Título original:Ihiato – Narrativas dos Anciãos Fulni-ô. 15' 44''

ihiato

Título em português:Ihiato – Narrativas dos Anciãos Fulni-ô.

Diretor/a (es/as): Elvis Ferreira de Sá

Produtor/a (es/as):Expedito Lino Torres, Robério Cordeiro

Fotografia:Alcione Ferreira de Sá

País/Países de produção: Brasil | 2015 | Cor: NTSC |

Sinopse:

Ihiato, no idioma Yaathe, língua materna dos Fulni-ô, quer dizer “nossos filhos” e é este o título da nova obra cinematográfica produzida em sua totalidade na própria Aldeia Fulni-ô, IHIATO – Narrativas dos Anciãos Fulni-ô com equipamentos próprios e com toda a equipe técnica indígena, sem qualquer interferência externa. O documentário de 25 minutos é dirigido e roteirizado por Elvis Ferreira, índio que parte para o seu segundo curta-metragem, após dirigir Yoonohale, filme produzido durante o projeto “Vídeo nas Aldeias” e que marcou o início das atividades do Coletivo Fulni-ô de Cinema no ano de 2012. A produção de IHIATO é de Expedito Lino e a montagem fica por conta de João Paulo Riberio, indígena responsável por esta atividade em todos os filmes já realizados pelo Coletivo. No novo filme, os indígenas vão em busca de suas raízes em um passado não muito distante, em que os conflitos terras com os não-índios atingiram o ápice no fim do século XIX. Contando com valiosos depoimentos de vários indígenas acima dos 70 anos de idade, a viagem no tempo percorre memórias da infância e histórias contadas pelos pais destes, tendo em comum em todas as narrativas o heroísmo do Padre Alfredo Damásio, que se transformou num grande herói da causa indigenista Fulni-ô, que considerou os índios de Águas Belas como seus filhos, motivo que inspirou o título do filme, realçando o caráter de afetividade conquistada pelos índios ao Padre Alfredo. À época “batizaram” o Padre por “Klaixiwa”, nome pelo qual o padre passou a ser chamado na Aldeia, que se transformou num dos grandes responsáveis pelo reconhecimento étnico do povo do Agreste Meridional pernambucano e de alguns índios do estado de Alagoas. Outro ponto comum em todas as narrativas são as inúmeras dificuldades vividas pelos mais velhos ao longo do século XX, dificuldades estas, ora contada com pesar nos olhos, ora com bom humor e irreverência, constatando o caráter dos conhecimentos ancestrais existentes na transmissão oral, permitindo que as gerações atuais do povo Fulni-ô consigam enxergar o passado em sua língua materna, reforçando sua identidade étnica e cultural. Os depoimentos ainda contam com as palavras do Pajé Fulni-ô Gildiere Pereira Ribeiro, líder religioso da Aldeia e faz um passeio pelas matas nos arredores do Ouricuri, vila sagrada dos Fulni-ô.

 

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