Comitês de todo o país decidem ocupar Porto Alegre contra a prisão de Lula e pela anulação do impeachment

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19/12/2017

 

Cerca de 70 representantes de 30 Comitês de mais de 10 Estados participaram no último fim de semana, na Escola Comitês de todo o País decidem ocupar Porto Alegre contra a prisão de Lula e pela anulação do impeachmentSindical 7 de Outubro, da CUT, em Belo Horizonte, da vitoriosa Plenária Nacional dos Comitês de Luta Contra o Golpe e pela Anulação do Impeachment.

A Plenária foi um fórum de debates e deliberações sobre a luta contra o golpe, com ampla participação dos presentes: mais de 90% dos Comitês de todo o País decidem ocupar Porto Alegre contra a prisão de Lula e pela anulação do impeachment participantes intervieram nas discussões realizando um balanço das atividades dos comitês, analisando a situação e apresentando propostas para o próximo período.

O encontro analisou a evolução da situação política que evidenciou que a política de luta contra o golpe foi e continua sendo a única consequente superando as ilusões democratizantes e confusas como a das “diretas já” – que supostamente seriam conquistadas emComitês de todo o País decidem ocupar Porto Alegre contra a prisão de Lula e pela anulação do impeachment 2 aliança com setores golpistas que têm maioria no Congresso Nacional – e a atual ilusão com eleições que não estão – de forma alguma – garantidas, mas profundamente ameaçadas pela prisão de Lula e golpe militar.

Segundo uma das resoluções da Plenária, “o golpe mostrou a que veio – para destruir a economia nacional e impor um enorme retrocesso nas condições de vida dos trabalhadores” e aponta que “para derrotar o golpe é preciso anular o impeachment e devolver o mandato à presidenta Dilma Roussef eleita pelo povo brasileiro

A combatividade do encontro se expressou entre outras, em importantes resoluções políticas tais como as decisões de:

“denunciar a ameaça de golpe militar, mostrando que declarações dos militares evidenciam que eles participaram da derrubada da presidenta Dilma e que é necessário reforçar a mobilização contra o golpe e pela anulação do impeachment “;

“mobilizar contra a prisão de Lula, dia 24 todos a Porto Alegre”, tendo claro que “a condenação, eventual prisão e cassação da candidatura de Lula transformarão as eleições em uma fraude total, são um novo golpe de Estado e um ataque de grande envergadura contra a toda a classe operária e suas organizações”

“Enfrentar a direita no dia julgamento, pelos meios que sejam necessários, passando por cima da ditadura golpista”;

defender a “Liberdade para todos os presos políticos do regime golpista, tais como dos dirigentes petistas José Dirceu e João Vaccari, e de ativistas, como o jovem negro Rafael Braga, preso por portar uma garrafa de desinfetante.

A Plenária também adotou um conjunto de propostas visando fortalecer o movimento, visando” a multiplicação dos Comitês de Luta em todo o País, em todas as cidades”, dentre outros meios, através da “criação de comitês nas universidades” e pela realização de um “Encontro Nacional da Juventude contra o golpe”. Trata-se de impulsionar a perspectiva combativa que prospera nas universidades – como na UFPE, UFBA, UNB, USP etc. – da juventude enfrentar e colocar para correr a direita fascista.

O evento também apontou a necessidade de “dar maior enfoque ao Comitês de todo o País decidem ocupar Porto Alegre contra a prisão de Lula e pela anulação do impeachment trabalho junto às fábricas e periferia e de “fazer uma campanha junto aos sindicatos para que participem da mobilização”.

No Calendário aprovado, além da “Ocupação de Porto Alegre contra a prisão de Lula e contra o Golpe”, no dia 24 de janeiro, destaca-se a realização nesta mesma data, na capital gaúcha, de um Encontrão dos Comitês de Luta Contra o Golpe e pela Anulação do Impeachment, bem como a realização, no Dia Internacional de Luta das Mulheres – 8 de Março – de um Ato de Luta das Mulheres contra o Golpe e pela Anulação do Impeachment, marcando dois anos da derrubada criminosa da primeira mulher eleita presidenta, com a possível participação de Dilma e lideranças políticas femininas, em Brasília. Nessa data, também está prevista que sejam reunidas as assinaturas na Ação Popular pela Anulação do Impeachment de todo o País para que se prepare o texto final da ação que será encaminhada ao STF em 17 de Abril, assinada pelos representantes indicados pelos comitês.

Os comitês também aprovaram, no Dia 1 de Maio – participar do Ato do Dia de Luta do Trabalhador, tendo como centro a luta contra o golpe.

 

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