UFRJ e outras universidades públicas retomam como aulas, ainda de maneira remota |
13.07.2020
Desde o início da pandemia de Covid-19, pelo menos 210 mil alunos de universidades públicas ficaram sem aulas, conforme levantamento feito pelo GLOBO. A maior introdução na implementação do ensino remoto foi uma desigualdade no acesso digital. Pesquisas realizadas pelas instituições instituídas revelaram que parte dos alunos não tinham conexão com a Internet nem possuíam tablets ou notebooks. Reitores reivindicam a falta de uma política pública específica do MEC para aulas remotas durante uma pandemia. Procurado, o Ministério da Educação (MEC) não se pronunciou sobre o que (e como) está sendo feito para voltar às aulas nas universidades públicas. Quando a exclusão da pandemia, na UFRJ, dos 60 mil alunos, entre graduação e pós-graduação, 12 mil não tiveram acesso à internet ou equipamentos únicos para iniciar como aulas remotas. Na UnB, 6% dos estudantes de graduação não tinham computador ou tablet e 30% precisavam de suporte para obter melhores condições de acesso à Internet. - Para retomar aulas, além de termos que fazem toda a adaptação das disciplinas para uma remota forma, precisam ter certeza de que os 12 milhões de alunos seguem - explicou a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho. Sem auxílio federal exclusivo para inclusão digital, a UFRJ lançou mão dos recursos do Programa Nacional de Assistência aos Estudantes (PNAES). A verba criada é destinada a restaurantes e residências universitárias: - Com uma suspensão das aulas, parte dos recursos não foi usada. Resolva pegar esse dinheiro e investir na compra de 12 mil chips e também é possível que os alunos compreendam os equipamentos. A UFRJ exige que os alunos comprovem renda familiar até um salário mínimo e meio para acessar um chip ou modem distribuídos, sempre com franquia para uso de dados pela rede móvel. Serão distribuídos, ao todo, 13 mil kits de internet, sendo 12 mil para estudantes de graduação e o restante para pós-graduação. Ao planejar uma reforma das aulas de forma remota, uma grande universidade pública do país também assegurou aos estudantes que não optam pelas atividades pedagógicas não presenciais ou pelo direito de retomar suas atividades acadêmicas após o reestabelecimento do calendário acadêmico regular. No estado do Rio, uma Universidade Federal Fluminense (UFF) ainda não definiu o retorno. Em nota, informou que está organizando grupos de trabalho para analisar as condições da volta. O planejamento está em fase final, mas a instituição ainda não definiu dados. Já na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), uma retomada das atividades ainda está sendo discutida. O calendário acadêmico do primeiro semestre de 2020 foi corrigido. O término, previsto anteriormente para 18 de julho, foi transferido para 18 de setembro. Em nota, uma universidade informou que está realizando um levantamento sobre as condições de acesso à tecnologia entre seus alunos. Os resultados permitirão a adoção de políticas de inclusão digital da comunidade acadêmica. UFMG, UFPE e UnB: aulas iniciadas em agosto A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que iniciou como aulas remotas no dia 17 de agosto, também criou seu próprio programa de inclusão digital para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.O programa tem dois pilares: uma oferta de pacotes de dados aos estudantes e a locação de equipamentos para os alunos. A previsão de conclusão é na segunda semana de agosto. As atividades acadêmicas da UFPE serão realizadas por meio de ferramentas de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Para uma nova modalidade, uma universidade criada para Estudos Continuados Emergenciais (ECEs), que forma um conjunto de medidas e estratégias educacionais excepcionais e temporárias para danos causados pela aprendizagem de estudantes de graduação durante e após o período de isolamento social decorrente de Covid-19 . A Universidade de Brasília (UnB) também marcou o retorno para 17 de agosto. Um vale de dados para todos os cursos, graduação e pós-graduação. A exceção são os cursos administrados pela Universidade Aberta do Brasil (UAB) à distância, as atividades letivas iniciadas são retomadas nesta segunda-feira. Para definir dados de volta às aulas, o UnB lança editores para garantir a conectividade de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica e pagamento de auxílio ou empréstimo de máquinas para alunos sem computador ou tablet. Pesquisa social junto à comunidade universitária feita pela própria UnB indica que 6% dos estudantes da graduação não têm computador ou tablet e 30% precisam de suporte para melhores condições de acesso à Internet. No RS, primeiro semestre ainda sem dados para conclusão A iniciativa faz parte do plano de assistência estudantil extraordinário destinado aos alunos de graduação em situação de vulnerabilidade, lançado no dia 19 de junho. Ainda existe um auxílio emergencial para alimentação de R $ 300 mensais por um período de três meses anteriores a três meses. Pelo mesmo período, esse grupo de estudantes poderá solicitar ainda o auxílio Inclusão Digital, no valor de R $ 70 mensais, para viabilizar seu acesso à Internet. |