Larvicidas e repelentes. Pesquisas buscam meios para reduzir toxicidade

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03/06/2017

Em espécies vegetais encontradas no Nordeste, pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vêm pesquisando, nos últimos dez anos, alternativas para produzir larvicidas e repelentes naturais, substituindo os sintéticos e eliminando riscos à saúde do ser humano. A intenção é fabricar os produtos em grande escala para que sejam adotados pelo Ministério da Saúde, conta Daniela Ferraz Navarro, pesquisadora do Departamento de Química Fundamental.

Das três frentes de pesquisa no Laboratório de Ecologia Química, duas estão mais avançadas e aguardam testes para a liberação do uso. A primeira busca um larvicida natural, capaz de matar as larvas do Aedes aegypti com mais eficiência em baixas concentrações de compostos encontrados na flor ornamental conhecida como bastão do imperador.

A segunda é considerada deterrente de ovoposição: uma substância capaz de afastar a fêmea que tentar depositar um ovo em determinada superfície. Neste caso, a fonte é a planta imburana (Commiphora leptophloeos), nativa da caatinga. Para a pesquisadora, o combate às larvas é uma das estratégias mais eficazes, evitando que o mosquito consiga evoluir e vire adulto.

Em fases iniciais está a terceira pesquisa do laboratório, com compostos naturais ainda não divulgados. Segundo a professora Daniela, o objetivo é conseguir fabricar uma opção de repelente nacional contra o mosquito Aedes aegypti. (Thaís Brito)

 

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