mundo de futebol da Fifa.

Junho/2013 - Manifestantes ocupam o gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, durante protesto por demandas diversas, como mais recursos para saúde, educação, passe livre no transporte público e contra os gastos com a Copa do Mundo (Foto: Arthur Monteiro/Agência Senado) Junho/2013 - Manifestantes ocupam o gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, durante protesto por demandas diversas, como mais recursos para saúde, educação, passe livre no transporte público e contra os gastos com a Copa do Mundo (Foto: Arthur Monteiro/Agência Senado)
Junho/2013 - Manifestantes ocupam o gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, durante protesto por demandas diversas, como mais recursos para saúde, educação, passe livre no transporte público e contra os gastos com a Copa do Mundo (Foto: Arthur Monteiro/Agência Senado)

Pactos
Presidente da Câmara em junho de 2013, o então deputado Henrique Eduardo Alves (MDB-RN), hoje um dos presos da Lava Jato, apontou o dever de a classe política "fazer a leitura correta" sobre os protestos.

À época presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) declarou: "Para excesso de democracia, mais democracia".

Há cinco anos, ambos colocavam em votação uma lista de projetos para tentar contemplar os desejos variados das ruas. O Palácio do Planalto também reagiu. Na oportunidade, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo estava "ouvindo essas vozes pela mudança".

Para a então presidente, os brasileiros enviavam uma mensagem direta por "mais cidadania, por melhores escolas, melhores hospitais, postos de saúde, pelo direito à participação".

"Essa mensagem direta das ruas é de repúdio à corrupção e ao uso indevido do dinheiro público". – Dilma, junho de 2013
A presença de 1,25 milhão de pessoas nos protestos, em mais de 100 cidades, na quinta-feira, 20 de junho, levou a presidente a fazer um pronunciamento na TV e a convocar uma reunião com os 27 governadores e os 26 prefeitos de capitais. No encontro, Dilma propôs cinco pactos:

Responsabilidade fiscal;
Reforma política;
Saúde;
Transporte;
Educação.
>>> Relembre no vídeo abaixo:

Dilma Rousseff propõe cinco pactos nacionais
Responsabilidade fiscal
Diante da pressão popular sobre o Congresso e o governo, Dilma apresentou um pacto pela responsabilidade fiscal, estabilidade da economia e controle da inflação. Contudo, a própria presidente não implementou o compromisso.

Reeleita em 2014, Dilma sofreu impeachment em 2016 sob a acusação de crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e nos decretos que geraram gastos sem aval do Congresso.

Desde 2013, os gastos do governo superam as despesas. Vice de Dilma até o impeachment, o presidente Michel Temer adotou o teto de gastos, mas trabalha com meta fiscal para 2018 com déficit de até R$ 159 bilhões.

Resultado das contas públicas
A trajetória dos últimos cinco anos
As contas públicas, em R$ bilhões
76,976,9
-17,2-17,2
-114,7-114,7
-161,2-161,2
-124,4-124,4
Resultado das contas do governo
2013
2014
2015
2016
2017
-200
-150
-100
-50
0
50
100
2016
● Resultado das contas do governo: -161,2
Fonte: Tesouro Nacional
Nos últimos cinco anos, o país sofreu com a disparada do desemprego e teve um ciclo de alta da inflação, revertido na gestão de Temer, marcada pela lenta retomada da economia e pela dificuldade na geração de postos de trabalho.

Os números da inflação
Resultados dos últimos cinco anos
Inflação anual, em %
5,915,91
6,416,41
10,6710,67
6,296,29
2,952,95
2013
2014
2015
2016
2017
0
2,5
5
7,5
10
12,5
Fonte: IBGE
Reforma política
Dilma apresentou a proposta de plebiscito para o eleitor decidir sobre a convocação de um processo constituinte específico destinado à reforma política.

A ideia do plebiscito foi sepultada. Isso porque o Congresso decidiu aprovar alterações na lei eleitoral na chamada "minirreforma".

Uma das principais mudanças da época, contudo, foi encabeçada pelo Supremo Tribunal Federal. Dois anos depois, em 2015, declarou inconstitucionais as normas que permitiam as empresas a doar para campanhas eleitorais. Na prática, o STF proibiu doações empresariais.

Diante disso, as eleições de 2016 foram realizadas sem doações empresariais, o que se repetirá na disputa deste ano.

Para tentar compensar o baque no financiamento das campanhas, o Congresso aprovou em 2017 a criação de um fundo com recursos públicos para financiar as candidaturas.

Ainda foi estabelecida a previsão de limites de gastos de campanha, a criação de uma cláusula de desempenho e o fim das coligações proporcionais, a partir das eleições de 2020.

Câmara discute as propostas da reforma política
Saúde
Para melhorar os serviços públicos de saúde, Dilma disse que o governo iria incentivar a ida de médicos para as cidades do interior, a fim de reforçar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

A promessa foi cumprida. Em julho de 2013, foi lançado o programa Mais Médicos. Em 2016, o programa foi prorrogado por Temer por mais três anos.

Segundo o Ministério da Saúde, atualmente o Mais Médicos tem 18,2 mil vagas em mais de 4 mil municípios e 34 distritos indígenas, o que beneficia mais de 63 milhões de pessoas. Até maio, o programa tinha 16,6 mil médicos, dos quais 8,5 mil cubanos.

Números do program Mais Médicos

Ano Nº de médicos em atividade
Dez/2013 3,6 mil
Dez/2014 14,4 mil
Dez/2015 17,5 mil
Dez/2016 17,1 mil
Dez/2017 17,2 mil
Mai/2018 16,6 mil
Fonte: Ministério da Saúde
Há cinco anos, Dilma também disse que criaria 11.447 novas vagas de graduação em medicina e outras 12.376 vagas de residência médica para estudantes brasileiros.

Nesses últimos anos, foram criadas 11.859 vagas em cursos de medicina e mais 11.841 vagas em residência médica.

Transportes
Entre as respostas às manifestações de junho de 2013, o governo federal projetou um "salto de qualidade" no transporte público.

Deputados e senadores aprovaram, e Dilma sancionou, o projeto que eliminou as alíquotas das contribuições sociais para o PIS/Pasep e a Cofins que incidem sobre o transporte coletivo em municípios e regiões metropolitanas.

Dilma anunciou, ainda, a destinação de mais de R$ 50 bilhões para investimentos em obras de mobilidade urbana.

Cinco anos depois, o Ministério das Cidades informou que foram selecionadas, junto a estados e municípios, 203 empreendimentos, que somavam à época R$ 32 bilhões em investimentos do governo federal. A cifra de R$ 50 bilhões era fechada com recursos de contrapartidas de estados e municípios.

As propostas selecionadas seriam destinadas a implantação de metrôs, VLTs, BRTs, corredores de ônibus, trens urbanos dentre outros modos de transporte coletivo urbano de passageiros.

"A maior parte dos empreendimentos selecionados não chegou a ser contratada, restando apenas 65 empreendimentos ativos no momento". – Ministério dos Transportes
Conforme a pasta, a maioria das obras selecionadas ainda não ficou pronta. Entre os empreendimentos concluídos estão:

Linha 1 do Metrô de Salvador (BA): investimento de R$ 283 milhões de recursos federais para conclusão da linha 1 do metrô;
Corredor M'Boi Mirim/Santo Amaro (SP): investimento de R$ 139 milhões de recursos federais para renovar e implantar 16,3 km de corredores de ônibus;
Corredor Berrini (SP): investimento de R$ 45 milhões de recursos federais para construção de 3,3 km de corredores exclusivos de ônibus.
Recentemente, o tema transportes voltou a ter destaque na imprensa, porém em relação à política de preços da Petrobras para os combustíveis. Por quase duas semanas, a greve de caminhoneiros contra alta do preço do óleo diesel quase paralisou o país.

O governo anunciou a redução de R$ 0,46 no litro do diesel na refinaria, preço sem reajuste por 60 dias. A União vai compensar perdas da Petrobras e bancará um subsídio de R$ 9,58 bilhões até o final do ano para garantir a queda no diesel.

Educação
Para a área de educação, Dilma pediu apoio do Congresso para aprovação do projeto que destinava 100% dos royalties da exploração do petróleo para a educação.

Deputados e senadores aprovam a proposta, mas definiram o repasse de parte dos recursos para a saúde.

Diante disso, o texto sancionado por Dilma em setembro de 2013 destinou 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação. O texto determinou ainda que 25% dos royalties devem ser usados em saúde.

Segundo explicação do governo à época, os recursos deveriam alcançar R$ 19,96 bilhões em 2022 e totalizar R$ 112,25 bilhões em dez anos.

Milhares de pessoas fazem passeata no Rio de Janeiro
Combate à corrupção
Uma das principais bandeiras do movimento de 2013, o combate à corrupção passou a estar nos discursos de políticos e a dominar debates eleitorais.

As manifestações aconteceram quase um ano antes de a Operação Lava Jato ser deflagrada pela Polícia Federal. A operação já ultrapassou 50 fases e levou à prisão políticos dos mais variados partidos, doleiros e donos de grandes empreiteiras.

Em 2013, deputados e senadores buscaram reagir ao grito contra a corrupção por meio da votação de projetos relacionados ao combate à corrupção:

PEC 37: A Câmara arquivou a PEC que impedia o Ministério Público de promover investigações criminais;
Multa por corrupção: Os parlamentares aprovaram o projeto que responsabiliza e multa empresas pela prática de corrupção;
PEC do Voto Aberto: O Congresso aprovou a PEC que acabou com voto secreto para cassação de mandato de deputados federais e senadores e para análise de vetos presidenciais;
Ficha Limpa para servidores: A PEC que estende as regras da Ficha Limpa para servidores públicos passou pelo Senado, mas parou na Câmara;
Perda automática do mandato: O Senado aprovou a PEC que prevê a perda automática do mandato parlamentar para condenados por improbidade administrativa ou crimes contra a administração pública. O texto ainda não foi analisado pelo plenário da Câmara.
Há cinco anos, Dilma também defendeu a necessidade de incluir a corrupção dolosa no rol de crimes hediondos, acrscentando "penas severas". Ainda em 2013, o Senado aprovou o projeto que torna a corrupção um crime hediondo. Cinco anos depois, a proposta não foi analisada pelos deputados.

O tema ganhou destaque novamente com o pacote que reuniu medidas de combate à corrupção propostas pelo Ministério Público Federal e avalizadas por mais de 2 milhões de assinaturas de cidadãos.

Ao aprovar o pacote, a Câmara o desfigurou, aprovando a previsão de aumentar penas e considerar hediondo crimes como corrupção passiva e corrupção ativa. O pacote ainda não foi analisado pelo Senado.

O que dizem os analistas
Passados cinco anos desde as manifestações, especialistas ouvidos pelo G1 avaliam que a resposta do governo e do Congresso não resultou em mudanças profundas.

Para esses analistas, os brasileiros não percebem melhoras nos serviços públicos. O avanço da Lava Jato expôs a corrupção entre empresários e políticos, fazendo com que a população viva um momento de descrença na política, às vésperas de eleger um novo presidente da República.

Para o sociólogo e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP) Rodrigo Augusto Prando, os pactos propostos por Dilma e as votações no Congresso foram uma tentativa de demonstrar que os políticos não estavam desconectados da sociedade.

"A classe política tentou dar algumas respostas. Agora, se tivesse entendido a mensagem, teria levado a sério uma reforma política que nunca foi feita na qualidade e na densidade que precisaria ser feita. As pessoas querem falar mais, querem participar".
Professor de ciência política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira reforça o argumento sobre a necessidade de reformas. Ele ainda destaca que a sociedade brasileira vive um "paradoxo", como exigir pagar menos impostos, mas sem apoiar redução de despesas.

"Os políticos precisam não ter medo da opinião pública, fazer as reformas que o Estado precisa, a exemplo da reforma da Previdência. Isso provocaria mudanças reais".
Para a cientista política Esther Solano, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a resposta da classe política às manifestações foi "opaca". Na avaliação dela, as pessoas desejavam uma renovação política "brutal", o que não se verificou.

"A mensagem basicamente era: 'Não queremos mais do mesmo, não queremos uma classe política que procure só os seus próprios interesses, queremos uma classe política democrática, que responda a população'", disse.

Na opinião da professora, a resposta aos protestos passaria por uma aliança de grupos políticos para aprovar reformas amplas, porém, Dilma não teve força para liderar esse movimento.

Esther identific como legado positivo das manifestações de junho de 2013 uma maior politização da sociedade, em especial dos jovens.

O cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB) David Fleischer concorda com a análise. Para ele, as jornadas de 2013 também deixaram lições de como organizar grandes movimentos, o que foi utilizado nas manifestações que incentivaram o impeachment de Dilma.

 

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Alepe promove Seminário sobre experiências de preservação da Caatinga PDF Imprimir E-mail

13/06/2018

A Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promove nesta quarta-feira
às 9h, o Seminário Experiências Exitosas no Bioma da Caatinga, no Auditório Ênio Guerra, na sede da Casa. O conteúdo do
seminário ca disponível no Site Ocial da Alepe posteriormente.

A caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro que ocupa cerca de 855 mil km e engloba os estados de Pernambuco, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe. Em contrapartida, apresenta em torno de 60% de
áreas sujeitas a deserticação. O seminário terá o papel dediscutir sobre projetos desenvolvidos por instituições do Estado
que tiveram êxito na preservação da Caatinga.

A mesa de abertura terá a presença do presidente da Comissão do Meio Ambiente e Sustentabilidade, o deputado estadual Zé
Maurício, o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Carlos Cavalcanti e o presidente da Agência
Estadual de Meio Ambiental (CPRH), Eduardo Elvino. Após a abertura, haverá as palestras. A primeira será “Projeto
Implantação de Módulos de Manejo Sustentável da Agrobiodiversidade para o Combate à Deserticação no Semiárido Pernambucano”, apresentado pelo superintendente técnico da SEMAS, Sérgio de Azevêdo Mendonça. A segunda, “Projeto Papagaio da Caatinga” da Agência Estadual De Meio Ambiente (CPRH), apresentado pelo biólogo e coordenador do Centro de Triagem de Animais Silvestres Tangara (CETAS Tangara), Yuri Marinho Valença.

A terceira, “Bioma Caatinga: Buscando Inovações Genuinamente Brasileiras” da Universidade Federal De Pernambuco (Ufpe), apresentado pela professora do Departamento de Bioquímica da UFPE, Márcia Vanusa da Silva. A quarta, “Projeto Águas de Areias: Recuperação e Gestão Compartilhada das Águas de Aluvião em Leito Seco de Rio no Semiárido Pernambucano”, da Associação Águas do Nordeste (ANE), apresentado pela vice-presidente da instituição, Edneida Rabêlo Cavalcanti.
O encerramento contará com a exibição do vídeo “O Sertão Vai Virar Mar”, que resgata tradições culturais de regiões do Brasil na beira do Rio São Francisco.

Junho Verde

O Seminário faz parte do Junho Verde, iniciativa que ampliou a Semana Estadual do Meio Ambiente, que se iniciava no dia 5 de junho anteriormente e transformou todo o mês de junho em um período para a discussão sobre o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente. O Junho Verde é resultado da Lei nº 16.178/2017, de autoria do deputado Zé Maurício.

 

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Parte dos funcionários do Hospital das Clínicas da UFPE entra em greve PDF Imprimir E-mail

06/06/2018

Funcionários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) lotados no Hospital das Clínicas (HC), na Zona Oeste do Recife, entraram em greve por tempo indeterminado. A unidade hospitalar é administrada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e, segundo a instituição, não houve suspensão de serviços por causa da paralisação.

A reivindicação dos servidores é a melhoria salarial e pagamento de retroativo à categoria. A paralisação foi iniciada na terça-feira (5), após assembleia realizada em frente ao hospital. Uma reunião foi realizada às 11h desta quarta-feira (6), quando foi decidida a manutenção da greve.

Segundo o HC, os servidores da Ebserh correspondem a 45% do efetivo do hospital e, ainda assim, precisam manter 30% dos trabalhadores atuando e os médicos da empresa não aderiram à paralisação. Os outros 55% correspondem aos servidores da UFPE que trabalham no local, que continuam as atividades normalmente.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Pernambuco (Sindsep-PE), a paralisação dos servidores da empresa afeta os procedimentos eletivos realizados no local, mas mantêm atividades de urgência, como cirurgias, atendimento obstetrício e a pessoas com deficiência.

"Reduzimos o número de trabalhadores nos setores do hospital e montamos um piquete, em frente à unidade, onde estamos realizando atendimento social, com aferição de pressão arterial, palestras sobre progressão de carreira e arrecadando material de higiene para os pacientes internados no HC", disse Moab Alves, técnico em farmácia e diretor do Sindsep-PE.

Resposta
Procurada pelo G1, a assessoria de comunicação do HC informou que não houve, até as 11h desta quarta, nenhuma queixa de pacientes por falta de atendimento e que "os serviços aos usuários do Hospital das Clínicas da UFPE foram prestados dentro da normalidade, com assistência nos laboratórios, ambulatórios, internamentos e cirurgias transcorrendo dentro do padrão observado nos dias anteriores".

A comunicação do hospital apontou, ainda, que "alguns setores administrativos (como a Divisão de Gestão de Pessoas e a Auditoria, por exemplo), que prestam ações internas, já começam a sentir os efeitos da paralisação".

A Ebserh apontou que segue negociando com os trabalhadores e que, nesta quarta-feira (6), às 17h, haverá nova reunião do Comando Nacional de Greve com o Ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, e com o presidente da Ebserh, Kleber Morais, na sede da estatal, em Brasília.

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Projeto Memória Acadêmica promove visitação guiada ao prédio Faculdade de Direito do Recife PDF Imprimir E-mail

13/06/2018

Interessados em aprender um pouco mais sobre a história da Faculdade de Direito do Recife (FDR) não podem perder a oportunidade de fazer uma visita guiada neste sábado. A partir das 14h, o espaço estará aberto ao público que poderá conhcer personagens históricos, fatos memoráveis, curiosidades, além dos aspectos arquitetônicos do imponente prédio localizado no Centro do Recife e que abriga o curso de Direito desde 1912, antes mesmo da fundação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Durante a visita, as pessoas também poderão observar os aspectos arquitetônicos do prédio. O evento que é promovido pelo Projeto Memória Acadêmica, uma iniciativa de extensão da FDR, encerra a 2ª Semana Nacional de Arquivos. Para participar das atividades da 2ª Semana Nacional de Arquivos na FDR, basta acessar o site do projeto: www.ufpe.br/memoriafdr e preencher o formulário de inscrição. Todas as atividades são gratuitas e a Roda de Conversa emitirá certificado de participação.

 

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