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O ano de 1948 ocupa um lugar de destaque na história e memória que vem sendo construída sobre o campo das artes plásticas no Recife, em especial no que concerne à afirmação de uma prática artística que se auto referia por moderna, em contraposição a uma arte acadêmica, então dominante, e que, nessa exata medida, e apenas nela, pode ser tomada por renovadora. De maneira geral, os trabalhos historiográficos e as memórias escritas sobre essa questão costumam fazer referência a dois eventos que são reiteradamente invocados para demarcar esse marco zero da pintura moderna em Pernambuco: a fundação da SAMR (Sociedade de Arte Moderna do Recife) e a exposição de Abelardo da Hora. Aqui será considerado um terceiro evento: a exposição de Cícero Dias, ocorrida em agosto de 1948, no saguão da biblioteca da Faculdade de Direito do Recife. Nessa Galeria o visitante entrará em contato inicialmente com recortes da imprensa pernambucana que dizem das ocorrências supracitadas e outros temas das artes plásticas sugeridos pela escrita jornalística.
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