Drummond
é lembrado na UFPE
José Carlos Targino
Caso Carlos Drummond de Andrade estivesse
vivo, faria esta semana cem anos. Sim, pois havia nascido na cidadezinha
qualquer de Itabira, no montanhoso estado de Minas Gerais, a 31
de outubro de 1902. Autor de extensa obra poética e crônicas
jornalísticas deliciosas, de forte sabor machadiano, Carlos
Drummond é considerado quase unanimemente o maior poeta
produzido pela modernidade brasileira e um dos maiores do mundo.
João Cabral de Melo, o único poeta do País
a, eventualmente, suscitar igual admiração, dizia,
toda vez que o interpelavam sobre a importância da poesia
do mineiro: “Decidi ser poeta quando li um poema de Drummond.
Não tenho dúvida: ele é o nosso maior poeta.”
A data está sendo comemorada, durante esta semana, por
iniciativa da Área de Estudos Literários do Departamento
de Letras da UFPE, que em sua III Semana de Estudos Literários,
sob a coordenação do professor Aldo de Lima, desta
vez se volta para o tema Poesia e Ensino da Leitura Literária.
O mineiro Fábio Lucas, um
dos mais conceituados críticos literários do País
e grande conhecedor da poesia de Carlos Drummond, está
entre os conferencistas da semana. Outro mineiro, Rildo Cosson,
da Universidade Federal de Minas Gerais, também participará
do evento. Lourival Holanda, Sônia Ramalho, Sébastien
Joachin e João Denys, todos da UFPE, e Marisa Lajolo, da
Universidade de Campinas, abordarão diversos aspectos da
obra drummondiana.
Doutor pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul, onde defendeu tese sobre
“Compreensão da Metáfora: um Estudo de Casos
com Adolescentes de 13 a 15 Anos”, Aldo de Lima vem há
três anos coordenando estas semanas, que em suas edições
anteriores já homenagearam o historiador marxista Nelson
Werneck Sodré e o crítico Antônio Candido.
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