Universidade Federal de Pernambuco - Agência de Notícias - Clipping
Pesquisa revela quem financia as violações no 'Patrulha da Cidade' PDF Imprimir E-mail

05/12/2017

 

A Constituição de 1988 estabelece que a programação televisiva deve atender às finalidades artísticas, culturais, educativas e de respeito aos valores éticos da pessoa e da família. Na contramão disto, os programas policialescos se estruturam em narrativas que disseminam ódio e intolerância. O programa televisivo Patrulha da Cidade, exibido pela TV Ponta Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte, é um exemplo de uma mídia que viola direitos humanos.

Seguindo a metodologia proposta pela pesquisa “Violações de direitos na mídia brasileira: guia de monitoramento”, desenvolvida pela ANDI Comunicação e Direitos, em parceria com outras organizações sociais, em outubro de 2017, estudantes da UFRN realizaram o monitoramento de doze edições do programa Patrulha da Cidade, somando mais de 17 horas de gravação.

Além de constatar 737 violações de direitos humanos (média de 56,69 por dia), a pesquisa objetivou mapear quem, afinal, financia estes programas, pagando as propagandas nos intervalos comerciais e/ou merchandising durante a exibição. A pesquisa levantou 34 marcas financiadoras dos programas. Boa parte delas escolas, farmácias, supermercados e empresas de segurança.

Vale destacar que a condução do programa privilegia a construção do cenário de medo. As matérias e notícias expostas, unidas às falas do apresentador e do repórter, criam no imaginário do espectador um ambiente inóspito e completamente inseguro. Logo em seguida, estrategicamente, o merchandising das empresas de segurança entra em ação, para então fortalecer a “necessidade” de segurança para a população telespectadora.

Também chama a atenção o fato de existirem escolas que investem em comerciais nestes programas, visto que estas instituições deveriam promover a formação cidadã, além de garantir o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990).

A partir do mapeamento realizado, será possível incidir sobre os anunciantes, mostrando a eles a associação direta entre a marca e as violações de direitos cometidas nos policialescos. É provável que parte destas empresas anunciantes não conheça a fundo o conteúdo veiculado por estes programas. Então, o objetivo é mostrar que esta é uma conta que, no final, pode sair cara. Tanto para a marca quanto para o cidadão, vítima de uma programação que desrespeita direitos.

O primeiro monitoramento realizado pelos estudantes do curso de Comunicação Social da UFRN foi realizado em abril, quando eles mapearam exclusivamente as violações de direitos humanos cometidas no Patrulha da Cidade. Os doze programas monitorados, que somavam mais de 16 horas, apresentaram 399 violações – uma média 33,5 violações em cada exibição.

Fazendo um comparativo entre os dois monitoramentos, é perceptível um aumento de 84% no número total de infrações detectadas, representando uma crescente quando o assunto é violação de direitos.

Dentre as violações encontradas, vale citar o desrespeito à presunção de inocência; exposição indevida de pessoa(s); exposição indevida de família (s); e discurso de ódio e preconceito de raça, cor, etnia, religião, condição socioeconômica, orientação sexual ou procedência nacional; entre outras que compõem a metodologia da pesquisa.

No desdobramento dos dados também foi possível detectar que as pessoas que mais possuem seus direitos violados são as acusadas de crimes e seus familiares, representando 80% no primeiro monitoramento e 49% no segundo. No âmbito da cor/raça, a maioria das pessoas que têm seus direitos violados são pretos e pardos. Em outras palavras, há uma naturalização da ideia de que os suspeitos não são sujeitos de direito algum, sobretudo, quando pretos e pobres.

O monitoramento faz parte do projeto de pesquisa “Afinal, quem paga a conta?”, coordenado pelo professor Daniel Meirinho e realizado em parceria com a disciplina “Comunicação, Mídias e Direitos Humanos”, ministrada pela professora Aline Lucena, no Departamento de Comunicação Social da UFRN.

Patrulha da Cidade

O Patrulha da Cidade é um programa policial líder em audiência, exibido de segunda à sexta-feira, com início ao meio dia e duração média de uma hora e quinze minutos. Esse conteúdo midiático visa televisionar através de reportagens a nível estadual: ações policiais, assassinatos, roubos e assaltos, mortes, estupros, drogas, rebeliões, sequestros e tragédias, bem como situações cotidianas em que está inserida essa população. Mas muitas das narrativas violam direitos.

O apresentador, Cyro Robson (conhecido como Papinha), entra como uma figura importantíssima no reforço das violações, com falas que promovem o discurso de ódio e preconceito, incitam a desobediência às leis ou às decisões judiciárias e, muitas vezes, incitam o crime e a violência. Em um dos programas, ele disse: “Enquanto tão matando os bandidos, é um a menos pra prejudicar a gente, né?”, em outro, afirmou, “Era bom que essa grade fosse daquela que o cara solta assim, né? Pra fechar. Na hora que ele botasse a cabeça: pluf!”, numa alusão à guilhotina e, portanto, à pena de morte.

Além de reforçar as violações, o apresentador assume um papel significativo perante o público, que o considera por muitas vezes um justiceiro ou algum tipo de herói, lutando incansavelmente para garantir a paz em uma cidade que apresenta altas estatísticas de violência. Com voz firme, sempre bem vestido, Papinha se destaca dos demais integrantes do programa, assumindo um protagonismo. É evidente o esforço em torná-lo um personagem “sério” da TV.

Em cada fala, gesto ou na variação do tom de voz, deixa clara a sua opinião e seu total desdém aos indivíduos marginalizados, em sua maioria de classe baixa e oriundos das periferias da cidade. As falas proferidas pelo apresentador são carregadas de desinformação, preconceito e desumanidade. Por muitas vezes, induzindo o telespectador a reproduzir o mesmo discurso.

Em alguns trechos, o apresentador chega a citar os direitos humanos como um recurso negativo, um verdadeiro vilão do “cidadão de bem”. Em uma situação específica, quando ele se vê encurralado em ter de omitir uma possível violação, profere: “Hoje em dia não dá pra falar nada, porque vêm os direitos humanos pra defender esses vagabundos.” E quantas vezes não se veem frases assim sendo repetidas na internet, em conversas de grupo ou no trabalho? O programa que se coloca como jornalístico, mistura opinião e entretenimento travestidos de informação, e é nessa opinião disfarçada de notícia que a sua influência conquista espaço.

A expressão “quer papinha pro neguinho?” (bordão do apresentador), reforça o tratamento duro aos que estão em situação de marginalidade, ou seja, sem moleza para os criminosos. O seu bordão deixa bem claro que marginal é “neguinho”. Além de reforçar um preconceito racial e econômico, o programa passou a ter vinhetas com vídeos caseiros enviados por fãs, onde crianças com uma colher na mão dizem o bordão do apresentador. Vale ressaltar que Cyro Robson apresenta todo o programa com o mesmo objeto nas mãos, símbolo da justiça: a colher.

Vitórias importantes

Na ausência de um órgão ou agência reguladora autônoma de caráter federal, que possa realizar o acompanhamento das violações e impor sanções aos casos mais graves, tem sido a sociedade civil e os pesquisadores nas universidades, os responsáveis por mapear as violações, produzir denúncias e encaminhá-las ao Ministério Público Federal (MPF). E este esforço tem trazido bons resultados – embora ainda lentos diante da gravidade do programa.

Em novembro deste ano, a TV Jornal, afiliada do SBT em Pernambuco foi condenada a pagar multa por danos morais coletivos por expor e humilhar crianças durante o programa Bronca Pesada, que era apresentado pelo controverso Cardinot. O caso foi denunciado pela sociedade civil há cerca de 10 anos, mas só agora houve decisão da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. Infelizmente, no entanto, a multa – irrisórios R$ 50 mil reais – está muito aquém do R$ 1 milhão pedido pelo MPF, o que acaba não cumprindo o papel de impedir novas violações.

Outra vitória recente aconteceu na última sexta-feira, dia 1º de dezembro. Após a 3º audiência contra o jornal AquiPE, realizada pelo Ministério Público Estadual de Pernambuco (MPE-PE), ficou definido que o jornal terá que publicar nos dias 11, 12, 13, 14 e 15 de dezembro, matérias de uma página sobre temas relativos aos direitos humanos. Trata-se de uma tentativa de minimizar os danos causados pela publicação, em 01/09/2017, de imagem de capa que mostrava a genitália de uma mulher brutalmente espancada até a morte pelo ex-companheiro. Não por acaso, Diana, como se chamava, era mulher negra e pobre – o que no Brasil parece ser condição autorizativa para toda uma “sorte” de violações à dignidade na mídia.

A ação foi resultado de uma articulação de entidades e organizações da sociedade civil que fazem parte do Fórum Pernambucano de Comunicação (Fopecom) e do Observatório de Mídia da UFPE (leia aqui a Nota de Repúdio assinada por dezenas de entidades). Os programas serão exibidos na proximidade do dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos – e devem pautar temas como “Igualdade Racial”, “Populações Socialmente Excluídas”, “Direitos das Mulheres”, “Feminicídio” e “Direitos Humanos e Liberdade de Expressão”.

Universidades são fundamentais

Estas pequenas vitórias apontam para a necessidade de ampliar as parcerias para combater as violações de direitos humanos no rádio e na TV. Desde 2015, organizações da sociedade civil têm empreendido um esforço comum para mapear as violações de direitos humanos cometidas nestes programas. Naquele ano foi realizado monitoramento de 28 programas (9 de rádio e 19 de TV), exibidos em 10 capitais brasileiras, ao longo de 30 dias. Foram detectadas, à época, 1.936 narrativas com violações que ultrapassam 4.500 violações de direitos humanos.

Os objetivos destes monitoramentos são, entre outros, mobilizar a sociedade para a importância da pauta e produzir subsídios para atuação do MPF nos estados. A Procuradora Federal dos Direitos dos Cidadãos (PFDC), bem como as filiais regionais do órgão, têm sido os principais parceiros institucionais na empreitada que visa acabar com as violações de direitos na mídia. A construção de parcerias para realizar monitoramentos torna-se, portanto, uma tarefa essencial para que novos subsídios sejam produzidos.

Este é o objetivo da Campanha Mídia Sem Violações de Direitos, lançada em 2016. Esta também tem sido a perspectiva de alguns observatórios de mídia que estão sendo criados no Brasil, entre os quais o Amaru – Observatório Latino Americano de Comunicação, Mídias e Direitos Humanos, lançado no dia 28 de novembro na UFRN, ao qual está integrado o projeto de pesquisa “Afinal, quem paga a conta?”. As iniciativas atuais, envolvendo a academia, também se inspiram na Campanha “Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania”, coordenada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, nos primeiros anos da década de 2000.

 

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Piracicaba conectada: o que quer a AgTech, o primeiro coworking dedicado ao agro do país PDF Imprimir E-mail

06/12/2017

 

A cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo, tem fama de pioneira. Foi uma das primeiras do Brasil a ter água encanada, energia elétrica, iluminação pública e outras conquistas “modernas” no século passado. Mais recentemente, se destaca no enfrentamento de desafios como o tratamento de resíduos sólidos e a restauração ecológica. Ali nasceu, também, o primeiro coworking especializado em empresas de tecnologia voltadas para o setor agro, o AgTech Coworking.

“Piracicaba precisava ter um coworking”, diz Adriana Lúcia, 40, fundadora e diretora executiva do espaço, que existe desde meados de 2013. Estamos longe da capital, mas o depoimento dela sobre as vantagens desse tipo de opção para quem quer trabalhar sem uma infraestrutura fixa, reverbera em qualquer lugar em que existam mulheres às voltas com as demandas da vida profissional. Ela diz o que a fez abrir o espaço:

“O grande motivador do empreendedorismo feminino é a questão materna. Conseguir conciliar o lado profissional com o de mãe é o xis da questão”

Natural de Formiga (MG), engenheira agrícola e mestre em irrigação e drenagem pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), Adriana se mudou em 2002 para Pira, como os íntimos costumam chamar a cidade. Seguindo com os estudos sobre irrigação, chegou para o doutorado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq-USP), instituição brasileira que é uma das cinco melhores em ciências agrárias, segundo um ranking global especializado.

Adriana conheceu seu marido (e sócio) José Tomé, 34, quando trabalharam juntos no Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), um centro de pesquisa em cana-de-açúcar entre os mais desenvolvidos do mundo. José é engenheiro químico, formado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

ELES QUERIAM EMPREENDER E CUIDAR DA FAMÍLIA

Casados em 2011, começaram a pesquisar qual seria o melhor negócio que poderiam abrir para que tivessem o máximo de tempo disponível para Artur, 4, e Heitor, 2. “Chegamos a cogitar abrir uma cafeteria com móveis rústicos, mas, quando fomos ver, o negócio não era nem escalável nem inovador como gostaríamos”, diz Adriana. “Foi aí que conhecemos o conceito de coworking e nos encantamos”, completa José.

Com o foco definido, eles encontraram um casarão centenário no centro da cidade. Bem localizado, pé-direito alto, janelas amplas, piso original, o espaço foi construído para um cafeicultor, havia sido usado como escola de enfermagem e estava fechado há dois anos. Eles tinham 170 mil reais de investimento inicial no negócio, e fecharam. Adriana (grávida de seu primeiro filho, Artur) tocou a maior parte da reforma do local, que levou apenas 30 dias. José seguia trabalhando na área industrial do CTC, onde ficou até o segundo semestre de 2016, garantindo assim uma renda estável para a família.

“Pari o coworking e o Artur quase ao mesmo tempo”, brinca Adriana. Cerca de um mês depois do nascimento do filho, ela já começou a encarar o cotidiano do negócio que também tinha acabado de nascer. É nessa fase, quando o sonho se torna fato, que a realidade obriga muitas vezes o empreendedor a fazer mudanças no que havia planejado. Neste caso, até no nome do business: “Como a gente tinha muito network no negócio de cana, abrimos o coworking pensando nesses profissionais, mas percebemos que focar só no setor de cana não era suficiente”. O espaço chegou a se chamar CanaTec Coworking… Mas deu errado:

“As pessoas liam ‘CanaTec’ e pensavam que era alguma coisa de cana. Isso as bloqueava para conhecer o espaço. Acabamos mudando o nome”

Mas, se o nome não definiu o público do espaço, também não impediu a chegada dos primeiros clientes, do setor de florestas plantadas. Com cerca de três meses de operação, na época, a Atrium Forest foi uma das primeiras a se estabelecer no casarão da rua Tiradentes. A empresa de gestão florestal abriu mão do escritório próprio e mudou-se com seis pessoas para o novo endereço, onde segue sediada.

Na sequência, chegaram outras do ramo agro: a Adubai Consultoria Agronômica, uma parte da equipe de agroindústria da Totvs e a equipe da 4Tree, esta, uma startup que nasceu dentro do espaço. Mais recentemente, o coworking virou a sede paulista da startup catarinense JetBov, e base de uma equipe de tecnologia da Raízen, além de passar a abrigar consultores independentes que adotaram o espaço, configurando-o — finalmente — como o primeiro coworking do Brasil dedicado ao agronegócio. Detalhe interessante é que eles trabalham não somente com startups, mas também com empresas já mais consolidadas: é a forma de fazer o business girar e se pagar.

Hoje o espaço tem 30 clientes e mais de 50 pessoas com frequência regular. Os planos vão de 50 reais, a diária da estação de trabalho avulsa, a 770 reais, a mensalidade, com direito a 4 horas de uso da sala de reuniões, internet, telefone personalizado, água e café. Os modelos intermediários contemplam 10 horas por mês (125 reais), 30 horas por mês (245 reais) e 80 horas por mês (490 reais), com benefícios semelhantes, além de planos especiais para equipes de uma mesma empresa.

QUANDO SE TROCA O PLANO A PELO PLANO B, NOVAS IDEIAS SURGEM

Somente três anos depois da abertura do espaço, em 2016, é que o negócio atingiu o ponto de equilíbrio financeiro que permitiu a José se desligar do CTC e reassumisse, assim, sua veia empreendedora (em 2011, ele havia investido na criação de uma plataforma de solução de desafios do setor canavieiro, a Biorrefinaria Brasil, hibernada, com o surgimento do coworking).

Quando o plano B finalmente toma o espaço do plano A, muitas vezes, o momento é fértil para o surgimento de novas ideias. José tinha em mente estimular o ecossistema de inovação aberta e a vontade ressurgiu quando, além de passar a colaborar mais na rotina do coworking, ele criou a AgTech Garage. Estabelecida em sociedade com Marcelo Carvalho, da AgriPoint, a iniciativa é um hub de inovação que conecta startups e empresas do agronegócio.

Somente nesta fase é que Adriana e José decidiram lançar a nova marca do espaço colaborativo, rebatizado com o nome que carrega hoje: AgTech Coworking. São negócios irmãos.

Pela AgTech Garage, ele conduziu o primeiro censo de startups do agronegócio do Brasil, revelando, em dezembro de 2016, haver 75 startups de tecnologia voltada para o campo no país, sendo 37 do estado de São Paulo, 13 de Minas Gerais e sete do Paraná. Quase 20% das iniciativas identificadas estavam sediadas em Pira, fato que deu força ao movimento do Piracicaba AgTech Valley, desenhado por José e outras lideranças locais para consolidar a cidade como o “Vale do Silício” da agricultura. Hoje, a rede da AgTech Garage reúne mais de 140 startups de todo o Brasil.

O empreendedor, que é recifense e chegou a Piracicaba em 2008, conta que o casal teve que ter mais paciência que o previsto, para ver tudo isso acontecer: “A gente sempre acreditou, apesar da curva de crescimento demorar bem mais do que a gente imaginava. Foi um processo lento, mas sempre crescente, o que nos manteve motivados”. A motivação não estava errada, tanto que lhe rendeu o prêmio de Profissional do Ano no EmpreendeTec 2017, premiação da EsalqTec que prestigia os destaques em tecnologia, inovação, ciência e empreendedorismo da cidade.

ABRE A PORTEIRA QUE A INOVAÇÃO VAI PASSAR

É para atender uma demanda cada vez maior que os donos do AgTech Coworking se preparam para “multiplicar por sete” o tamanho do negócio. Fisicamente. Ele passarão de 200 para 1.500 metros quadrados, de 15 para 85 estações de trabalho, com 32 salas privativas e cinco salas de reuniões, com a previsão de efetivar os dois estagiários que já ajudam na rotina do casarão.

O futuro endereço, que deve ser inaugurado em abril de 2018, ocupará dois galpões históricos da antiga tecelagem Santa Francisca, criada pelo industrial pioneiro Luiz de Queiróz, no final do século XIX. O atual proprietário do imóvel “comprou” a ideia de Adriana e José e, juntos, eles elaboraram o projeto arquitetônico que está em fase de captação de investidores — o custo é de 2 milhões de reais, e o projeto visa revigorar uma região histórica da cidade.

“Queremos expandir rapidamente para os principais polos do agronegócio no Brasil”, diz Adriana. Ela está buscando parceiros para levar o modelo para cidades como Ribeirão Preto (SP), Uberlândia (MG), Londrina (PR) e Rio Verde (GO). A depender do esforço do casal, as fronteiras da nova economia seguirão se expandindo no interior do país.

DRAFT CARD

Projeto: AgTech Coworking
O que faz: Espaço compartilhado de trabalho para startups agro
Sócio(s): Adriana Lúcia e José Tomé
Funcionários: 5 (incluindo os sócios)
Sede: Piracicaba (SP)
Início das atividades: 2013
Investimento inicial: R$ 170.000
Faturamento: R$ 280.000 (estimativa 2017)
Contato: info@agtech.network

 

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CPFL Energia investe R$ 66 milhões em armazenamento de energia PDF Imprimir E-mail

12/12/2017

A CPFL Energia irá investir R$ 66 milhões em três projetos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) para analisar os impactos da inserção e utilização de sistemas de armazenamento de energia (como baterias) em toda a cadeia do sistema elétrico, da geração até o cliente final. Trata-se do maior investimento em P&D já realizado pela CPFL Energia e um dos maiores de todo o setor. Os projetos serão desenvolvidos entre os anos de 2017 e 2021 e irão envolver 126 profissionais e pesquisadores, contando com a participação de três universidades brasileiras.

O programa, que ocorre no contexto da Chamada de Projeto de P&D Estratégico nº 21/2016 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), tem como objetivo investigar os efeitos e impactos da inserção de tecnologias de armazenamento de energia no sistema elétrico brasileiro. A partir de aplicações e análise de dados reais, fomentará a capacitação profissional e conhecimento sobre o tema, subsidiando agentes do setor elétrico ao recomendar ajustes para superar barreiras técnicas, regulatórias, legislativas e de tecnologia, base para permitir a aplicação na geração, transmissão, distribuição de energia e consumidor final em larga escala no futuro.

Além disso, as iniciativas serão integradas a outros projetos de P&D já realizados pela CPFL Energia, consolidando Campinas, no interior de São Paulo, como um dos principais laboratórios vivo da América Latina no que está relacionado a redes elétricas do futuro. Com essa estratégia, o programa possibilitará ter uma visão em escala real de como deve se comportar o mercado futuro do setor elétrico no país, por meio da análise conjunta do desempenho de tecnologias de armazenamento de energia em conjunto com resultados obtidos em pesquisas sobre a utilização de energia fotovoltaica (Projeto Telhados Solares), veículos elétricos (Projeto Emotive) e medidores inteligentes.

“Impulsionado por mudanças nos hábitos dos consumidores e pelo surgimento de novas tecnologias, o setor elétrico está passando por uma grande mudança. A CPFL Energia busca investir em projetos de P&D que contribuam para que o setor e a sociedade estejam prontos para os novos desafios, como tem sido feito com o Projeto Emotive, o projeto Telhados Solares, e, agora, com o Programa de Armazenamento de Energia”, afirma o diretor de Estratégia e Inovação da CPFL Energia, Rafael Lazzaretti.

DA GERAÇÃO AO CLIENTE FINAL

O Programa de Armazenamento de Energia terá frentes em todos os segmentos do setor elétrico. O objetivo é verificar o papel dos sistemas de armazenamento de energia na qualidade e confiabilidade do fornecimento de energia em uma matriz energética que tende a se diversificar, como a brasileira, além de colaborar com o desenvolvimento de modelos regulatório e de negócios.

Nos segmentos de geração e transmissão, o foco dos estudos será analisar como as baterias podem contribuir para otimizar a produção de energia elétrica de fontes renováveis intermitentes – como a eólica e solar, além de mitigar possíveis investimentos em linhas de transmissão. Serão investidos em torno de R$ 26 milhões neste projeto, e as pesquisas serão realizadas em usinas eólicas da CPFL Renováveis localizadas no Rio Grande do Norte, em parceria com acadêmicos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), do Instituto de Tecnologia Edson Mororó Moura (ITEMM) e da PSR Consultoria em Energia.

Na distribuição, com investimento aproximado de R$ 32 milhões, serão desenvolvidas aplicações de sistemas de armazenamento para redes elétricas, desde a subestação em alta e média tensão até o consumidor em baixa tensão. Aqui, o projeto terá integração com outras iniciativas de P&D em curso pela CPFL Energia, como mobilidade elétrica e geração solar distribuída, e os investimentos em smart grid.

“Ao testar o uso de baterias nas redes de distribuição, queremos entender o impacto disso na conservação e aproveitamento de ativos, na redução de pico de consumo e perdas de energia e na melhoria da qualidade e confiabilidade do fornecimento, além da integração com a energia solar, veículos elétricos e microgrids”, diz Lazzaretti. Este projeto contará com apoio da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto Lactec.

Para avaliar o impacto de uso de baterias para os usuários finais, serão selecionadas, com base em especificações técnicas, empresa da região de Campinas que utilizem geradores a diesel como backup no horário de pico do sistema. O intuito é analisar a viabilidade técnica e econômica do uso de sistemas de armazenamento para operação em clientes comerciais, substituindo a geração a diesel. Este projeto contará com a participação do Departamento de Energia (GEPEA) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – USP e do Fundo para Desenvolvimento Tecnológico para Engenharia (FDTE).

 

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Saiu a data oficial da inscrição do Sisu 2018 PDF Imprimir E-mail

12/12/2017

Após isso, aparecerá uma lista de vagas no Sisu 2018 disponíveis, seja para o cursos, cidade ou universidade (no exemplo, pesquisamos pela cidade de Porto Alegre, e foram selecionadas várias opções de universidades e cursos nesta cidade).

Na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFPE), não houve aumento em número de vagas, se comparado
com a edição de janeiro deste ano. As inscrições do Sisu 2018 estarão abertas oficialmente à partis da 0h00m do dia 29 de janeiro, e permanece até às 23h59 do dia 1º de fevereiro. Os candidatos que não conseguirem sua vaga na data regular da inscrição pode ter a oportunidade pela Lista de Espera.

As seis instituições de ensino superior de Pernambuco que vão participar do Sisu vão oferecer, juntas, 14.033 vagas na primeira edição de 2018. Dessas, 30 são instituições públicas estaduais, que envolvem centros universitários (1), faculdades (7) e universidades (22); e 100 são públicas federais, com centros de educação tecnológica (2), faculdades (1), institutos federais de educação, ciência e tecnologia (36) e universidades (61).

Para participar, é necessário ter tirado nota acima de zero na redação do Enem 2017. Também é necessário definir
qual a modalidade no qual o aluno se encaixa - ampla concorrência ou alguma relativa às ações afirmativas (com
critérios raciais ou sociais). Durante o período de inscrição, o sistema calcula uma vez por dia a nota de corte para cada curso, com base no número de vagas disponíveis e nas notas dos candidatos inscritos. O sistema mostra, a cada dia, uma nota de corte
parcial, baseada nas notas das pessoas que já se inscreveram até o momento naquele curso.

Os resultados serão publicados no dia seguinte ao término das inscrições, 2 de fevereiro. Só será possível confirmar a vaga caso o estudante apresente seus documentos corretamente na instituição de ensino na qual foi aprovado.

Serão ofertadas 239.601 vagas pelas universidade públicas participantes do Sisu, essas vagas são espalhadas pelas universidades de todo o país. Só será permitido marcar o curso colocado como 1ª opção na inscrição. As convocações serão feitas pelas universidades, em calendário definido por elas.

 

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Livro que narra “Enigmas de Oeiras” em crônica e aquarela será lançado PDF Imprimir E-mail

12/12/2017

“No tricentenário da cidade afeto, quis o destino que o brilho de dois talentos se unissem para presentear Oeiras com o que ela tem de melhor: a poesia silenciosa das ruas e a arquitetura barroca. Rogério Newton, com seu lirismo pungente, escreveu uma crônica irretocável. Sóter Carreiro, com mão certeira, produziu aquarelas esplendentes. O resultado não poderia ter sido diferente: um livro que vai muito além da simples beleza, pois encerra poesia e verdade”.

Na sentença acima o professor e escritor Cineas Santos sintetiza o livro “Crônica dos Enigmas de Oeiras”. A obra do arquiteto e aquarelista, Sóter Carrero, roteirizada pelo cronista, Rogério Newton, será lançada nesta sexta-feira, 15, às 21h30, no Museu de Arte Sacra (MAS), dentro da programação especial do aniversário de 300 anos de Oeiras. A publicação foi editada pela Fundação Nogueira Tapety (FNT) e promove um encontro inédito de imagem e texto de dois grandes artistas.

Junto com o lançamento do livro, será aberta a exposição “Enigmas de Oeiras”, uma mostra que reúne 24 aquarelas pintadas por Sóter Carrero, em homenagem à Primeira Capital do Piauí. A exposição ficará em cartaz no MAS até 31 de janeiro de 2018. Todas as telas expostas estarão disponíveis para comercialização.

Após o lançamento em Oeiras, cidade que inspirou a obra, o livro será lançado em Teresina. O lançamento da publicação na Capital acontece no próximo dia 22, às 19h, na livraria Entrelivros, situada na Avenida Dom Severino – 1045, no Bairro de Fátima.

Os autores

Natural do Ceará, Sóter Carrero é arquiteto, graduado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e há mais de 20 anos atua nas artes plásticas, desenvolvendo trabalhos em aquarela. O respaldo artístico advém do talento e de estudos no Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC), sediado em Olinda. Lá, Sóter teve contato com grandes mestres da pintura, entre eles, João Câmara, João Vicente e Liliane Dardot. Ao longo de sua carreira, o arquiteto e aquarelista ilustrou diversos livros, catálogos e agendas, com exposições e trabalhos reconhecidos no Brasil e no exterior.

Nascido na Rua das Portas Verdes, no Centro Histórico de Oeiras, Rogério Newton estreou como cronista escrevendo para jornais de importante circulação. No final da década de 1980, editou, em Oeiras, o jornal mimeografado ‘O Beco’. Na década seguinte, integrou a revista Pulsar, em Teresina. É autor de seis livros, quatro deles de crônicas.

 

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