20.06.17

Concerto celebra 250 anos do maior compositor da América colonial


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Os 250 anos de nascimento de um dos primeiros grandes compositores brasileiros, considerado o maior da América colonial, o padre José Maurício Nunes Garcia, foram comemorados em concerto na noite da última quinta-feira (15), na Igreja Madre de Deus. A apresentação foi realizada pela Sinfonieta UFPE e pelo Coro de Solistas da Academia de Ópera e Repertório da UFPE, que têm a direção artística do maestro Wendell Kettle, professor do Departamento de Música da Universidade.

Foto: Divulgação
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Apresentação destacou potencial dos alunos dos projetos de extensão

“Estou muito satisfeito com o resultado e o empenho de todos os integrantes da Sinfonieta e do Coro de Solistas. A ‘Missa de Nossa Senhora da Conceição’ que apresentamos exige grande virtuosidade musical. Essa foi mais uma mostra do grande potencial musical dos nossos alunos e demais artistas que participam desses projetos de extensão em nossa universidade”, afirmou o maestro e professor.

Este foi o terceiro concerto da temporada 2017, cuja série intitula-se “A maravilhosa música clássica brasileira”, dedicada à celebração do aniversário de nascimento de compositores nacionais como Villa-Lobos (130 anos), Francisco Mignone (120 anos), Camargo Guarnieri (110 anos) e padre José Maurício (250 anos). O concerto integrou ainda a programação das comemorações dos 70 anos da UFPE e a campanha de arrecadação para o projeto de restauro da Igreja Madre de Deus.

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Reitor Anísio Brasileiro prestigiou o concerto na Igreja Madre de Deus

Estiveram presentes o reitor Anísio Brasileiro; o secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja; a primeira-dama do Estado, Ana Luiza Câmara; e o pároco da Igreja Madre de Deus, frei Rinaldo.

COMPOSITOR – Descendente de escravos, José Maurício Nunes Garcia nasceu no dia 22 de setembro de 1767, no Rio de Janeiro. Ele é um dos compositores mais representativos da música brasileira do fim do século XVIII e início do XIX. É um dos primeiros grandes compositores brasileiros, no que diz respeito à quantidade de composições, à qualidade estética e à definição de uma linguagem própria que o destaca dos compositores mineiros ou hispano-americanos do século XVIII.

Esteve à frente da Capela Real, de 1808 a 1811. Esse período foi de transição estilística entre suas duas práticas composicionais – antes e depois da chegada da corte portuguesa ao Brasil. Se, antes, escrevia para grupos pequenos e possivelmente com limitações técnicas, passa a escrever uma música mais brilhante e virtuosística, com o objetivo de se aproximar do “estilo da Capela Real”, que iria caracterizar sua segunda fase composicional: mais madura e moderna.


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