Alunos comentam atual clima político nas universidades

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19/11/2017

 

O recente acirramento político no País também pode ser sentido nos corredores das universidades . Os debates previstos para as campanhas eleitorais em 2018 já ganham coro e corpo por parte de movimentos estudantis. Apesar da divergências, esquerda e direita concordam já não haver medo na clara divulgação de ideias.

Pertencendo ao movimento político mais antigo na Faculdade de Direito do Recife, Marina Moura, presidente do Contestação, afirmou que as pessoas perderam o medo dizer o que pensam. "Dois anos atrás, quando eu entrei na faculdade, muita gente tinha medo de dizer que era de direita, ou conservador. As pessoas que defendem Bolsonaro, por exemplo, não tem mais vergonha de dizerem que defendem essa política conservadora. As pessoas que não eram de esquerda, que diante de determinados posicionamentos da esquerda, não sentiam conforto em se posicionar e se defender suas posições."

Representando o movimento oposto, Pedro Hollinger, presidente do Ateneu Pernambuco, afirmou que o acirramento é um consequência da crise que o país vive. “Ano que vem vai ser complicado. Esse acirramento trouxe à faculdade de direito uma espécie de negação livre convencimento de debate. emos que aprender a nos posicionar e outro deve aprender a respeitar o nosso posicionamento. É muito importante a gente se reafirmar. É muito salutar você ver um ambiente onde as pessoas possam se posicionar, debater e conversar. Quem ganha com isso é a Faculdade e os alunos.

UNIVERSITÁRIOS

Outros estudantes também comentaram a atual situação. Para o aluno de Direito Renato Ferreira, deve-se haver um diálogo entre direita e esquerda. "Acredito que é suma importância ter os movimentos contrário, mas acho penso que deveriam ser mais pacíficos. Deveria ter um debate onde as partes pudessem conversar de fato." Já aluno Eber Pimenta afirma que na maioria dos casos a tolerância dos movimento é seletiva. "Recentemente estamos tendo casos de violência envolvendo grupos de jovens nas universidades. Tivemos na UFPE e na Unicap. Esse discurso mais inflamado é algo muito do jovem. Ele ainda acredita nos seus heróis, ainda tem o romantismo da ideologia. Com o passar dos anos a tendência é de acordar pra vida e ver que já não vale mais a pena chegar a pontos extremos por causa de política".

 

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