Pesquisadores
recuperam história do Engenho Jaguaribe
O Programa Jaguaribe é o mais
novo projeto de extensão do UFPE Para Todos. Contando com
20 professores da UFPE, UFRPE e Unicap, o programa tem como objetivo
resgatar os aspectos históricos do Engenho Jaguaribe, como
o funcionamento do engenho, a Igreja, a casa dos padres e o forno
da cal. A idéia é instalar um museu, onde funcionava
o forno da cal, para mostrar a evolução do engenho
e, ao mesmo tempo, construir a Casa da Pesca, no Porto Jatobá,
tornando-a uma associação de pescadores para ajudar
a renda da população local e desenvolver atividades
de educação ambiental. A pesquisa inicial partiu
do cadastramento dos sítios arqueológicos da área.
Segundo a pesquisa, os agricultores da localidade já encontraram
moedas e vidros, datados do ano de 1600.
"Ainda há ruínas
a serem localizadas, como a do Quilombo de Catucá e a do
presídio militar que foi fechado em 1707, para a construção
do Forte de Pau Amarelo", lembra a arqueóloga Cláudia
Oliveira, professora do Departamento de História da UFPE.
O projeto não pára por aí. Há uma
intenção de estender a proposta de conservação
a Itapissuma, Igarassu e Paulista. A equipe está com dificuldades
para preservar a área, pois existem ameaças de povoação
desordenada. Além da iniciativa privada, a Prefeitura de
Abreu e Lima está implantando uma feira na entrada do caminho
que leva ao engenho, o que pode acarretar danos irreparáveis.
O Engenho Jaguaribe foi um centro
de povoamento, do início do século XVI, e tem importância
histórica comparada a Olinda e Igarassu. Localizada em
Abreu e Lima, a área tem, hoje, extensão aproximada
de 5 Km2, e chegou a abrigar os municípios de Itapissuma,
Igarassu e Paulista.
Apesar de o estudo já estar
sendo realizado há algum tempo, o projeto espera financiamento
e está previsto para começar em janeiro de 2002.
Enquanto isso, os pesquisadores realizam visitas constantes à
área e estão buscando parcerias para realizar a
preservação do sítio histórico.
|