A biografia de Jomard Muniz de Britto |
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07/04/2017
Há quem se encha de lisonja ao ser biografado. Não é o caso do poeta, cineasta, performer, agitador cultural, crítico, escritor - uma adjetividade plural que Jomard Muniz de Britto nunca tomou para si. Prefere ser singular, sem rótulos nem títulos. Apenas o do livro: “Jomard Muniz de Britto - Professor em transe” (R$ 80), biografia que celebra seus 80 anos e dá continuidade à coleção “Memória”, escrita por Fabiana Moraes e Aristides Oliveira e que será lançada pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), neste sábado (08), às 18h, no Cinema do Museu, na Fundação Joaquim Nabuco, em Casa Forte. “Não sou memorialista. Conheço intelectuais que louvaram suas memórias. Mas acho que é melhor viver a vida do que estar rememorando”, disse o professor à Folha de Pernambuco.
Sim, ele prefere ser chamado de professor, que foi desde os 16 anos, e de cinema. “Sou um professor e um leitor, antes de ser um escritor”, declara Jomard. Apaixonado pela sétima arte, citou “Sangue Azul”, de Lírio Ferreira, como um dos últimos filmes pernambucanos dos quais gostou muito. “Achei uma obra-prima. Muito ousado do ponto de vista erótico, não pornográfico”, define Jomard, que se autodenomina “marginal da poeticidade”. Não espere, portanto, datas precisas ou mesmo verdades absolutas nesse livro. Esse foi o primeiro desafio para a dupla de biógrafos. Mas a tarefa da escrita não foi árdua, pois o personagem já é bastante familiar a Aristides, que lançou o livro “O Palhaço Degolado” (1977), sobre um dos filmes mais marcantes feito por Jomard, em que questiona o imperialismo cultural vigente, a ideia de tradição tão arraigada na cultura pernambucana, e que provoca seus principais alvos de críticas: Ariano Suassuna e Gilberto Freyre. Já Fabiana - professora de Design e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e jornalista - fez seu début no universo da biografia, mas não no de Jomard, onde já mergulhara em matérias jornalísticas.
“Fizemos uma não biografia. Mas foi nossa maneira mais verdadeira de trazer Jomard para o mundo. Não dá para biografar alguém que tem essa camada de produção em um ano e meio“, diz a escritora. Para captar o indivíduo além do artista, perguntas foram recepcionadas ora com ‘esculhambações’, ora com gestos carinhosos. “Ele fala não falando, joga cascas de banana, detesta verdades. Com Jomard é, mas pode não ser. Ele não é enquadrável“, conta a jornalista. Nem esgotável. “Cada fase de sua vida vale um livro, e não tivemos a pretensão de esgotá-la em um só volume”. Jomard não quis ler o que foi escrito sobre ele. Disse que prefere fazer sua crítica após a publicação.
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UFPE orienta estudantes sobre oportunidades de estudos na Europa |
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06/04/2017
Na próxima sexta-feira (7), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) promove a palestra "Estudar na Europa - Vamos Nessa?", voltada a todos que desejam estudar em países do continente europeu. O evento é gratuito e aberto ao público e acontece no Auditório João Alfredo, na Reitoria da UFPE, das 14h às 17h. Não é necessário realizar inscrição prévia. No evento, estudantes vão receber orientações sobre como se candidatar a bolsas de estudos em universidades na Europa; como saber quais as melhores instituições em cada área; como preparar um currículo no modelo europeu e torná-lo atrativo; o que é necessário para preparar uma boa carta de motivação; quais são os principais testes oficiais exigidos nas universidades europeias, onde fazê-los e quais os preços, etc. Será oferecida também uma orientação geral sobre as bolsas Ibero-Brasileiras do Santander Universidades, que oferta quatro bolsas para os alunos da UFPE. Para se candidatar a estas vagas, as inscrições estão abertas até o dia 9 de junho.
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Pesquisa do HC gera dados sobre a Síndrome Congênita do Zika Vírus |
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07/04/2017
Dezessete 17 bebês com a malformação conhecida como microcefalia – a forma mais grave da Síndrome Congênita do Zika Vírus – são tratados pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ao todo, 112 crianças que nasceram no HC no período do aumento do número de casos de microcefalia (de outubro de 2015 até março de 2016) são acompanhadas de perto pelo hospital. Os resultados desses tratamentos estão gerando dados sobre a arbovirose ainda desconhecida. No entanto, já é possível observar uma forte determinação social em que pessoas em situação de vulnerabilidade social são as mais afetadas.
As informações coletadas integram o “Estudo de corte das crianças nascidas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco: os fatores associados à Síndrome Congênita por Zika Vírus”, pesquisa desenvolvida pela professora Bernadete Perez Coêlho, da UFPE, e supervisora do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade do HC, com apoio da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe).
O estudo detectou uma relação importante entre as más condições de vida e a doença. “As cidades não são democráticas. As pessoas pobres não têm acesso à informação, convivem com o esgoto a céu aberto e estão mais expostas ao Aedes aegypti (o mosquito vetor do zika vírus). Por outro lado, quem tem melhor condição social consegue se proteger mais”, explica Bernadete.
A doença, suas causas e consequências ainda são em grande parte desconhecidas e, por isso, todo tipo de informação sobre ela é importante. “O estudo está baseado em três eixos: a avaliação clínica da criança, a avaliação da rede de atenção (hospitais e postos de saúde que fazem esse acompanhamento) e o contexto social (quase sempre marcado pela vulnerabilidade)”, informa a médica sanitarista, que vai concluir a pesquisa em outubro de 2017.
Bernadete salienta que a prevenção e o controle do mosquito vetor são a melhor forma de combate. “O espectro clínico da doença é muito amplo. Embora alguns pacientes tenham potencial de melhora, desde que estimulados com exercícios que ajudarão a desenvolver habilidades para conviver com algum tipo de deficiência provocada pelo vírus”, disse. “Algumas crianças já estão andando; outras não vão conseguir. Os casos vão do leve ao muito grave e isso é resultado da ação do vírus em cada organismo. Há crianças que desenvolvem sintomas, como a hidrocefalia por exemplo, após meses de vida”, completa a médica, demonstrando a importância de acompanhamento sistemático a esses pacientes.
No HC, as crianças que nasceram com a síndrome passam por estimulação precoce e exames para acompanhar o estágio da doença. O acompanhamento é feito por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, oftalmologistas, otorrinos, gastropediatras, neuropediatras e pediatras. “O grau da síndrome é que determina a frequência com que essa criança vem ao hospital. Umas precisam vir uma vez por semana; outras, a cada 15 dias ou um mês”, diz a médica Bernadete.
Neste sábado, cinco crianças vão passar pelo procedimento da gastrostomia, técnica de instalação de um dispositivo que atravessa a parede abdominal e se localiza dentro do estômago, que serve como uma alternativa de alimentação, por meio da qual podem ser administradas dietas específicas para a nutrição de pacientes que não podem ser alimentados pela boca.
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Jovem é assassinado em barraca de lanches perto da UFPE, no Recife |
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06/04/2017
Um jovem foi assassinado na manhã desta quarta-feira (6), na Rua Acadêmico Hélio Ramos, na Várzea, na Zona Oeste do Recife. O crime aconteceu por volta das 10h30, na frente de uma barraca de lanches que fica em uma parada de ônibus, perto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A vítima, de acordo com informações de comerciantes da área, tinha 18 anos, trabalhava em um lava jato na região e também vendia água mineral. O corpo do rapaz ainda estava no local por volta das 14h30. Os comerciantes preferiram não falar sobre o que teria motivado o crime. Limitaram-se a dizer que se tratava de uma execução. O crime foi cometido por homens que estavam em uma moto. A vítima levou vários tiros.
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