Cientistas norte-americanas participam de debate na UFPE |
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23/08/2018
Recife vai ser palco de encontro internacional para discutir avanços científicos na área das doenças infecciosas a partir de estudos matemáticos. As palestras vão contar com a presença da professora Shweta Bansal, do Departamento de Biologia da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, e da professora Lora Billings, do Departamento de Ciências Matemáticas da Universidade de Montclair, também nos EUA. O evento ocorre nesta quinta (23) e sexta-feira (24) em auditórios da UFPE e da UFRPE com tradução simultânea e é aberto ao público.
O Workshop Brasil-EUA da mulher cientista: Contribuições Científicas e Impactos Sociais vai abordar algumas contribuições científicas de impacto social feitas dentro da biomatemática nos últimos anos, destaca a pesquisadora do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE), Giovanna Machado, que também vai participar das palestras. “Esse workshop é muito relevante, porque é o primeiro que acontece no Recife e essa interação entre cientistas brasileiras e norte-americanas vai ser muito benéfico para o ramo da biomatemática”, afirmou.
As palestras também vão abordar a participação das mulheres no meio científico ao traçar um paralelo entre a realidade dos EUA e do Brasil. Segundo a pesquisadora, a questão do empoderamento no meio científico não é só discutida no Brasil e os preconceitos ainda são latentes.
“Acredito que é uma realidade mundial, principalmente na área de ciência, que é um meio muito masculino, as dificuldades que as mulheres encontram para conseguirem conquistar o seu espaço. Você sempre tem que fazer mais do que o homem para poder provar e mostrar sua capacidade. Isso não é só nos Estados Unidos, ou no Brasil, mas é algo geral.”
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Água de chuveiros e banheiros na orla de Boa Viagem está contaminada |
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22/08/2018
Uma investigação das águas utilizadas nos chuveirões e banheiros da orla da praia de Boa Viagem obteve resultados semelhantes: ambas as amostras estão contaminadas e há indícios de que podem ser provenientes do mesmo lençol freático.
Na pesquisa feita pela aluna do curso de Farmácia Luísa Almeida, com a orientação da professora Silvana Calado, do Departamento de Engenharia Química, foram coletadas amostras de dois chuveirões, localizados na areia da praia, e dois banheiros públicos, no calçadão. Foram analisados os parâmetros de nitrato, salinidade, sólidos totais dissolvidos, coliformes totais e Escherichia coli. Os valores físico-químicos de nitratos e salinidade estão acima do que é proposto pelas legislações de águas salobras e água potável, exceto sólidos totais para águas potáveis. Quanto aos parâmetros microbiológicos, tanto os chuveiros quanto os banheiros estão em desconformidade com suas respectivas legislações. "A água contaminada pode ser grande veículo para transmissão de doenças gastrointestinais, dentre elas cólera, febre tifoide, leptospirose e giardíase, e parasitoses, dentre elas amebíase e esquistossomose", disse a estudante.
Em 2014, a estudante e a professora já haviam feito uma análise da água dos chuveirões que indicava a contaminação. O Ministério Público de Pernambuco chegou a cobrar providências do poder público. "Quatro anos já se passaram, porém nada foi feito", disse a professora. Agora, além dos chuveirões, foi detectado que também a água dos banheiros públicos está imprópria. "Águas salobras e salinas não são permitidas para uso da população, segundo legislação vigente. Além disso, é uma questão de saúde pública, pois a população está se expondo a água contaminada com fezes de animais", afirmou.
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Chuveirões de Boa Viagem sem previsão de instalação |
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23/08/2018
Com previsão de entrega inicial para outubro do ano passado, depois para dezembro e, em seguida, para março deste ano, a obra de implementação de chuveirões automáticos na orla da praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, agora se encontra suspensa e sem previsão de conclusão. A primeira fase do projeto - os sete reservatórios que alimentarão os 55 pontos duplos dos 110 chuveirões - já foi concluída. No entanto a segunda fase, que consiste na instalação dos equipamentos, necessita de um processo licitatório, que só será iniciado após o período eleitoral.
Os dispositivos, que seriam abastecidos pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), deveriam resolver o problema de contaminação na água dos chuveirões presentes na areia, constatado novamente por estudos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). De acordo com a professora orientadora da pesquisa, Silvana Calado, a amostra avaliou também a água dos banheiros públicos localizados no calçadão da região para, na comparação dos materiais, verificar se vinham do mesmo lençol freático que a dos chuveirões na areia.
No material coletado, estão presentes nitrato, salinidade, sólidos totais dissolvidos, coliformes totais e coliformes fecais. Desses, apenas os sólidos totais se encontravam em conformidade com a legislação, constatando, assim, a contaminação e indicando ainda que seus índices estariam maiores do que os da primeira pesquisa, realizada há quatro anos. Todas as análises seguiram metodologia do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 2017).
O estudo constatou ainda que “os valores de nitratos e salinidade encontram-se acima do que é proposto pelas legislações de águas salobras e água potável”. E no que diz respeito aos parâmetros microbiológicos, tanto os chuveirões quanto os banheiros estão em desconformidade com suas respectivas legislações (RDC 357/05 e a Portaria 2914/11), sendo assim consideradas pela pesquisa prejudiciais à saúde. Vale ressaltar que, segundo a Compesa, as águas analisadas na pesquisa fazem parte dos 57% não fornecidos pela companhia, que atende apenas para 43% do Recife. Em outras palavras, apenas essa parcela possui saneamento, no qual o bairro de Boa Viagem não está incluído.
A reportagem percorreu os sete quilômetros da orla e falou com turistas, barraqueiros e banhistas. A maioria dos entrevistados não tinha conhecimento nem sobre a primeira pesquisa realizada em 2014. “Nunca ouvi falar de água contaminada em nenhum momento. Deveria ser água da Compesa, não é? Cabe à Prefeitura dar o seu apoio para acabar com o uso da água do poço”, disse a comerciante Aldenir de Oliveira. Os banhistas lamentam que a água esteja contaminada, pois “eles são a única alternativa para aqueles que querem se refrescar e tem medo de entrar na água por conta dos tubarões, sem falar nas crianças porque nos chuveiros tínhamos certeza de que elas estavam brincando em segurança”, afirmou estudante Tahyna Barros.
Em nota, a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco (Seturel-PE) esclareceu que já foram implantados, com recursos do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), os sete reservatórios de água que alimentarão os 55 pontos duplos dos 110 chuveiros previstos no projeto. Agora, com recursos próprios, a Seturel contratará uma empresa para executar a instalação dos chuveirões.
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Empresa pernambucana de tecnologia investe R$ 2 milhões em startups |
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24/08/2018
Rumo às eleições 2018, a Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) acabou de escrever uma carta-compromisso endereçada aos candidatos e candidatas à Presidência e governos estaduais. Nesta carta, a expressão da força das 220 organizações que atuam na área dos direitos da criança e integram a RNPI.
Ao fechar 2017 com faturamento de R$ 30 milhões e atingir a maioridade neste ano, a empresa pernambucana de tecnologia CMTech sentiu a necessidade de inovar e resolveu investir em mais um braço de atuação. A empresa lançou nesta semana o seu celeiro de aceleração de startups, que vai funcionar no Recife Antigo e pretende estimular o desenvolvimento de aplicações focadas nas principais áreas de atuação da CMTech. Para a primeira chamada, que deve sair em setembro, serão investidos R$ 2 milhões. Como ela terá capacidade para 10 projetos, serão R$ 200 mil para cada uma das startups selecionadas. A expectativa do CMTech Labs é abrir uma chamada a cada seis meses e oferecer não apenas o investimento e a infraestrutura, mas também expertise para fazer o negócio alavancar para além de Pernambuco, mas de forma global.
Italo Nogueira, sócio da CMTech, já vinha acumulando ao longo dos últimos quatro anos experiências na aceleração de startups. "Começamos esse processo com pesquisas e, em 2014, fomos os únicos investidores do Cesar Labs, colocamos R$ 500 mil lá e foi o nosso primeiro teste como investidor anjo", explica. Depois veio o investimento de R$ 300 na Bossa Nova, que contava com 20 startups, e casos de sucesso como a FusioTrack, que deve faturar R$ 8 milhões neste ano. "Fomos aprendendo os processos e agora entendemos que chegou a hora de nós, como empresa, fazermos a nossa própria estrutura de aceleração. E estamos nos propondo que esse não será um ambiente só nosso, queremos que outras empresas venham usar nosso espaço e que ele cresça e traga mais mantenedores", completa.
O foco inicial estará em projetos pernambucanos, mas empresas de fora do estado não estão descartadas. "Não estamos fechados para bons projetos e estamos buscando aqueles que tragam aplicações globais, que possam ser usadas para além daqui", explica o sócio. O chamado é para áreas como smart cities, IoT, smart energy, rastreabilidade de chamados e ativos, logística de entrega de serviços, chatbots, service desk e field service. Das startups aceleradas, a CMTech fica com um percentual, que vai depender do tipo e do risco do projeto, mas varia até 25% da empresa. Se o projeto escalar, a própria CMTech pode entrar como investidora e colocar mais dinheiro nas companhias de maior sucesso. "Inclusive, acreditamos que pode surgir algo muito maior do que a própria CMTech", acrescenta.
O CMTech Labs já nasce com parcerias importantes, como a com a OBr.Global, do Vale do Silício e do especialista internacional em expansão de startups Robert Janssen. A ideia é garantir a possibilidade de os projetos locais terem visibilidade no mercado internacional. "Além disso, a OBr. Global tem parceria com a Velocity, que conta com uma rede de mais de 800 investidores anjos, aumentando as chances de multiplicar os investimentos em nossos projetos", explica Italo. Outro ponto importante dá conta da metodologia. "Fizemos parceria com a GrowthWheel, que vai mostrar o passo a passo para aceleração corporativa, como se fosse uma franquia. Fizemos a união da metodologia deles com as que temos aqui, podendo minimizar as possibilidades de erro", ressalta. O Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn da UFPE) também entra como parceiro e vai estudar o mercado e mostrar quais são as tendências para que elas sejam levadas para as chamadas do CMTech Labs.
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