Universidade Federal de Pernambuco - Agência de Notícias - Clipping
Ricardo Labastier lembra violência da formação brasileira na mostra Assucar PDF Imprimir E-mail

13/11/2017

 

A formação social brasileira, que deram ao país o dom duvidoso de se equilibrar entre a beleza e a tragédia, foram o mote usado pelo artista visual Ricardo Labastier usou para criar as 18 peças de sua nova exposição, Assucar, em cartaz a partir desta terça na Arte Plural Galeria. Menção direta à mercadoria que definiu a história de Pernambuco e fez a riqueza de uns e a desgraça de outros, as obras do artista unem artesania e fotografia em imagens saturadas de vermelho. “A cor representa os extremos da paixão, da violência da miscigenação brasileira”, afirma, o artista.

Fotógrafo por vocação e fotojornalista premiado, Labastier passou a experimentar a criação a partir do trabalho com as mãos. Um episódio extremo testemunhado por ele foi o gatilho para o início dos trabalhos de Assucar. "Em 2015, eu estava em Olinda e fiquei muito chocado ao testemunhar um crime e isso reverberou na minha cabeça por dias. Um tempo depois, vi uma placa de acrílico em casa e passei a trabalhar com ela, pensando na nossa formação social a partir da experiência ruim vivida por mim. Eu já trabalhava com velas e passei a derretê-las. Comecei a usar objetos para fazer essas composições. Como sempre fotografei corpos, isso é novo para mim".

Os povos formadores do Brasil, europeus, indígenas e negros, são representados no trabalho a partir de objetos como penas, guias e terços, colocados em cima da placa de acrílico e envolvidos em parafina. O fotógrafo cria sentidos a partir da disposição dessas peças em suas obras. Após a conclusão de cada item, Labastier fotografava o resultado e desfazia todo o trabalho. O que está exposto na Arte Plural é a impressão em tela das imagens criadas pelo artista, além de uma instalação na qual todo o material usado está presente.

O curador da mostra e professor da UFPE José Afonso Júnior frisa a articulação política do discurso de Labastier, que traz à sua obra, por exemplo, figuras históricas como a Princesa Isabel e o ex-escravo Mahommah Baquaqua, atreladas ao passado dos negros no Brasil. “Este é um trabalho atemporal e contemporâneo. Ele mostra processos de desigualdade que a gente esquece e repete. É um material que representa muito bem a dualidade do que somos”.

ZAHAR - O jornalista e poeta carioca radicado no Recife André Zahar realiza sua primeira exposição fotográfica, Inverno Astral, também na terça-feira, a partir das 19h, no bar Bestafera, na rua Mamede Simões, 12, Boa Vista. A mostra exibe um conjunto de fotos acompanhado de textos poéticos, contando histórias de ciclos vitais vistos por viagens ao sertão do Cariri, à Chapada Diamantina e à Islândia. As narrativas de deslocamentos, a busca da solidão e a percepção poética que pode vir do convívio com a natureza também são matéria-prima para suas fotos. A entrada é gratuita.

SERVIÇO
Exposição Assucar, de Ricardo Labastier
Abertura: 14 de novembro (terça), às 19h
Onde: Arte Plural Galeria - Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife
Visitação: Terça a sexta, das 13h às 19h; sábado, das 16h às 20h
Entrada gratuita
Informações: 3424-4431

 

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Pernambucano vive uma das sete vítimas na minissérie 13 Dias Longe do Sol PDF Imprimir E-mail

13/11/2017

 

Disponível no Globo Play, a minissérie 13 dias longe do Sol tem performances impactantes, das quais uma se destaca. Nascido em Serra Talhada, Arilson Lopes, 43, possui longa (e reconhecida) estrada no teatro, mas é novato na TV. O ator começou a carreira em 1993 na terra natal e, quando se mudou para o Recife, formou-se em artes cênicas na UFPE. No primeiro trabalho na telinha, interpreta Bené, o chefe de eletricidade e uma das sete vítimas soterradas após desabamento de um prédio. Arilson contracena com nomes como Selton Mello e Carolina Dieckmann.

O convite para integrar o elenco surgiu do produtor Chico Accioly, que conheceu nos bastidores do filme Reza lenda. “Ele disse que o Bené parecia comigo, tinha o meu perfil. Fiz um teste no Recife e fui aprovado”, contou ao Viver. A primeira experiência foi aprovada. No teatro, integra o coletivo Angu de Teatro e o Doutores da Alegria - os dois grupos completam 15 anos em 2018. No cinema, ele também atuou em filmes como Cinema, aspirinas e urubus e Era uma vez eu, Verônica.

>> Entrevista

A minissérie marca sua estreia na televisão. Como foi contracenar com atores já experientes, como Selton Mello e Carolina Dieckmann?
Foi importante viver essa experiência com esses atores. Eles foram acolhedores, receptivos e foi uma convivência muito boa, de muita troca. Eu curti muito fazer esse trabalho. Nunca tinha feito um trabalho desse porte. Nunca tinha passado tanto tempo em um set. Isso me instigou muito. Quero muito poder continuar a fazer meu trabalho onde for possível. Eu estou muito empolgado com essa primeira experiência.

Como foi o convite para participar da minissérie?
Eu tinha feito o filme Reza lenda, que tinha Chico Accioly como preparador de elenco. Ele estava fazendo esse produto. Então eu fiz aqui mesmo em Recife o teste, uma cena, e alguns dias depois eu recebi a ligação para fazer parte do núcleo principal da trama.

Como descreve Bené?
É um cara gente boa, chefe dos eletricistas. É casado. Tem um enteado, Jorge, filho da Carmem. E ele tem um filho que mantém uma relação um pouco conturbada. Com o desabamento, os familiares vão tentar uma reconciliação. Fala-se de um drama familiar e de como uma tragédia como essa pode aproximar as pessoas. São personagens que lidam com o amor, com o perdão. Apesar de todo o caos, acredita que vai construir e consertar o rádio para se comunicar. É o conciliador.

Na minissérie, personagens contratam pedreiros do Nordeste para representar uma mão de obra barata. Algumas pessoas interpretaram isso como preconceito. Como você enxerga?
Na história, eles dizem que, para baratear a obra, o engenheiro e a construtora paga mão-de-obra ruim. Não é porque é uma mão-de-obra ruim e, sim, barata. O engenheiro Saulo quer comprar uma parte dele na construtora. Nessa obra, ele e a personagem de Debora Bloch – diretora financeira da construtora - buscam caminho para desviar a verba. Com isso, eles contratam mão de obra barata, vinda do Nordeste, que não são CLT, e compram material ruim para a construção. Isso é um retrato do Brasil. Não cabe essa interpretação de preconceito.

 

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Vídeo: O ataque dos radicais de esquerda PDF Imprimir E-mail

28/10/17

O Antagonista reproduz o vídeo que circula nas redes sociais, no qual radicais de esquerda tentam impedir com violência a exibição do filme “O jardim das aflições”, sobre o autor Olavo de Carvalho, na Universidade Federal de Pernambuco.

A esquerda se acostumou ao domínio completo da produção cultural no Brasil e seus jovens representantes não aceitam nem mesmo uma única obra – que nem sequer trata diretamente de política – sobre um autor que não pensa como eles.

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Doutora transforma tese em clipe musical nas ruas de PE PDF Imprimir E-mail

28/10/2017

Doutora pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Natalia Oliveira transformou sua tese em um clipe musical. Junto com o grupo Vogue 4 Recife, ela representou a tese em uma performance de dança estilo CSI.

Mas, calma: não é apenas uma brincadeira com coisa séria. A doutora é a única brasileira na final da competição mundial "Dance Your PhD", promovida pela revista Science.

O videoclipe é baseado na tese "Desenvolvimento de Biossensores para as Ciências Forenses" e foi gravado em pontos de Recife (PE) e no campus da UFPE. A gravação foi divulgada durante a semana no Facebook da instituição de ensino superior.

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Grávida, neurocientista fala sobre pesquisa que revoluciona tratamento de Parkinson e AVC PDF Imprimir E-mail

14/11/2017

 

Érika de Carvalho Rodrigues, 37 anos, vive neste momento duas vezes a expectativa pelo nascimento de um filho. Não, ela não está grávida de gêmeos. João já superou as 39 semanas na barriga da mãe e pode vir ao mundo a qualquer momento. A outra gestação que já dura cinco anos é uma pesquisa que pode mudar a maneira como é feito o tratamento de Parkinson e de sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). A pesquisadora, neurocientista e professora universitária coordena um estudo sobre o uso de eletroestimulação cerebral na reabilitação motora de pacientes.

“É um momento que gera uma ansiedade muito boa. Os dois vão mudar o que eu sou e o que vou fazer daqui pra frente. O que eu vou fazer depois depende desses dois nascimentos que estão acompanhados de boas expectativas”, compara a pesquisadora.

Érika, que mora no Rio de Janeiro, contou no Conversa com Bial como está sendo viver esse momento de virada, de expectativa em sua vida. Ela participou do ‘Histórias Pra Frente’, quadro em parceria com Bradesco em que Bial conversa com pessoas que estão sempre em movimento e buscando novos desafios.

Momento de virada na vida

A neurocientista coordena a pesquisa que é uma parceria entre a Unisuam, o Instituto D’or de Pesquisa e Ensino (IDOR), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O objetivo é entender os efeitos do tratamento sobre o controle dos movimentos e a melhoria na qualidade de vida das pessoas que sofrem com Parkinson e de sequelas do AVC.

Chegou a hora de respirar fundo e dar um dos maiores passos de sua vida: começar a testar as hipóteses. Os pacientes voluntários foram separados em dois grupos. Um recebeu fisioterapia convencional associado à neuromodulação cerebral. O outro, além da fisioterapia, foi submetido à eletroestimulação cerebral “placebo”, ou seja, com uma carga muito baixa que não deve impactar no resultado.

Agora, os pacientes que participaram do estudo serão reavaliados (ver quantos tiveram melhora efetiva) e esses dados serão comparados. Como o estudo foi cego, quem aplicou a terapia não sabia se a estimulação cerebral era real ou placebo, o resultado é uma incógnita. Para saber se houve mudança na estrutura cerebral (se alguma parte do cérebro conseguiu se recuperar) serão usadas diferentes técnicas de ressonância magnética para avaliação.

Nesse momento, muitas coisas se passam na cabeça da pesquisadora: como ainda não é possível prever resultados, ela pode ver o trabalho de cinco anos sendo invalidado ou, quem sabe, fazer a diferença na medicina mundial.

Interesse por pesquisa apareceu na adolescência

Mas por que Érika quer tanto fazer a diferença? A história começa lá atrás, quando ainda era adolescente. Ela acompanhou a dificuldade de recuperação de uma prima que sofreu um acidente de trânsito. O episódio a fez optar pelo curso de Fisioterapia, no qual se interessou pela área de lesões neurológicas. “Na faculdade, pude ver mais claramente que a fisioterapia funcionava para alguns pacientes e para outros não. Isso me estimulou a tentar novas terapias, meios de potencializar os efeitos da fisioterapia, enfim, ajudar um número maior de pessoas”, explica.

A vontade de estar sempre em movimento e ajudar mais e mais pessoas é que estimula Érika. Para ter uma ideia de seu envolvimento, ela promete desacelerar – vai sair de sala de aula -, mas não abandonar a pesquisa mesmo quando estiver em licença maternidade. “Não tem como me desligar totalmente. A equipe segue trabalhando, mas eu vou participar das reuniões importantes e das tomadas de decisão. Já avisei, o João estará sempre comigo nesses compromissos”, afirma.

Para dar conta da dupla jornada de mãe e pesquisadora, Érika também mudou de apartamento há pouco mais de um mês. Optou por um local mais próximo ao IDOR, onde parte da pesquisa está sendo feita. “Como é bem próximo, vou poder ir em casa amamentar o João”, planeja.

Prestes a conhecer o filho biológico e o filho vindo das pesquisas, Érika não tem ideia como será seu futuro. Mas sabe que seguirá em movimento, independentemente do que vier pela frente. Ela quer seguir tentando fazer a diferença na vida das pessoas.

 

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