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Por uma escola que forme em várias dimensões PDF Imprimir E-mail

09/12/2017


Mais que o êxito evidente do ponto de vista de política pública, o ensino integral também tem relação com histórias inspiradoras País afora. Uma delas é a de Lucielle Laurentino, 28 anos, ex-aluna da segunda escola em tempo integral de Pernambuco, em Bezerros, no Agreste. Filha de agricultores do distrito de Serra Negra, ela viu sua vida mudar a partir daquela experiência pioneira, iniciada no Estado em 2004. Atualmente, Lucielle viaja o Brasil para divulgar e apoiar a implantação do modelo em outros estados, o que é uma das propostas do Ministério da Educação (MEC) dentro da reforma do ensino médio.

Lucielle vem de uma família de 19 irmãos e foi criada pelos avós, analfabetos. Como ela diz, passou a infância e parte da adolescência apanhando pitombas para vender na feira da região. Quando estava para entrar no ensino médio, recebeu o convite para tentar o ingresso no Centro de Ensino Experimental Escola Técnica do Agreste. Era 2005. As incertezas eram muitas. Pouco se sabia sobre a educação integral, que tinha como único exemplar o Ginásio Pernambucano, a partir de 2004. “Mas entrei e cursei o ensino médio de 2005 a 2007. Digo que a escola em tempo integral tirou uma venda dos olhos. Foi um projeto de descoberta pessoal, acadêmica e profissional, numa escola que cuidou de mim em todas as dimensões”, relata.

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Depois disso, Lucielle cursou Geografia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e, entre 2012 e 2014, fez mestrado na área de Engenharia Florestal na Universidade de Valladolid, na Espanha. Quando voltou ao Brasil, seguiu atuando em linhas de projetos ligadas ao meio ambiente, mas passou a também se dedicar de vez a outra paixão: a educação. Começou a atuar como consultora pedagógica do Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), parceiro na implantação das escolas integrais em Pernambuco e hoje presente em 12 estados. “Com 28 anos, olhando minha trajetória, posso dizer que aquela escola dividiu minha vida entre o que poderia ser nas circunstâncias que eu vivia e aquilo que eu me tornei”, resume.

Desafio
O modelo de escolas integrais teve continuidade nos anos seguintes após suas primeiras experiências em Pernambuco. Em 2008, virou política pública e viabilizou que o número de unidades subisse de 58 para 369 em dez anos. Agora, por meio do Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral, o MEC vai levar a iniciativa para todo o Brasil, ampliando para 831 mil o quantitativo de vagas até 2020. “Hoje, já atendemos mais de 51% dos estudantes na educação em tempo integral e temos uma grade em que as escolas se organizam para ministrar os conteúdos, para rever projetos e fortalecê-los no cotidiano. Entendo que, de algum modo, é como se Pernambuco já estivesse atendendo pontos da reforma do ensino médio e, por isso, serviu de parâmetro para o País. Para nós, é gratificante ver que a política de um estado da Região Nordeste está servindo de modelo”, avalia o secretário executivo de Educação Profissional de Pernambuco, Paulo Dutra.

Para Lucielle Laurentino, um desafio para fazer com que o modelo seja expandido é fazer com que as pessoas entendam que a educação precisa ser vista como um todo. “Ela precisa cuidar do jovem não só na dimensão acadêmica, sobre como passar no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] e entrar numa universidade, mas formá-lo para a vida, dando a oportunidade de ele desenvolver competências e habilidades para lidar com esse mundo globalizado e ter posturas mais atuantes. É esse jovem, autônomo, solidário e competente, que a escola em tempo integral deve provocar para que exista. Não é só uma questão de aumentar a carga horária ou ser uma escola de contraturno, com alguma atividade divertida, sem um currículo pensado. O tempo é só uma estratégia para trazer metodologias voltadas a uma formação de excelência”, define.

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Documentário sobre procurador que denunciou escândalo da mandioca é exibido de graça PDF Imprimir E-mail

06/12/2017

 

O documentário Pedro Jorge: Uma vida pela justiça, sobre o assassinato do procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva, em 1982, será exibido gratuitamente na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) nesta quarta-feira (6). A sessão é promovida pelo Instituto Futuro e ocorrerá no auditório do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), às 16h30.

O filme, lançado em março deste ano no Cinema São Luiz, foi produzido pelo Ministério Público Federal na 5ª Região em parceria com a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e se aprofunda no caso da morte de Pedro Jorge, há 35 anos, designado a investigar o notório escândalo da mandioca, esquema que desviou Cr$ 1,5 bilhão do governo federal, por meio do Banco do Brasil à época.

Familiares e conhecidos de Pedro, além dos ex-procuradores-gerais da República Rodrigo Janot, Geraldo Brindeiro e Aristides Junqueira e o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, foram entrevistados para o resgate histórico do material. O investigador estava sendo ameaçado por envolvidos no esquema de corrupçãoe a acabou sendo assassinado no dia 3 de março de 1982, à tiros, depois de sair de uma padaria em Olinda. Ele tinha 35 anos.

O pistoleiro Elias Nunes Nogueira, a mando do major José Ferreira dos Anjos, foi o responsável pela morte, realizada com três tiros a queima-roupa. Natural de Maceió, em Alagoas, o filho de José Florentino da Silva e Heloísa de Melo e Silva tinha uma esposa, Maria das Graças Viegas, e duas filhas ainda crianças, Roberta e Marisa.

Assista ao teaser do documentário no link da matéria.

 

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Inscrições no Sisu vão de 29 de janeiro a 1º de fevereiro, com 239 mil vagas PDF Imprimir E-mail

09/12/2017

As inscrições para a primeira edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2017, coordenado pelo Ministério da Educação (MEC), serão realizadas de 29 de janeiro a 1º de fevereiro. Os candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano e que não tirarem zero na redação poderão concorrer a 239.601 vagas de graduações em 130 instituições de ensino superior. Nacionalmente, comparado com o Sisu de janeiro deste ano (2017.1), houve acréscimo de apenas 1.214 vagas (foram 238.387 vagas, contra 239.601 agora). De Pernambuco, participam as quatro universidades públicas: UFPE, UFRPE, Univasf e UPE. Também os dois institutos federais, IFPE e IF do Sertão Pernambucano, disponibilizam vagas no Sisu. A UFPE terá 6.952 vagas e a UPE, 1.730 vagas

Os feras terão quatro dias para se inscrever, exclusivamente na página do sistema, e poderão modificar as opções de cursos e universidades quantas vezes quiserem. A novidade é que o resultado sairá no dia seguinte ao encerramento das inscrições. Segundo cronograma publicado no Diário Oficial da União da última sexta-feira (dia 8), a lista dos aprovados no Sisu será liberada dia 2 de fevereiro. Na edição de janeiro deste ano (2017.1), os candidatos tiveram que esperar dois dias (sábado e domingo) para saber se tinham sido ou não aprovados. Em 2018, a inscrição acaba em um dia e o resultado sairá no outro. As notas individuais do Enem serão divulgadas no dia 19 de janeiro.

ADESÃO
O Sisu substitui o vestibular de 61 das 63 universidades federais existentes no Brasil. Segundo o MEC, das 130 instituições de ensino superior que vão ofertar vagas em janeiro, 30 são estaduais (como a UPE, por exemplo). Das cem ligadas à rede federal de ensino, há dois centros de educação tecnológica, uma faculdade, 36 institutos federais e 61 universidades.

PROGRAME-SE
Sisu 2018.1
Inscrições: 29 de janeiro a 1º de fevereiro
Onde: sisu.mec.gov.br
Resultado: 2 de fevereiro Matrículas: 5, 6 e 7 de fevereiro
Inscrição na lista de espera: 2 a 16 de fevereiro

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Grupos ocupam Centro do Recife com rolés noturnos de patins PDF Imprimir E-mail

06/12/2017

 

Paulo, Bela, Márcio, Luca… E mais um monte de gente que forma o grupo APS Inline Os Afetados se reúnem toda quarta-feira no Marco Zero, no Bairro do Recife, para ocupar parte do Centro da Cidade sob rodinhas. Os passeios de patins vão além da atividade esportiva.

Chamam a atenção para a falta de espaços destinados à modalidade e também para a ocupação de um lugar que ferve durante o dia, mas é um território marcado pelo abando à noite.

O rolé das quartas é para iniciantes. Passa pela Ponte Maurício de Nassau, cruza a Rua do Imperador, segue para o Centrão pela Av. Dantas Barreto e termina na Av. Conde da Boa Vista. O roteiro, sobretudo para quem ainda está aprendendo, é criado sempre tentando desviar das buraqueiras da cidade – uma missão bem difícil quando se fala do Recife.

Mais grupos

Além dessa turma de iniciante, rolam passeios de veteranos e aulões. Nas segundas, por exemplo, tem o Segunda Sem Lei, para os veteranos, com mais velocidade, saindo também do Marco Zero. Nos sábados, os aulões são na UFPE, às 14h30 (com rolé na sequência), e nas quintas, no Parque da Macaxeira, às 19h30. Na Macaxeira, o pessoal ocupa o espaço de uma “quadra”, já que no Recife não existe local adequado para patins.

Quem se interessar pode solicitar participação no grupo de Facebook para acompanhar esses e outros eventos: APS Inline Os Afetados.

“O ideal seria um espaço coberto, porque, quando chove, não tem condições de patinar”, explica Paulo Lima, 39 anos, organizador do APS. Apesar de ser permitido andar de patins na ciclofaixa nos domingos e feriados, a turma ainda ouve brincadeirinhas de alguns ciclistas e skatistas. “Queremos nos associar a mais grupos do Recife para conquistar cada vez mais espaço.”

Os encontros são, antes de mais nada, um ato de ocupação das ruas. Os patinadores de asfalto também promovem grandes eventos, igualmente com o objetivo de chamar a atenção para a falta de olhar para o patins, a falta de circuitos e de incentivos.

História

Paulo começou a andar há três anos porque a filha se queixava que tinha um patins, mas não tinha com quem andar. “Aí eu fui lá, meti a cara, comprei um patins e disse ‘vou tentar’. Fiquei aos trancos e barrancos aprendendo, fui conhecendo o pessoal e aprendendo com ajuda de muita gente. Quando peguei mais experiência, comecei a ver que muitas pessoas não patinava porque tinham medo e não tinham ninguém incentivando”, conta Paulo, sobre como surgiu o grupo APS Inline.

Hoje em dia o filho e a esposa de Paulo também praticam a modalidade. “Meu filho, que já andava de skate, até brincava dizendo que patins era coisa de menina. Hoje em dia ele patina mais do que eu”, ri Paulo, que trabalha nos Correios e já conquistou alguns adeptos por lá também.

 

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Pesquisa da Fiocruz PE aponta falhas no cuidado a mulheres com câncer de mama PDF Imprimir E-mail

07/12/2017

Uma das referências em oncologia no Estado, o Hospital Barão de Lucena (HBL), no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, tem quantidade insuciente de medicamentos para tratar todas as pacientes com câncer de mama atendidas pela instituição.

Essa constatação é apresentada no estudo desenvolvido pela bióloga Rosalva Silva, mestre em Saúde Pública pela Fiocruz Pernambuco. A pesquisa, finalizada este ano, revelou que oferecer uma rede de assistência organizada e resolutiva faz diferença para mudar esse cenário, que se assemelha em outros hospitais da rede de atenção oncológica de alta complexidade para o tratamento de mulheres com câncer de mama, segundo a pesquisadora.

No HBL, foram analisados prontuários de 40 pacientes com diagnóstico do tumor no seio em 2015. Considerado mais sete hospitais habilitados para atender esse público, o total de prontuários chegou a 289. Um outro problema constatado pelo estudo é que o HBL, o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) e o Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) não contam com atendimento de urgência 24 horas. “Se as pacientes, acompanhadas por essas unidades, tiverem alguma intercorrência durante a madrugada, por exemplo, elas serão orientadas a procurar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou postos de saúde que funcionem nesse turno.

Mas o ideal, segundo a exigência do Ministério da Saúde, publicada na Portaria nº 140/2014, os pacientes devem ir à unidade onde fazem tratamento, caso tenham algum problema”, destaca Rosalva.

A pesquisadora acrescenta que, segundo vericado na pesquisa, a maioria dos casos de câncer tratados no HBL é de mama e que o hospital é o segundo da rede estadual (atrás apenas do Hospital de Câncer de Pernambuco – HCP) com o maior número de mastologistas. “No HBL, são 11 médicos dessa especialidade.

No HCP, são 16. O problema é que o Estado atualmente não tem um plano de oncologia, o que superlota uma determinada unidade porque as pacientes vão para onde julgam que devem ser atendidas”, frisa Rosalva. Ela complementa que isso poderia ser solucionado se o fluxo da rede fosse organizado para encaminhamento e monitoramento das mulheres com câncer de mama.

O estudo também destacou que alguns dos hospitais que prestam assistência de alta complexidade para as pacientes com a doença não realizam a quantidade mínima de procedimentos exigida pelo Ministério da Saúde. “É necessária, pelo menos, a realização de 650 cirurgias oncológicas e de 5.300 quimioterapias anualmente por cada instituição. Em 2015, no HBL, foram feitas 358 cirurgias oncológicas, sendo 159 de mama, e mais 4.304 quimioterapias, sendo 3.004 para pacientes com a doença”, diz Rosalva.

Resposta

Em nota de esclarecimento, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informa que a Portaria nº 140/2014 do Ministério da Saúde, que define as condições de funcionamento e habilitação dos centros especializados em oncologia no País, inviabiliza a ampliação dessas unidades em todo o Estado de Pernambuco, principalmente no interior. O comunicado ressalta que o secretário de Saúde do Estado, Iran Costa, representando o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), já esteve em Brasília para discutir a necessidade de rever essa legislação, que exige 27 especialidade médicas nos hospitais habilitados para tratar o câncer.

O Estado acredita que, ao baixar a necessidade de 27 para quatro especialidades cirúrgicas (mastologia, urologia, ginecologia e cirurgia oncológica), a portaria beneciaria a maior parcela da população acometida com as neoplasias. “Para se ter ideia, os casos de câncer de mama, próstata, colo do útero, pulmão e trato digestivo respondem por mais de 80% de doenças oncológicas e, em Pernambuco, são responsáveis por mais da metade dos óbitos”, diz a nota. O comunicado ainda acrescenta que o governo estadual atua para ampliar o plano de oncologia do Estado, que já foi finalizado e encaminhado ao Ministério da Saúde para discussões, a fim de promover melhorias na rede.

E sobre o HBL, a SES salienta que o hospital já dobrou o número de oncologistas clínicas de 7 para 14 e vai passar por reforma para ampliar a assistência aos casos de câncer. 

 

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