Software
aumenta lucros na produção de frango de corte
O economista e professor Élcio de Farias Costa, do Centro de
Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), desenvolveu um programa
de computador com o objetivo de gerar modelos que tornam máximos
os lucros na produção de frangos de corte. Com base
nos preços do produto final (frango vivo ou processado)
e insumos (ingredientes da ração, etc.) o software
indica a combinação mais lucrativa dos fatores de
produção e o modo mais vantajoso de oferecer o frango
no mercado (vivo, vendido como carcaça inteira ou em partes).
O programa permite, de acordo com o economista,
que os empresários da área de avicultura dispensem
a contratação de consultores para conhecer o esquema
mais rentável na produção de frangos. O projeto
consiste em duas planilhas do Excel. Numa delas, são registrados
os preços de produtos derivados do frango como carcaça,
peito e coxa, custos dos ingredientes da ração,
dos pintos, de vacinas e outras despesas referentes à mão-de-obra
empregada e ao consumo de energia e água.
A segunda planilha é de resultados.
Conforme os dados da primeira, o computador gera três esquemas
de produção, com escalas diferentes de rentabilidade,
incluindo informações sobre o tipo e a porcentagem
de ração a ser utilizada, a maneira de formulá-la
e a quantidade média de ração consumida pelos
frangos.
Outros dados contidos na tabela dizem respeito
ao número de dias que o frango deve ficar no galpão,
quantos frangos devem ficar em cada galpão dado a temperatura
e tamanho do espaço, além da proporção
de frangos macho ou fêmea que serão produzidos. “Essa
informação, por exemplo, é importante quando
o produto vai ser vendido em partes. Nesse caso, o rendimento
com a produção de machos é maior. Porém,
se os frangos são vendidos como carcaça inteira,
a situação se inverte”, explica o professor.
Para construir o software, Écio de
Farias Costa juntou conhecimentos das áreas de nutrição
animal, ciência avícola e economia agrícola.
“Estudei, durante meu doutorado, diversas possibilidades
de produção em fazendas da Universidade da Geórgia
(EUA), analisando matematicamente, por exemplo, como o tamanho
dos frangos varia conforme a quantidade de ração
empregada”, comenta.
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