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Morre, aos 92 anos, o artista plástico Darel Valença Lins PDF Imprimir E-mail

07/12/2017

RIO — Nas vésperas de completar 93 anos, neste sábado, o pernambucano Darel Valença Lins morreu durante a madrugada desta quinta-feira. Segundo familiares, o artista plástico esteve dias antes no hospital com pressão alta, mas voltou para casa, e morreu dormindo pouco depois da meia-noite.

Darel começou a carreira ainda adolescente, como ilustrador, quando trabalhava na Usina Catende, antes de mudar-se para o Rio de Janeiro, onde morou desde 1947. Em sua trajetória, Darel estudou na Escola de Belas Artes do Recife, atual Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), entre 1941 e 1942.

O artista atuou como ilustrador na revista "Manchete" e os jornais "Última Hora" e "Diário de Notícias". Entre 1953 e 1966, encarregou-se das publicações da Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil. Ilustrou diversos livros, como Memórias de um Sargento de Milícias, 1957, de Manuel Antônio de Almeida (1831 - 1861); Poranduba Amazonense, 1961, de Barbosa Rodrigues (1842 - 1909); São Bernardo, 1992, de Graciliano Ramos (1892 - 1953); e A Polaquinha (2002), de Dalton Trevisan (1925).

Durante sua carreira, lecionou gravura em metal no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), em 1951; litografia na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro, entre 1955 e 1957; e na Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, de 1961 a 1964. Entre 1968 e 1969, realizou painéis como os do Palácio dos Arcos, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.

Em 2015, lançou o documentário 'Mais do eu possa me reconhecer', dirigido por Allan Ribeiro e Douglas Soares. Filmado no apartamento do artista no Rio. O filme contava a rotina do artista, que apesar de intensa produção de gravuras, passava a se dedicar a videoarte.

O artista plástico deixa a esposa Maisa Byington e dois filhos, André e Mariana, que mora no Canadá. O corpo do ilustrador será cremado, no Memorial do Carmo, no Caju.

 

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ONG faz ‘vaquinha’ para beneficiar bebês prematuros do Hospital das Clínicas da UFPE PDF Imprimir E-mail

08/12/2017

A Associação Brasileira de Pais de Bebês Prematuros (ONG Prematuridade.com) lança a campanha S.O.S. Prematuro, cujo objetivo é ajudar hospitais públicos que precisam de materiais e equipamentos essenciais para melhorar o atendimento aos bebês prematuros e suas famílias. A organização não governamental (ONG) inicia a campanha com um projeto piloto no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE), que foi o primeiro local a receber o workshop Prematuro: uma questão de pele,
oferecido pela associação em setembro para capacitar as equipes neonatais para o cuidado com a pele do prematuro.

Quando visitei o hospital, pude perceber a falta de cadeiras adequadas para a realização do método canguru, que é fundamental para o desenvolvimento dos bebês prematuros”, destaca a vice-diretora da ONG Prematuridade, Aline Hennemann. Para as doações, foi criada uma ‘vaquinha’ virtual. Com os recursos arrecadados através da campanha, serão compradas 25 cadeiras especiais para que as mães possam realizar o método canguru, que promove um contato pele a pele precoce entre os pais e o bebê, de forma gradual e progressiva, favorecendo o vínculo afetivo e o melhor desenvolvimento do prematuro.

Para a enfermeira Suelly de Fatima Bonfim, da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do HC/UFPE, a doação é importante para o desenvolvimento de um trabalho de excelência no hospital. “As novas cadeiras vão proporcionar conforto tanto para a mãe quanto para o bebê. Na medida em que a mãe terá a tranquilidade de colocar o seu bebê à beira do leito e ela sentada na poltrona confortavelmente, poderá promover o contato pele a pele”, explica.

Quem quiser fazer doações também pode entrar em contato pelo e-mail: Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. . Para a aquisição das cadeiras, é preciso arrecadar um valor total de R$ 23 mil. “Com essa campanha, nosso objetivo é buscar parcerias, além de doações, para que os hospitais mais carentes possam oferecer um atendimento mais humano e qualificado aos prematuros e suas famílias”, enfatiza a diretora da associação, Denise Suguitani.

Novas edições da campanha S.O.S. Prematuro serão realizadas nos próximos meses. Para serem contempladas com doações, as
instituições precisam cumprir alguns requisitos, como fazer parte do Sistema Único de Saúde (SUS), incentivar o método canguru e o
aleitamento materno, além de permitir a presença das famílias 24 horas dentro da UTI.

Hospitais interessados em participar das próximas edições podem entrar em contato pelo e-mail: Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. .

 

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Mutirão para prevenir e detectar câncer de pele no Hospital das Clínicas PDF Imprimir E-mail

06/12/2017

 

O Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) realiza nesta quarta-feira uma campanha de orientação e diagnóstico do câncer de pele. A ação faz parte do movimento Dezembro Laranja, mês dedicado ao combate e prevenção à doença. O evento ocorrerá das 8h às 13h, na Clínica Dermatológica do HC, e será aberto ao público, tendo como alvo o grupo de maior risco, ou seja, pessoas de olhos, cabelos ou pele clara, pessoas com sardas, além dos que possuem antecedentes familiares com histórico de câncer de pele e queimaduras solares. O evento ocorrerá em outras unidades que possuem Programa de Residência em Dermatologia, sendo coordenado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Pernambuco (SBD-PE). O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

"A ação tem como objetivo orientar as pessoas sobre medidas de prevenção e identificação precoce do câncer de pele. Os pacientes serão avaliados e aqueles casos com suspeita de câncer serão encaminhados para biópsia, investigação e tratamento", explica a dermatologista Cláudia Ferraz. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer da pele é o tipo da doença mais incidente no Brasil, com 176 mil novos casos por ano.

O perfil de pacientes com maior risco são aqueles de pele clara, maior idade, com história de exposição solar excessiva, que já tiveram outros cânceres de pele e que apresentam antecedentes da doença na família. Este grupo precisa estar mais atento às alterações na pele que possam decorrer da doença.

A recomendação da SBD é que, quando expostas ao sol, as pessoas usem equipamentos de proteção individual: chapéus de abas largas, óculos escuros, roupas de cubram boa parte do corpo e protetores solares com fator mínimo de proteção solar (FPS) 3. Faz parte dessas medidas de prevenção ao câncer de pele, evitar os horários de maior insolação: das 10h às 16h.

 

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Prédio da antiga Sudene agora é da UFPE PDF Imprimir E-mail

07/12/2017

Maior prédio próprio da União, com uma área construída de 72.704,81 m², o edifício-sede da antiga Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), localizado no bairro do Engenho do Meio, na Zona Oeste do Recife, foi integrado à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A cessão provisória foi assinada anteontem, em reunião realizada no gabinete do reitor Anísio Brasileiro, pela instituição de ensino e pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU), responsável pela edificação desde a extinção do extinto órgão federal.

As formas de ocupação do imóvel ainda estão sendo discutidas, porém, já estão previstas no local atividades administrativas e de ensino, pesquisa e extensão. Entre as diversas possibilidades, há até a chance do cinema cogitado para o Centro de Convenções do campus funcionar em um de seus auditórios. Para o engenheiro civil e professor Mariano Aragão, coordenador de uma comissão com 24 membros que vai planejar e executar a instalação da universidade no edifício, esse processo será um grande desafio para a UFPE, que irá priorizar funções que tragam retorno para a sociedade, “que é a função da universidade pública”, salientou.

Reversão prevista
Inaugurado em 28 de janeiro de 1974, o prédio ou edifício da Sudene, como ficou popularmente conhecido, sempre se destacou na paisagem da região. Grudado à universidade, era natural que tivesse esse destino, que, por sinal, já estava previsto burocraticamente: uma declaração da escritura pública de doação de imóvel, firmada em 1967, entre a UFPE e a Sudene (extinta em 2001), já determinava a reversão do terreno em caso de sua destinação para finalidade diversa do documento.

Hoje, inclusive, está completando exatamente um mês desde que a universidade manifestou seu interesse no imóvel, após a proposta ser apresentada pela SPU. “É um prédio fantástico”, definiu Aragão, nitidamente empolgado com o desafio. “Pela estrutura física, mas também por aquilo que representa para a história do Nordeste e do Brasil.”

De acordo com a universidade, a instituição já dispõe de R$ 3 milhões para realizar as primeiras adequações para que o imóvel comece a funcionar. Segundo Aragão, após a desocupação, o prédio - na verdade um conglomerado com um edifício principal de 13 andares e quatro anexos - teve sua estrutura recuperada e mesmo os auditórios, atingidos por um incêndio há cinco anos, também foram reformados. “Isso nos dá uma certa tranquilidade”, afirmou o professor.

Uma estimativa do próprio órgão condômino, criado em 2003 para gerenciar o uso do imóvel, prevê a necessidade de cerca de R$ 40 milhões para deixá-lo totalmente utilizável e com todas as atividades em operação. “Tem muito trabalho a ser feito”, projetou Aragão.

 

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A revista ‘Propágulo’ e a construção coletiva das ideias. Por Luciano Siqueira PDF Imprimir E-mail

06/12/2017

 

Pelas mãos de Pedro, meu neto, aluno da área de comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, conheço a revista ‘Propágulo’ — sob todos os títulos, uma bela iniciativa.

Começa pelo nome escolhido, tomado da botânica, que sugere a intenção de se multiplicar e de propagar.

Ótimo projeto gráfico, textos consistentes.

Tudo sob a responsabilidade de estudantes, que a editam e a mantêm.

Lembrei-me de pronto do tosco jornal ‘Iniciativa’, da nossa turma do segundo ano de medicina da UFPE, nos anos sessenta do século passado. Mimeografado, mas igualmente ousado e feito a muitas mãos por um grupo de colegas sintonizados com o ambiente da época, de resistência ao regime militar e de ânsia por conhecer, opinar e se fazer ouvir.

Sou um apaixonado pela construção coletiva das ideias, que pressupõe espírito aberto à crítica e ao debate e muita ousadia em subverter verdades supostamente pétreas, imutáveis.

Nada é imutável, como nos ensina a dialética; o repouso é relativo, o movimento é absoluto. Como diria Karl Marx, tudo o que é sólido se desmancha no ar.

Ainda não li os artigos deste primeiro número da ‘Propágulo’, passei os olhos rapidamente – pelos textos e pelas ilustrações. Amor à primeira vista. E entusiasmo com o propósito dos seus editores, de “proporcionar uma conversa entre inúmeras vozes que compõem a diversidade presente nas artes visuais”.

Isto a partir do ambiente da UFPE, de larga tradução de rebeldia.

Numa cidade como o Recife, que nascida porto, ocupada na exportação de produtos primários para Portugal e Europa, e na importação de manufaturados, fez-se congenitamente cosmopolita.

Desde sempre troca mercadorias e ideias, dialoga com gentes e culturas de todo o mundo.

Uma das razões para que nossa cidade (e Pernambuco) historicamente tenha sediado revoltas libertárias que marcaram a construção da nacionalidade.

No projeto de Constituição redigido pelo Frei Caneca, na Confederação do Equador, por exemplo, se vê clara influência da Revolução Francesa.

A despeito disso, desse caráter cosmopolita, construímos uma forte identidade cultural — que se renova incessantemente, preservando, entretanto, suas raízes. A exemplo de Chico Science e seus companheiros, que assimilaram o rock e o devolveram ao mundo impregnado do toque do maracatu.

Nos tempos cinzentos que atravessamos, sob a onda obscurantista que se espraia mundo afora, em que o sectarismo, a intolerância e até o ódio conspiram contra o bom e criador debate de ideias, exemplos como o da turma que faz a revista ‘Propágulo’ devem prosperar.

 

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