Universidade Federal de Pernambuco - Agência de Notícias - Clipping
Segovia quer prioridade no combate às ‘fake news’ em 2018 PDF Imprimir E-mail

25/11/17

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, pretende ter como foco nas eleições de 2018 o combate às chamadas ‘fake news’, boatos que se espalham na internet com cara de notícias, confundindo eleitores. Essas páginas falsas provocaram barulho nos últimos processos eleitorais dos Estados Unidos e da França. “Hoje cada brasileiro tem um smartphone e cada um está conectado à internet, então o combate a esse crime será dificílimo. Mas estaremos preparados”, afirmou Segovia em entrevista exclusiva ao Blog de Jamildo.

Para o diretor-geral da PF, a ação deve ser junto a outros órgãos. “Já apareceram no processo eleitoral americano e de certa maneira inØuenciaram na eleição daquele país. O que a gente espera é se preparar, a Polícia Federal junto às demais organizações brasileiras como Ministério Público Federal e Tribunal Superior Eleitoral, para o combate efetivo desse crime na internet”, afirmou Segovia.

O TSE anunciou há um mês que estava montando uma força-tarefa com o Ministério da Defesa, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a própria PF para evitar o impacto negativo de mentiras nas eleições. No tribunal, o tema é visto com preocupação pois considera-se que os órgãos estejam “navegando em um mar sem bússola”.

As ‘fake news’ atingiram as campanhas americanas e francesas, de Hillary Clinton e Emmanuel Mácron. Em menor escala, chegaram a inØuenciar também a campanha de Dilma Rousseff em 2014, quando centenas de beneficiários do Bolsa Família lotaram agências da Caixa Econômica Federal após boatos sobre o fim do programa social. Na época, a PF concluiu que o boato “foi espontâneo”. A avaliação é de que é muito tênue a linha entre o combate às mentiras e o cerceamento à liberdade de expressão.

O chefe da Polícia Federal esteve no Recife nessa sexta-feira (24) para a posse do novo superintendente regional da corporação, Cairo Costa Duarte.

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“Tecnologia não tem moral. Nós que damos a ela um propósito”, afirma Silvio Meira no programa 20 Minutos PDF Imprimir E-mail

25/11/2017

“Tecnologia e Poder” é o tema do programa 20 Minutos, da TV Jornal, com o cientista político Antônio Lavareda, neste sábado, a partir da 19h15. E em se tratando de Tecnologia, o convidado não poderia ser outro senão o engenheiro e professor Silvio Meira, um dos fundadores do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR) e presidente do conselho do Porto Digital. Questionado sobre como a tecnologia pode ajudar no processo democrático, Silvio falou que as ferramentas e soluções tecnológicas devem ser usadas para auxiliar as relações humanas. “Tecnologia não tem moral nem caráter. Nós, humanos, damos à tecnologia o propósito que bem entendermos”, afirma o engenheiro.

Sobre o poder das redes sociais, Meira explica que nunca as pessoas escreveram tanto e foram tão lidas, ao sair do “impresso, um recurso escasso, para as redes”. “Ao mesmo tempo, nunca se disse, em público, tanta coisa que não tem sustentação. Perdeu-se a curadoria do que é publicado”, acredita. O machismo na indústria tecnológica também foi abordado na entrevista, bem como uma possível solução: mais incentivo na base da educação. “Devemos começar cedo a estimular garotas a estudar assuntos de exatas. No Centro de Informática da UFPE, uma das melhores formações do Brasil, só 10% das alunas são meninas. O CESAR só contrata 10% de meninas programadoras, na mesma proporção. Porém, entre as gerentes, 50% são mulheres no CESAR, sempre competência própria. O espaço no mercado existe, mas tem que incentivar na base”, completa.

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O Jardim das Aflições e suas circunstâncias PDF Imprimir E-mail

24/11/2017

 

Tem sido impossível não notar quanto “O Jardim das Aflições” revela sobre a classe artística e acadêmica do Brasil. Durante a produção e distribuição do filme, enfrentamos diferentes níveis de hostilidade e censura. Essa coleção de reações formam um grande retrato do funcionamento do mundo das artes no Brasil, especialmente do setor audiovisual. Como produtor do filme, creio ser pertinente dar uma amostra de como foi esse conjunto de reações.

Em 2015, considerando o propenso monopólio ideológico nos editais de cultura, não era possível fazer um documentário sobre Olavo de Carvalho, um filósofo que se posiciona contra os regimes de dominação de massa, especialmente os de esquerda. Como os integrantes da classe artística são em, sua maioria, fiéis direta ou indiretamente adeptos de alguma ideologia de esquerda, não era concebível que se fizesse um filme como esse. Mas cabe destacar que o trabalho de crítica política é a parte mais inicial da obra de Olavo de Carvalho.

"O filme foi exibido por semanas nos cinemas e também não recebeu essa reação. Por que uma exibição para 200 pessoas em um auditório de universidade causou tamanho furor na esquerda?"

A grande preciosidade da sua obra encontra-se em livros e cursos nos quais se fala menos sobre política do que imaginam seus piores críticos (o que prova que eles talvez não tenham lido nada do filósofo). O coração de sua obra trata de temas muito mais profundos, como a formação da consciência, a análise filosófica intuitiva e radical, a paralaxe cognitiva, etc. É precisamente nesse coração de ideias que “O Jardim das Aflições” procura se instalar. Quem vê o filme sabe disso. Ainda assim, muitos esquerdistas chamam Olavo de Carvalho, seus alunos e até o público do filme de fascistas. Isso não só é um crime como é de uma burrice atroz. O intuito do filme não era fazer uma investigação jornalística sobre a classe artística, mas agora temos documentado o comportamento dos profissionais da classe artística, dos jornalistas e das universidades diante de um filme sobre um personagem que eles tem repulsa - uma repulsa coletivamente imbecil.

Começando pela produção, o que enfrentamos foram hostilidades por parte dos profissionais do cinema de forma velada. Houve também declarações abertas como a de Fabio Leal, que virou slogan do filme: “O Jardim das Aflições é o filme que não deveria existir”. De maneira geral, o que os profissionais da área fizeram foi constranger integrantes da equipe do filme e forçá-los a não trabalhar conosco. Agiam quase sempre por baixo dos panos, o que denota o comportamento de um classe dominada por panelinhas e fofocas. As implicâncias com o filme começaram muito antes de saberem como ele seria.

Depois do filme produzido, chegou a vez de testemunhar a reação dos festivais de cinema. Nesse momento, ficou evidente que o patrulhamento ideológico (termo cunhado pelo cineasta Cacá Diegues) é bastante abrangente. Inscrevemos o filme em dezenas de festivais brasileiros e ele não foi selecionado por nenhum, inclusive no “É Tudo Verdade”, um festival especializado em documentários. Como foi possível ignorar um filme com uma demanda popular tão evidente e que foi até o momento o maior crowdfunding cinematográfico na história do Brasil? O único festival que aceitou o filme foi o Cine PE e nele ainda ganhamos o prêmio de melhor filme por júri oficial e júri popular e melhor montagem. Ou seja, a recusa não era por falta de qualidade.

Ainda assim, sete cineastas retiraram seus filmes quando descobriram que o festival havia selecionado “O Jardim das Aflições”. Nenhum dos cineastas havia visto o filme. Enquanto o público e os jurados do festival decidiram premiar o filme, incluindo Vladimir Carvalho, que é um nome importante na história do cinema nacional, os cineastas provincianos optaram pela ignorância e negação da realidade. Já era possível perceber o retrato da classe artística nacional: os artistas não falam mais para o coração do público, são incapazes de fazer críticas construtivas e estão mais preocupados em retroalimentar o ego e o bolso do seu grupo de amigos.

Prova disso é que o filme seguiu muito bem de bilheteria em se tratando de um documentário nacional. Ficou mais de 9 semanas em cartaz, passou por mais de 30 cidades e angariou mais de 25 mil pessoas de público. Somente um quinto dos documentários nacionais passa de 20 mil pessoas de bilheteria. Não tivemos nenhum problema com os exibidores. Pelo contrário, fomos muito bem acolhidos e recebemos muitas mensagens parabenizando nosso desempenho. Ou seja, os que trabalham em uma lógica de oferta e demanda não compartilham da mesma visão da classe artística. Depois de ter entrado nos cinemas, o filme foi vendido por tempo limitado em uma plataforma exclusiva e também foi um sucesso de vendas. Recebemos muitos comentários elogiosos por parte do público.

O mais surpreendente foi quando surgiram alguns estudantes querendo exibir o filme nas universidades. Mais do que em qualquer outra etapa do filme, essas exibições foram o momento em que enfrentamos a hostilidade mais radical. Considero essas exibições o diagnóstico mais significativo da situação cultural no Brasil atualmente. Na primeira exibição na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Partido da Causa Operária (PCO) organizou um evento de protesto no mesmo dia e horário. O que aconteceu em seguida muitos já sabem. Depois da exibição, os militantes tentaram invadir o prédio e agredir o público do filme. Foram impedidos por uma dezena de integrantes da exibição que conseguiram barrar a horda com seus próprios punhos.

Tudo aquilo me pareceu muito fora de proporção. O filme foi exibido em um festival de cinema e não recebeu tamanha hostilidade. O filme foi exibido por semanas nos cinemas e também não recebeu essa reação. Por que uma exibição para 200 pessoas em um auditório de universidade causou tamanho furor na esquerda? Acontece que, agora, definitivamente entramos no seu território sagrado. A exibição não era um ato de ataque, mas a militância esquerdista a interpretou dessa maneira e acabou revelando o valor que dão ao território que lhes é mais caro: a universidade. Eles sabem que um auditório com 200 alunos em uma faculdade tem um valor cultural igual ou maior do que um festival de cinema.

Dostoievski descreve em “Crime e Castigo” a trama psicológica de Raskolnikov. Ele demonstra as etapas psicológicas que Raskolnikov sofre após ter matado e roubado duas pessoas. Após o roubo, ele esconde os bens em seu apartamento. Toda vez que alguém chega perto do esconderijo, Raskolnikov fica raivoso e instável. Vejo um comportamento semelhante na militância que tenta impedir a exibição do filme nas universidades. Por que tanto ódio contra um filme? Porque a exibição desse filme revela um crime que eles têm medo de admitir: o aparelhamento das universidades e o uso dos centros acadêmicos como instrumento de formação de militância. Esses grupos que circundam o PCO, MST e PT querem única e exclusivamente perpetuar seu discurso hegemônico na academia assim como se perpetuam nos aparelho do governo. Na exibição na Universidade Federal da Bahia (UFBA), um militante ainda levantou um cartaz escrito “morte aos cristãos”. Ou seja, de um lado você tem pessoas querendo ver um filme e de outro você tem pessoas querendo destruir, silenciar e até matar.

No final das contas, “O Jardim das Aflições” tem servido de termômetro para a situação da cultura nacional. E o diagnóstico atual é que os artistas estão preocupados somente com seu pequeno grupo de amigos, a classe artística não fala sobre temas que interessam a população e as universidades são o território sagrado onde a esquerda não tolera nenhum tipo de diálogo. O que era para ser apenas uma obra de arte se tornou um retrato do comportamento tirânico da classes letradas.

Em seu livro “Aristóteles em Nova Perspectiva”, Olavo de Carvalho demonstra que sempre raciocinamos em cima dos objetos que apreendemos pela nossa imaginação. Ou seja, raciocinamos com base na biblioteca de símbolos presente em nosso imaginário. Se algo em nossa alma está soterrado pelo desconhecido, é comum termos medo daquilo. E o salto do medo para a agressividade é curto, pois em cima do medo construímos nossas quimeras. Como se pode ver pelos acontecimentos que circundam “O Jardim das Aflições”, seus críticos mais ferozes são justamente os que não sabem nada sobre o filme. Essa raiva surge a partir do medo do desconhecido, um medo que nasce da ignorância. Se o sono da razão produz monstros, como diz a gravura de Goya, isso faz ainda mais sentido quando falamos de um filme sobre um filósofo conhecido por ter razão. Os que se negam a ver a realidade sobre o filme, projetam em seu público e em seus realizadores a imagem de monstros. Fazem isso no mesmo instante em que gritam pela morte dos cristãos demonstrando assim a contradição em que vivem: são eles mesmos os monstros que temem ver em nós.

 

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Joalheria artesanal é tendência de negócio no Recife PDF Imprimir E-mail

26/11/2017

Através das redes sociais, a fusão de metais, uma das artes mais antigas da humanidade, ganhou roupagens diferentes que permitiram o desenvolvimento de novos negócios. A joalheria artesanal entrou para o rol de segmentos da indústria criativa do Recife e, aliando design e durabilidade, conquista empreendedores e consumidores de todo o Brasil. A razão para isso não é difícil de compreender, já que os produtos oferecem uma qualidade superior a das bijuterias com um preço muito inferior ao das marcas consolidadas de joias. O resultado é que artesanato em prata e com conceito se tornou a única fonte de renda de alguns pequenos empresários.

Essa é a realidade atual de Manuela Barradas, 32 anos, à frente da Manu Barradas Joias. Formada em publicidade, ela vendia joias importadas prontas, até que começou a se interessar pelo design e há cerca de dois anos e meio decidiu fazer o curso de ourives. “Daí decidi montar meu ateliê em casa mesmo, comprar os equipamentos e comecei a promover pelo Instagram (a rede social de fotos)”, lembra. Sozinha, era ela quem produzia, cuidava da parte nanceira, dos atendimentos e da divulgação, mas o negócio cresceu tanto que a irmã, Fernanda, precisou ajudar. Hoje, a marca é a única fonte de renda de ambas, que mantêm uma produção média de 25 peças por semana, com crescimento de 15% ao ano na produção.

Diferente de Manu, para Sthefany Passos, 24, foi a necessidade como consumidora que levou à criação da Tout. “Queria um acessório mais simples e delicado e não encontrava nada assim, então pensei em criar algo”, explica. No início, a produção era terceirizada, mas diante das limitações para deixar as peças exatamente como imaginava e do custo, decidiu fazer um curso de joalheria artesanal. “Joguei no Google e achei onde fazer”, conta. E assim ela passou das redes sociais para a loja virtual. A produção se expandiu, chegando a 120 peças por semana, gerando a necessidade de que Sthefany contratasse dois funcionários para ajudá-la. Na semana passada, a Tout ganhou uma nova loja física, no RioMar Recife, além dos pontos de venda no bairro do Parnamirim (Zona Norte), em João Pessoa e Brasília.

DESIGN

Mais recente, a marca Maria Duarte Joalheria Contemporânea é fruto do trabalho de conclusão do curso de design na UFPE realizado pela dona, que batiza a loja. “Fiz um intercâmbio no Canadá e lá estudei algumas disciplinas práticas de processos artesanais, inclusive de produção de joias”, detalha Maria. De volta ao Brasil, o catálogo da graduação naturalmente se transformou na sua carta de produtos e, mais uma vez, as redes sociais cumpriram o papel de fazer a conexão com o público. “Percebo que as clientes mais jovens, de 20 anos, compram pela internet e estão mais preocupadas com o conceito das peças. Já as mais velhas, a partir dos 40, são mais atraídas pela durabilidade de uma joia”, analisa Maria.

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Confira o 20 Minutos deste sábado (25) sobre tecnologia e poder PDF Imprimir E-mail

25/11/2017

O avanço da tecnologia mudou a forma como as pessoas comunicam e relacionam em sociedade, a política não ficou à margem desse processo. Para falar da relação entre tecnologia e poder, o cientista político Antônio Lavareda recebeu neste sábado (25) no programa 20 Minutos, da TV Jornal, Sílvio Meira. No domingo, a conversa é transmitida às 11h40 pela Rádio Jornal e, na segunda-feira, às 8h30 na TV JC.

Na entrevista, Meira fala da relação entre as forças da tecnologia e do poder de uma forma mais abrangente. Provocado por Lavareda, o presidente do conselho do Porto Digital responde como a tecnologia pode estar a serviço da democracia e menciona como plataformas digitais deveriam intermediar a relação entre o cidadão e os partidos políticos. "Nós, humanos, é que damos moral e propósito à tecnologia. Damos a ela a função que bem entendemos", destaca Silvio Meira.

Na sequência, a conversa é direcionada a exemplos mais concretos observados nas eleições americana e francesa e as perspectivas para a influência das redes sociais nas próximas eleições presidenciais do Brasil, no próximo ano. "As redes sociais ajudaram a segmentar a opinião e a separá-las em campos que não interagem. Eles entram em conflito, mas, em geral, não produzem coisas novas", pondera Meira. A conversa ainda abre espaço para falar sobre a atuação das mulheres dentro da área da tecnologia da informação. Assista na íntegra no vídeo abaixo:

Perfil

Silvio Meira tem 62 anos e nasceu em Taperoá, na Paraíba. É engenheiro eletrônico pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica, o ITA, Doutor em Computação pela Universidade de Kent, Inglaterra. Cientista e empreendedor, professor da UFPE e da FGV, seus focos são engenharia de software e inovação. Viaja pelo mundo, passou por Harvard, mas foi em Pernambuco, que ajudou a criar o Porto Digital. É fundador e consultor do Centro de Estudos Avançados do Recife, César. Comanda a Ikewai, uma rede de empreendedores.

Programação

20 Minutos é exibido todos os sábados, a partir das 19h20, na TV Jornal, aqui no nosso site e no Facebook.

TV Jornal

Hora: 19h20

Reexibição

Rádio Jornal: domingo 15/10, 11h40

TV JC : segunda 8h30 da manhã

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