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'Vi caindo aos meus pés e não pude fazer nada', lamenta mãe de universitário assassinado no Recife PDF Imprimir E-mail

29/06/2017

A mãe do universitário Heitor Pessoa do Nascimento, 22 anos, assassinado na frente da casa da avó, na Zona Oeste do Recife, na tarde de quarta-feira (28), fez um desabafo emocionado, nesta quinta-feira (29). Aos prantos, Nadjane Nascimento contou que estava saindo para trabalhar quando tudo aconteceu. 

“Eu ouvi os tiros e corri. Não imaginava que pudesse ser o meu filho. Vi caindo aos meus pés e não pude fazer nada”, disse.
Nadjane e a filha, Maria Priscila, estiveram, durante a manhã, no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife, na área central da cidade. Elas tiveram dificuldade para fazer liberação do corpo por causa da paralisação dos maqueiros, que cobram pagamento de salários, atrasados há quase dois meses. No fim da tarde, o corpo do universitário foi liberado pelo IML e o enterro aconteceu no Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife.
Heitor estudava administração de empresas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na mesma região da cidade. Amparada por parentes, Nadjane chorava muito ao falar com a imprensa. “Bota ele aqui no meu colo, que lugar de filho é no colo da mãe”, disse.

Na ação criminosa, ocorrida por volta do meio-dia da quarta, a namorada dele, de 19 anos, ficou ferida. Está em um hospital particular da capital. De acordo com os médicos, a situação da paciente é estável.

O crime aconteceu na Rua Manoel Corte Real, Engenho do Meio. A polícia trabalha a partir de informações de testemunhas, que acreditam que ocorreu um latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. Outra linha de investigação é crime passional.
Para a irmã de Heitor, Maria Priscila, é preciso entender o que aconteceu. Chorando muito, ao lado da mãe, ela disse que sabe que nada vai fazer o irmão voltar. “Heitor era perfeito. Era o melhor irmão do mundo. Ele seria o melhor tio do mundo, ele amava crianças e me pedia para ter filho. Infelizmente, não deu”, afirmou.

 

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Fábio Andrade resgata poetas simbolistas esquecidos pela história PDF Imprimir E-mail

29/06/17

Mendes Martins, Domingos Magarinos e Agripino Silva. Três poetas, até então, esquecidos pela história e pela literatura. Seguidores do Simbolismo, vertente já pouco falada no Brasil e no Mundo, nordestinos e com publicações independentes, suas poesias estavam à margem até serem reencontradas pelo escritor e professor de Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Fábio Andrade.

O pesquisador se debruça sobre o assunto há mais de 15 anos e reuniu alguns destes poemas em “Três Poetas - na Periferia do Simbolismo”, e-book que será lançado nesta quinta-feira (29) na sede da Editora UFPE, às 17h.

“Eu não descarto a possibilidade de lançar o livro fisicamente, mas o formato neste momento ajuda a divulgar o assunto”, pondera o autor. O Simbolismo surgiu na virada do século XIX na França com Charles Baudelaire e teve pouca repercussão no Brasil da época, que se preocupava em investigar os problemas sociais com o Realismo e o Naturalismo.

“O Simbolismo surge em outro sentido, contrário ao positivismo, abordando um caráter mais universalista que vai de encontro aos outros movimentos contemporâneos que tinham um viés bastante nacional”, descreve.

A ocultação desses nomes se deve ainda à força da poesia moderna. “Os críticos oitocentistas não acreditavam no potencial das criações simbolistas e no Recife não havia uma crítica literária forte. O que vai ser lembrado vai sendo decido e mantido fortemente pelas pessoas que se importam com o movimento ou estilo”, explica.

A descoberta sinaliza que a história e, portanto, a memória, sempre tem um lado oculto, não visto. “A história pode ser reescrita o tempo todo. Se você volta seu olhar sobre o passado vai encontrar um manancial de discursos e muitos deles não estão nos registros oficiais. É importante estudar os cânones, aqueles que nomeamos como grandes escritores, mas se alguém se preocupar em pesquisar, com certeza, vai achar muitas histórias ainda não contadas”, defende.

O lançamento faz parte do projeto iniciado em 2015 com “O Fauno dos Trópicos”. O livre traz 13 nomes de poetas simbolistas pernambucanos. “Havia mais, porém nem todos tinham suas obras já em domínio público”, explica Andrade. Após cem anos da morte de um autor, o que foi feito por ele pode ser usado em qualquer outra veiculação sem necessidade de pagamento pela autoria.

A repercussão dos achados tem sido boa na esfera acadêmica, mas a ideia é que isso vá além. “Ainda não soube de nenhum livro escolar que traga esses autores. Procurei, como é uma apresentação, selecionar os poemas que considero mais importantes, que podem ser lidos daqui há gerações”, disse Andrade. No lançamento, Fábio Andrade vai debater o assunto com o professor de Letras da UFPE, André de Sena. O evento é aberto a todos.

Serviço:
Lançamento “Três Poetas - na Periferia do Simbolismo”
Editora UFPE (rua Acadêmico Hélio Ramos, 20, Cidade Universitária)
Nesta quinta-feira (29), às 17h
Entrada gratuita
Informações: (81) 2126-8397

 

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Sisu amplia migração estudantil PDF Imprimir E-mail

27/06/2017

 

Desde a implementação do Sisu, tem sido cada vez mais comum a diversidade de sotaques nos corredores das universidades federais. Isso porque o sistema de seleção permite que os feras concorram com facilidade a vagas em outros estados. Eles já saem da cidade natal com a garantia da aprovação, sem precisar mais arcar com os custos de organizar uma viagem apenas para realizar a prova.

Apenas na primeira edição do Sisu, em 2010, a taxa de mobilidade foi de 25%. Os números retratam alunos que precisaram mudar de estado e carregaram consigo suas culturas, costumes e repertórios. Victor Almeida cursa medicina na Universidade Federal de Pernambuco e chegou ao Estado há dois anos. Veio da capital cearense diretamente para a Capital pernambucana. Deixou em Fortaleza um irmão gêmeo, que por ter sido aprovado na UFCE, não se mudou para Recife junto com ele.

A mudança de endereço lhe proporcionou uma visão mais ampla sobre a diversidade cultural do seu País.“Culturalmente falando, o maior choque que tive aqui não foi com relação à Cidade em si, mas a mistura de culturas dentro da universidade. Lá eu conheço gente de todos os Estados e acabo conhecendo um pouquinho de cada coisa”, contou Victor.

Saindo em busca de um lugar melhor para viver, explorando tudo o que a terra dá e depois partindo para outro lugar, eles são chamados migrantes estudantis. A pesquisadora Denise Leyi Li pesquisa sobre os efeitos das mudanças provocadas pelo Sisu e o quanto isso contribuiu para a modificação dos perfis dos estudantes de universidades públicas. “A migração por migrar varia de forma significante entre grupos populacionais. Os estudantes representam um grupo de interesse particular, contando com uma literatura própria, que busca compreender a decisão de migração tanto internacional como entre regiões de um mesmo País”.

Larissa Lins faz parte do grupo de migrantes estudantis, mas fez o caminho contrário dos que migram em busca de um curso na UFPE. Ela saiu de Pernambuco e encarou as barreiras financeiras e geográficas para realizar o sonho de estudar na Universidade de Brasília (UNB). Chegou à capital do Brasil em fevereiro, mas por conta da demora na liberação de vagas na casa do estudante e sem poder gastar com aluguel, precisou ficar hospedada na casa de um parente nos últimos meses.

“Aqui só são oferecidas 20 vagas por período. Passamos por uma seleção super criteriosa e eu só pude me mudar nesta semana. Se eu não tivesse a casa da minha tia para passar esse tempo eu teria que voltar pra Recife. Ia morar onde?”, questionou..

Professor de cursinho há mais de 15 anos, Salviano Feitoza afirmou que pôde perceber a mudança de expectativa dos alunos dentro de sala de aula. “Eles já começam a contar a mudança de endereço como uma das possibilidades. No entanto, vale lembrar que isso é muito mais viável para as turmas de classes sociais mais abastadas”, explicou Salviano.

Como o Sisu é apenas o sistema seletivo, os alunos aprovados devem arcar com todos os gastos referentes a mudança, moradia e alimentação. Apesar de as Universidades Federais apresentarem programas de assistência financeira e casa do estudante, muitas vezes esses benefícios demoram meses para serem concedidos, como no caso das dificuldades enfrentadas pelos migrantes estudantis.

Ainda de acordo com Salviano Feitoza, pelo fato de o Sisu ocasionar um fluxo migratório estudantil ainda em expansão, não é possível medir as consequências reais dessa mudança no futuro. No entanto, ainda de acordo com ele, tais mudanças precisam ser consideradas tanto pelo ponto positivo quanto negativo.

“São dois lados da mesma moeda. Ao mesmo tempo que precisamos considerar que os estudantes que não possuem condições financeiras estruturadas não conseguem se mudar para estudar, não podemos esquecer que tal sistema de integração promove um intercâmbio cultural riquíssimo”, declarou.

 

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Capacita UFPE tem inscrições abertas para cursos PDF Imprimir E-mail


28/06/2017

A empresa júnior A.C.E Consultoria, incubada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), abre inscrições para cursos no Capacita UFPE, que vão começar em 17 de julho e vão até 4 de agosto. O objetivo é promover a capacitação de pessoas que passem a construir uma visão mais empreendedora.

Os cursos oferecidos são: planejamento estratégico (R$ 170), oratória (R$ 170), gerenciamento financeiro (R$ 150), vendas (R$ 150), excel básico (R$ 200) e excel avançado (R$ 200). Eles serão realizados no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), localizado na UFPE. As inscrições devem ser realizadas pelo link https://www.sympla.com.br/capacita-ufpe__158865.

 

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Iniciada há exatos 20 anos, série literária Harry Potter é repleta de lições sobre tolerância à diversidade PDF Imprimir E-mail

26/06/2017

 

Há 20 anos, em 26 de junho de 1997, era lançado o livro Harry Potter e a pedra filosofal, pela editora Bloomsbury, no Reino Unido. A obra marcou o início de uma das sagas literárias mais famosas de todos os tempos, com seis continuações e oito longas-metragens que, juntos, lucraram mais de US$ 5 bilhões em bilheteria. A trajetória do bruxinho conquistou uma geração de leitores que se encantou pelo universo fictício de J.K Rowling, responsável por influenciar o gênero da literatura fantástica e desenvolver o hábito da leitura em crianças de todo o mundo.

Mais do que isso, os títulos trouxeram, nas entrelinhas, um discurso relevante sobre discriminação social de maneira metafórica. Nos livros, bruxos nascidos de famílias não-bruxas são discriminados, assim como personagens “diferentes”, a exemplo de Rúbeo Hagrid (um homem meio-gigante), Remo Lupin (lobisomem) e Dobby (elfo doméstico). J.K Rowling chegou a revelar, inclusive, que Dumbledore é homossexual.

“Harry Potter propõe reflexão sobre identidade. Há uma simbologia no sentido de trabalhar na minoria identitária uma discussão sobre superação e acolhimento”, diz o professor da UFRPE e autor de livros infanto-juvenis Hugo Monteiro Ferreira. Um estudo divulgado em 2014 pelo Journal of Applied Social Psychology demonstra que jovens leitores da saga tendem a ser menos preconceituosos contra grupos marginalizados da sociedade.

Nesta perspectiva, também é possível perceber que o inimigo de Harry na história, Lorde Voldemort, surge como representante de uma ideologia opressora. No último livro da saga, o vilão rege um governo totalitário que persegue opositores e minorias do mundo bruxo. “Voldemort representa um polo negativo da nossa civilização, com uma perspectiva totalmente fechada à diversidade. O Harry é uma ameaça neste contexto, pois representa uma outra natureza, nem totalmente humana, nem totalmente bruxa”, conta Hugo.

A história do primeiro livro bebeu da fonte de outras obras de fantasia, como Senhor dos anéis, de Tolkien, As crônicas de Nárnia, de C.S. Lewis e do universo criado por Gary Gygax e Dave Arneson nos jogos de Dungeons and Dragons. Depois de Harry Potter, surgiram outras sagas bem-sucedidas, como Percy Jackson, Desventuras em série e Jogos vorazes. “Com estruturas similares, elas foram publicadas na expectativa de se tornarem filmes”, afirma Bruno Nogueira, professor do departamento de Comunicação Social da UFPE.

FÃ-CLUBE NA WEB

Para Bruno Nogueira, Harry Potter é interessante por ter sido um dos primeiros produtos de literatura infanto-juvenil com grupos de fãs online. “Podemos identificar como uma comunidade de fãs se comporta livremente. É possível observar o que eles fazem com as histórias que leem”. Sobre a premissa de que os livros “criaram novos leitores”, Bruno ressalta que os títulos da série tornaram-se mais complexos. “Isso provoca o gosto por ler mais e não tornar a experiência de leitura obsoleta, com um ‘pós-adolescente’ achando a história boba”, diz.

LEGADO

Até hoje o universo Harry Potter tem forte presença na internet, em portais como Pottermore, mantido por J.K. Rowling. No espaço, ela publica textos que alargam o alcance das histórias. Em uma de suas postagens mais recentes, na semana passada, a escritora revelou a existência de um ancestral do bruxinho, chamado Henry Potter. Depois do fim da saga original, a autora iniciou uma nova série, Animais fantásticos e onde habitam, além de ter escrito o roteiro de uma peça, Harry Potter e a criança amaldiçoada.

No Twitter, a autora comemorou a marca: "Há 20 anos, um mundo que eu vivi sozinha de repente se abriu a outros. E tem sido lindo. Obrigado".

SERVIÇO
Para marcar os 20 anos da saga literária, fãs se reúnem para a #HarryPotterBookNight
Quando: hoje, às 19h
Onde: Livraria Saraiva do Shopping RioMar (Avenida República do Líbano, 151, Pina)
Quanto: Gratuito

 

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