Coleção Etnográfica Carlos Estevão

MEPE

Foto do Museu do Estado de Pernambuco

Histórico

O Museu do Estado de Pernambuco - MEPE foi criado em 08 de fevereiro de 1929, pelo Ato 240, assinado pelo Governador Estácio de Albuquerque Coimbra, por força da Lei Estadual no 1918, de 24 de agosto de 1928. Lei pioneira no Nordeste e no Brasil, que autorizava o Governo a criar uma Inspetoria Estadual de Monumentos Nacionais e um Museu Histórico e de Arte Antiga, a ela subordinado.

Pernambuco antecipa-se ao Governo Federal na defesa da memória nacional e na preservação do seu patrimônio artístico, histórico e cultural. Em 1930, o Museu instalou-se na cúpula do Palácio da Justiça, na praça da República, expondo, entre outras peças, a coleção de quadros do pintor pernambucano Telles Júnior.

Em 1933 o Museu foi extinto, e de 1934 a 1940 o seu acervo ficou sob a guarda da Biblioteca Pública do Estado. Surge no País uma nova política sobre preservação de bens culturais e o Museu do Estado de Pernambuco é recriado pelo Decreto no 491, de 10 de maio de 1940, sendo inauguradas suas novas instalações no casarão em Ponte D'Uchoa, onde funciona até hoje. Atualmente o Museu é unidade da Secretaria de Cultura.

Instalações Físicas

O palacete do século XIX, que pertenceu ao Dr. Augusto Frederico de Oliveira, filho do Barão de Beberibe tornou-se sede própria do Museu do Estado de Pernambuco a partir de 1940. No começo do século XX, o prédio foi modificado com o acréscimo do segundo pavimento ( 1.222 m2 ) e, em dezembro de 1951, foi incorporado ao patrimônio do Museu um novo pavilhão, denominado de Anexo I, com 1.030 m2, ampliando o espaço cultural para novas atividades. Em 1988, o Museu ganhou nova reforma, desta feita nos porões do casarão, e passou a oferecer ao público duas galerias de exposições temporárias (cada uma com 107 m2). Compõe, ainda, o conjunto arquitetônico uma pequena casa, com 136 m2, que encontra-se em reforma para abrigar casa de chá / lanchonete.

O Museu do Estado de Pernambuco ocupa uma área de 9.043 m2, com amplo estacionamento e jardins ornamentados com esculturas e vasos de cerâmica portuguesa. A entrada principal é guardada por dois grifos de bronze: cabeça de águia, corpo de leão e cauda de serpente. Estátuas de zuavos, isto é, soldados de infantaria francesa constituída na Argélia, cujo fardamento foi copiado por outras localidades, inclusive pelos voluntários da Pátria baianos que lutaram na Guerra do Paraguai (1865-1870), ladeiam a escadaria que nos leva ao terraço frontal do Museu, onde estão, em mármore, as Musas, que presidem as Artes: Memmosina, da memória e mais 7 das suas 9 filhas com Zeus= Júpiter, que são: Euterpe, da música; Polímmnnia, a musa da retórica; Erato, da poesia; Melpomene, da tragédia; Tália, da comédia; Clio da história; e Calliope, da epopéia. No terraço lateral um canhão holandês, de bronze, com 3 metros de comprimento e, atrás do Museu 4 canhões da artilharia portuguesa, complementam a coleção de armaria.

Biblioteca

Especializada em Arte, História, Antropologia e ciências correlatas e aberta ao público, conta com um acervo de cerca de 4.000 títulos, 2.100 catálogos de salões e de exposições individuais e coletivas de artistas plásticos; além de recortes de jornais, vídeos, documentos administrativos e impressos publicados pelo Museu do Estado de Pernambuco. Encontra-se em fase inicial de informatização.

Graças ao intercâmbio com outras instituições serve, também, aos artistas plásticos, informações de exposições, regulamentos e fichas de inscrição de salões de arte a se realizarem no País.

Fonte: www.cultura.pe.gov.br.