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A cruzada política contra a nudez na arte PDF Imprimir E-mail

07/10/2017

O sexo da jornalista e artista performática pernambucana Kalor aparece por dois segundos no início da obra Certidão de Aborto, apresentada durante o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), que exibe fotograas de bebês, moedas e tintas vermelhas durante nove minutos. O vídeo é uma crítica dolorosa a um problema social que Kalor conheceu de perto quando perdeu um lho depois de tentar atendimento em várias unidades de saúde do Grande Recife, em junho de 2013. Faz parte da série Tecnologia a Serviço da Orgia, que busca contrapor a hipersexualização do corpo feminino. Na cidade onde ela trabalha como gestora cultural, o trabalho virou arma de embate eleitoral quando grupos de oposição à atual administração começaram a compartilhar imagens isoladas das performances para atacar a gestão.

O uso da nudez como linguagem política em obras de arte está no fronte de uma celeuma desde o boicote da exposição Queermuseu e as acusações de pedolia contra a performance La Bête, do coreógrafo Wagner Shwartz, no MAM, em que uma criança sob supervisão da mãe interagiu e tocou no artista nu. As investidas de caráter moralizante partiram do Movimento Brasil Livre (MBL), o grupo com mais sucesso eleitoral dentre os que surgiram dos protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousse (PT).

Em nota enviada ao JC, o núcleo pernambucano do MBL diz considerar um escárnio que se use dinheiro do contribuinte para promover ações que militam pela destruição de valores. Argumenta que não é prudente expor crianças a adultos nus pois essa situação pode confundi-las e deixá-las suscetíveis ao abuso. “O povo brasileiro é contra a pedolia e o abuso infantil, por exemplo, e apesar de sabermos que alguns nichos culturais não se importam com isso, nós não deixaremos nossos valores serem desconstruídos com uso do nosso próprio dinheiro”, promete.

A nudez não é invenção da arte moderna. Ela está presente em quadros e esculturas há séculos. Para Roberta Ramos, professora do Departamento de Teoria da Arte da UFPE, o signicado da nudez em uma obra sempre precisa levar em consideração o contexto, a época e o tema trabalhado pelo artista. “Vimos um grupo da sociedade civil estimulando interdições que podem contribuir para que o Brasil volte a ter dispositivos de censura”, alerta

O papel político do corpo nu também não é novidade para movimentos por direitos civis e liberdades individuais. “A fantasia sem blusa traz esses questionamentos sobre até onde o corpo da mulher é sua propriedade. Quando a mídia quer vender alguma coisa, a mulher pode estar nua. Mas quando ela quer ser exibida, ela é vulgar. Estar sem blusa quando eu quero é uma forma de manifestação política”, arma Dandara Pagu, do coletivo feminista Vaca Profana, que promove intervenções com os seios à mostra.

O trabalho de Kalor e surgiu após uma residência artística promovida pela Associação de Prostitutas de Minas Gerais, no ano passado. Ela conta que a curadoria sempre tomou o cuidado de evitar adolescentes e jovens com menos de 18 anos nos ambientes em que foi exibida. “A polêmica é difícil porque vinte pessoas no Facebook passam a discutir apenas o corpo nu e arte enquanto a gente deixa de debater um tema mais amplo como a política nacional”, diz a artista.

O embate de posições sobre o tema pode ir ao extremo. Uma funcionária do MAM foi agredida com um soco em uma manifestação. Para a curadora da arte contemporânea Cristiana Tejo, os cuidados foram tomados pelo MAM, que sinalizou que a obra envolvia nu artístico. Ela lembra que a mãe, também artista, acompanhou a lha durante a interação com o artista. “O real crime foi a divulgação da imagem desta criança e de sua mãe. Ela perdeu a privacidade e a mãe está sendo ameaçada de morte. As pessoas sequer compreendem o que é pedolia. E fecham os olhos para o fato de que ela ocorra justamente por gente vestida e de dentro da família”, argumenta.

Classicação pode ser revista

Em meio ao aquecimento do debate sobre nudez e obras artísticas, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, anunciou o interesse em mudar o sistema de classicação indicativa existente no Brasil. O colega da Cultura, Sérgio Sá Leitão, quer que o sistema valha também para exposições. Museus e entidades de artistas também têm procurado se unir para melhorar a aplicação da autoclassicação, já que o Departamento Nacional de Justiça e Classicação se debruça apenas sobre cinema, TV, vídeos, jogos e aplicativos.

Para o psicólogo e juiz da Infância do Recife Elio Braz Mendes, a classicação por faixa etária já é suciente para orientar os pais sobre quais conteúdos devem ser vistos pelos lhos. O magistrado lembra que, sem a companhia dos pais, as crianças e adolescentes não têm acesso a conteúdo acima da sua idade. E que, mesmo com os responsáveis, eles só são permitidos em espetáculos e exposições da faixa etária imediatamente superior. “No caso dessa curadoria (do MAM), entendo que não foi nudez erótica, foi artística. Os fundamentalistas de plantão têm feito interpretações errôneas. Embora crianças não devam tocar estranho algum, sendo vestido ou não”, arma o juiz.

O MBL diz que houve crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “A nossa lei não tolera pedolia nem erotização precoce de crianças”, arma o movimento. “Nossa lei proíbe, também, o vilipêndio ao culto, e nós queremos respeito à fé cristã! Hóstia vilipendiada pode até ser arte, mas também é crime”, defende. O MBL nega promover censura e defende o boicote como ação legítima, pacíca e extremamente ecaz. “Quando o povo organizado e majoritário perder o seu poder de boicotar aquilo que julga como mau, estaremos numa ditadura”, arma o grupo.

Segundo o advogado criminalista Yuri Herculano, os artigos 240 e 241 do ECA, que tratam de pedolia, fazem menção ao sexo explícito ou pornograa envolvendo crianças e adolescentes. Já o artigo 217 do Código Penal, que tipica o crime de estupro de vulnerável, exige a conjunção carnal ou ato libidinoso, sendo este caracterizado pelo ato de satisfação do desejo sexual. “No contexto criminal, não há muito o que se questionar. O questionamento diz mais respeito à classicação indicativa e à presença da criança, do que a um caso de pedolia ou estupro de incapaz, o que eu vejo como um exagero”, explica.

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Em palestra na Fiep, desembargador debaterá impactos nas relações trabalhistas PDF Imprimir E-mail

06/10/2017

Reforma Trabalhista: fazer uma análise crítica da Lei 13.467, os impactos nas relações de trabalho entre empregados e empregadores. É o que promete a palestra do desembargador do TRT da 6ª Região, professor Sérgio Torres Teixeira, que estará em Campina Grande, no próximo dia 26, atendendo ao convite do Sebrae/PB e da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep).

O palestrante é também é doutor e mestre pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE/diretor da Escola Superior da Magistratura do Trabalho – Esmatra/Titular da Cadeira 33 da Academia Brasileira de Direito do Trabalho/membro do Instituto Ítalo-Brasileiro de Direito do Trabalho e do Instituto Brasileiro de Direito Processual – IBDP, além de lecionar na UFPE, Unicamp e Faculdade Marista.

A palestra Reforma Trabalhista – uma análise crítica da Lei 13.467, dirigida a empregadores e empregados, acontecerá no período noturno, a partir das 19h, no auditório da Fiep, conta com parcerias importantes como a Associação Comercial de Campina Grande (ACCG), o Clube de Diretores Lojistas de Campina Grande (CDL), Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário do Estado da Paraíba (Sinduscon/PB), entre outros.

Informações sobre inscrições ou mais detalhes referentes à palestra podem ser obtidas pelos fones (83) 2101-0100 ou 0800 570 0800.

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Museu Théo Brandão terá atrações artísticas e estande na 8ª Bienal do Livro PDF Imprimir E-mail

28/09/2017

Amanhã (29) começa a 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, com uma programação diversificada. O evento cultural acontece entre os dias 29 de setembro a 8 de outubro, e o visitante terá acesso a performances de dança, rodas de conversas, lançamentos de livros, mesas-redondas e oficinas.

O Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore (MTB) participa com várias atividades para o público. No primeiro sábado da Bienal, 30 de setembro, haverá vários estilos de performances na sala Ponta Verde. Das 11h às 14h, vão acontecer as apresentações de “Invasão Piegas” (com Everlane Moraes), “Realidade apropriada libera evidência” (com Jessé Batista), “Cara Crew” (com Sara de Oliveira) e o “O poder da rua” (com Geferson Ramos de Oliveira).

A partir das 15h, serão apresentadas as performances “Corbelo” (com Maciel Ferreira), “Diversidade” (com o grupo Street Dance Kings and Queens – SDKQ) e “Geledés: uma história não contada” (com Nadir Nóbrega).

Às 19h, terá início as performances “Relatos Banais” (com Carleane Correia), Canaviais (com Eves Silvestre) e “Centelhas” (com Carleane Correia e Jailton de Oliveira). Todas as apresentações do dia serão coordenadas pela professora do curso de Licenciatura em Dança, Nadir Nóbrega Oliveira.

No domingo (1º), às 18h, a sala Tamarindo vai receber a professora Nadir Nóbrega para uma roda de conversa e lançamento do livro “Sou negona, sim senhora: um olhar nas práticas espetaculares dos blocos afro Ilê Aiyê, Olodum, Malê Debalê e Bankoma no carnaval soteropolitano”.

Na segunda (2), o “Fórum Mestre Zumba: Pensamentos Afroameríndios” vai levar a programação do dia ao auditório “A”. Das 10h às 12h, haverá o “I Encontro do Grupo de Pesquisa Poéticas da Dança e Transculturalidades”, com a participação das professoras Ana Clara dos Santos (ETA/Ufal), Joana Pinto Wildhagen (Ichca/Ufal) e Nadir Nóbrega (Ichca/Ufal). Na ocasião, a mesa-redonda “Pesquisas em artes e políticas culturais nas Universidades” será composta por Inaicyra Falcão dos Santos, cantora lírica e professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Rodriggo Leopoldino Cavalcanti, bibliotecário do Centro de Educação e coordenador da Cátedra José Maria Martí, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Mulheres no hip hop e no street dance

Das 14h às 16h, a mesa-redonda “Protagonismo de mulheres no hip hop e no streetdance” terá a participação de Sara Oliveira (graduanda de licenciatura em Dança pela Ufal e coreógrafa do grupo de dança Cara Crew), Fabrícia Alves (integrante da cultura hip hop e aluna do curso profissionalizante da Escola Técnica de Artes da Ufal), Maria da Silva (integrante da cultura hip hop, dançarina de break, educadora cultural e artista de rua). A mediação será realizada por Nadir Nóbrega.

Às 16h30, o público vai ter a oportunidade de ver o solo de dança Kronos (com Jailton Oliveira) e a performance Centelhas (com Carleane Correia).

A partir das 17h, será a vez da roda de conversa em torno do lançamento do livro “Corpo e Ancestralidade: uma proposta pluricultural de dança-arte-educação”, de Inaicyra Falcão dos Santos.

Oficina de dança indiana

Na terça (3), das 19h às 22h, a sala Ponta Verde será o palco das performances “Retratos da nossa cor” (com José Marcos dos Santos) e a dança salsa (com Lorennys Perez). A coordenação dos espetáculos é de Nadir Nóbrega.

Na quinta (5), às 14h, na sala Siriguela, a oficina “Memória, ancestralidade e espaciocorpografias negras na obra de Fausto Antônio” será facilitada pelo próprio autor. Às 18h, na Praça de Autógrafos, o escritor fará o lançamento dos livros “Memória dos meus carvoeiros” e “No Reino da Carapinha”.

Para finalizar a participação da programação do MTB nos espaços externos ao estande, a sala Siriguela vai receber, na sexta (6), às 14h, a oficina “Introdução ao Kuchipudi” (dança clássica da Índia), facilitada pela dançarina indiana Maya Vinayan.

Projeto Ciranda

No estande do Museu (número 25) haverá uma mostra de peças da cultura popular. O visitante poderá ver o boi de carnaval, a réplica do Museu, o chapéu de Guerreiro, livros de Théo Brandão e sobre a cultura alagoana. De acordo com a museóloga do MTB, Hildênia Oliveira, na seleção dos objetos expostos foi considerada a representatividade das peças. “Os livros destacam a importância do Museu também como um espaço de pesquisa”, ressaltou.

O estande do MTB também será o espaço que vai receber a abertura do projeto Ciranda. Um dos objetivos é arrecadar brinquedos novos e seminovos, em bom estado de conservação, que serão doados a instituições sociais, voltadas a crianças carentes. O projeto, com duração de uma ano, foi idealizado pelo Núcleo de Ação Educativa do Museu. Será uma oportunidade para o visitante praticar o desapego. Ao final da Bienal, haverá outros pontos de coleta em espaços da Universidade.

A Bienal será realizada no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no Jaraguá. O evento é aberto ao público. Mais informações pelos telefones 3214-1716/1713/1710.

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Obra de José Guilherme Merquior é debatida no Recife nesta quarta PDF Imprimir E-mail

13/09/2017

O que define um pensador como sendo clássico em sua área de pesquisa? Alguns dizem que a principal característica de um cânone é ter marcado sua época, outros que é sua universalidade, mas considerar determinado autor como sendo clássico advém também – e principalmente – da atualidade de seus escritos. José Guilherme Merquior está, para o pesquisador e professor de Literatura Comparada na UERJ, João Cezar de Castro Rocha, mais do nunca atual, integrando portanto o rol daqueles que permanecem contemporâneos mesmo décadas após sua morte (26 anos, no caso de Merquior).

João Cezar desembarca nesta quarta (13) no Recife para participar de uma série de eventos promovidos até sexta pela Editora UFPE. Um deles é a palestra O Pensamento de José Guilherme Merquior Como Resposta à Crise da Cultura que acontece nesta tarde, às 15h, na Fundação Joaquim Nabuco, com mediação de Eduardo César Maia. Há mais de 10 anos pesquisando sobre Merquior, o professor carioca propõe uma interpretação bem atual do pensamento de seu polêmico conterrâneo.

“Há, na obra de Merquior, um pensamento poderoso que não é de todo compreendido. Ele ajudou a fecundar uma estrutura que é própria do mundo contemporâneo”, explica. “A crise da cultura é um paradoxo no qual temos uma complexidade máxima no que se refere à criação de redes sociais, mas as estruturas dessas redes, a maneira como elas operam, apresentam um grande reducionismo. Vou propor essa análise a partir de ideias desenvolvidas por Merquior.”

Sobre Merquior

Nascido em 1941, José Guilherme foi crítico literário, sociólogo, diplomata e faleceu precocemente aos 49 anos em decorrência de um câncer de intestino. Em suas andanças pelo mundo, ele vivenciou dois dos grandes momentos sociopolíticos da segunda metade do  século 20 e que foram fundamentais para o entendimento de sua produção: o movimento de Maio de 1968, na França, e a Queda do Muro de Berlim, em 1989. “A maioria das pessoas rotula Merquior e não se aprofunda na obra dele, desqualicam-no como sendo de direita. Foi uma forma da cultura brasileira não enfrentá-lo como fenômeno do pensamento não só brasileiro, mas do século 20 de uma forma geral”, defende João Cezar.

O caráter polêmico do pensador foi ressaltado na década de 1980 com várias personalidades brasileiras, entre elas Caetano Veloso – a quem o diplomata chamou de “um pseudointelectual de miolo mole” – e Marilena Chauí, assim como sua aproximação com Fernando Collor. As questões relacionadas ao campo da estética cederam espaço nos estudos de Merquior à investigação do liberalismo. “Minha hipótese é que José Merquior, depois de muito participar do mundo das artes e da literatura, vislumbrou a possibilidade de ser um José Bonifácio no Brasil do século 20”, finaliza João Cezar.

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70 anos da Câmara de João Pessoa: vice-prefeito de Recife inicia ciclo de palestras PDF Imprimir E-mail

27/09/2017

O ciclo de palestras ‘Câmara Aberta: Diálogos da Democracia’ será aberto nesta sexta-feira (29), às 15h, no plenário da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), com a presença do vice-prefeito da cidade de Recife (PE), Luciano Siqueira (PCdoB).

A programação completa será divulgada nesta quinta-feira (28), durante um encontro da Mesa Diretora com a imprensa.

Com o tema ‘Frente Ampla: Novos Rumos para o Brasil’, o vice-prefeito de Recife fará uma análise ampla do cenário econômico e político do Brasil na atualidade com o olhar diferenciado de quem acompanha de perto a administração de uma das maiores cidades do Nordeste.

Potiguar, Luciano Roberto Rosas de Siqueira, 71, é cidadão honorário de Recife e de Pernambuco, títulos outorgados pela Câmara Municipal de Recife em 2011, e pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, em 2006, respectivamente. Pela terceira, vez ocupa o cargo de vice-prefeito de Recife.

Ele iniciou sua militância política no movimento estudantil, na década de 1960, quando cursava medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ingressou no Partido Comunista do Brasil em 1972 e, no combate à ditadura militar, teve seus direitos de estudante cassados por três anos. De 1970 a 1974, viveu na clandestinidade, foi preso e torturado. Em 1976, retornou à universidade.

Fruto de um entendimento da Mesa Diretora da Câmara com o histórico Partido Comunista do Brasil, quando o presidente Marcos Vinícius (PSDB), na companhia de outros vereadores esteve na sede do partido, a palestra de Luciano Siqueira é a primeira de uma série que irá acontecer até dezembro, para celebrar os 70 anos do Legislativo Municipal.

“Teremos uma série de palestras suprapartidárias, que contempla todas as tendências, afinal de contas esta é a nossa Câmara, um espaço de ideias, de debates, com respeito mútuo de todas as partes”, comentou Marcos Vinícius.

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