Os recursos investidos para melhoria da infra-estrutura acadêmica da UFPE, que somam R$ 10 milhões, revertem-se em mais qualidade de condições de ensino

Adna Mirtes

O ano de 2002 foi de avanços e investimentos para a área acadêmica da UFPE, apesar de a instituição reconhecer que muito ainda precisa ser feito. A Universidade começou a usufruir investimentos que somam mais de R$ 10 milhões, sendo desse total R$ 6,2 milhões para aquisição de equipamentos e R$ 4 milhões para reformas e construção de espaços para a instalação de laboratórios e departamentos acadêmicos, por exemplo. Também é motivo para comemoração o início do funcionamento de três novos cursos de graduação: Engenharia da Computação, Ciências Ambientais e Engenharia Biomédica.

O Programa de Modernização e Consolidação Acadêmica das Instituições Federais de Ensino Superior e dos Hospitais Universitários é responsável pelos recursos aplicados em equipamentos para os cursos de graduação e Hospitais das Clínicas (HC). Entre os beneficiados estão Física, Fisioterapia, Educação Física, Engenharia, Odontologia, Medicina e Química.

A UFPE também concluiu algumas obras de grande porte, como a reforma das salas de aula da Área 2, da biblioteca do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, do laboratório do curso de Engenharia Mecânica e do Teatro Milton Bacarelli, do Centro de Artes e Comunicação. “Esses investimentos não só repercutem na área de ensino como também na pesquisa e extensão”, destaca o pró-reitor de Planejamento, Hermino Ramos. Uma das obras concluídas recentemente foi o novo prédio do Departamento de Química Fundamental (DQF), com investimentos de R$ 1,43 milhão nas instalações, que possuem 1.830 metros quadrados.

Também se comemora neste final de ano o recebimento de uma verba repassada pela Secretaria de Ensino Superior (SESu) do MEC para a melhoria das condições de ofertas dos cursos da graduação. No total, são R$ 850 mil em investimentos e já chegou a metade, que será aplicada em todos os centros acadêmicos. “Só temos a festejar esse ganho. Algumas instituições receberam somente 25% do valor prometido. Nossos projetos foram bem elaborados e reconhecidos”, elogia o pró-reitor da Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos, Roberto Coutinho.

CONSOLIDAÇÃO - Durante todo o ano, a UFPE se empenhou em dar continuidade e consolidar projetos de melhoria da qualidade do ensino da graduação. É o caso do Ciberc@ampus, que serve de instrumento para complementar disciplinas presenciais ou trabalhar em não-presenciais, utilizando a Internet como principal ferramenta e o de Atualização de Didático-Pedagógica. Há, ainda, o programa de Excursão Didática, dirigido aos alunos e o Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão. Uma atividade que esteve em alta no ano de 2002 foi o Proensino, que financia, com recursos da própria Universidade, projetos da graduação para corrigir deficiências identificadas no ensino de disciplinas.Foram gastos R$ 350 mil e selecionados 57 projetos; 43 de professores e 14 de coordenadores de cursos. Em 2003, o Proensino terá um recurso adicional de R$ 150 mil.

Bibliotecas passam a oferecer serviços modernos aos alunos

Um dos grandes avanços do setor de bibliotecas da UFPE, neste ano, foi a implantação de um novo software de gerenciamento de acervo, que possibilita o acesso dos estudantes aos livros a partir da Internet. Toda essa comodidade será possível ao programa Pergamum - recém-adquirido com recursos do Fundo de Infra-Estrutura do Ministério da Ciência e Tecnologia (CT-Infra).

Além do software, os recursos - R$ 1,4 milhão - foram aplicados na aquisição de 69 novos computadores para os terminais de consulta, dez impressoras e dez scanners, que serão distribuídos entre as dez bibliotecas setoriais da Universidade. Cerca de 8.400 livros nacionais, 1.688 livros importados e mais de 280 periódicos nacionais e estrangeiros também estarão estreando nas prateleiras das bibliotecas.

“Os recursos chegaram na hora certa. A aquisição do novo software vai fazer com que resolvamos vários problemas, não só dos usuários, mas problemas internos de catalogação e gerenciamento do fluxo de empréstimo de periódicos”, comenta a diretora da Biblioteca Central, Conceição Torres D´Amorim. A migração do acervo começa em janeiro e o novo sistema de bibliotecas está previsto para operar em março.

HC recupera infra-estrutura e melhora gestão, apesar da crise

Redução de despesas, recuperação da infra-estrutura, aquisição de novos equipamentos, implantação de mecanismos de controle, além da implantação de um programa de humanização. Essas foram algumas melhorias implantadas no Hospital das Clínicas este ano, apesar das dificuldades enfrentadas pelos hospitais universitários em todo o País. O HC contou com a ajuda de parceiros da iniciativa privada e instituições filantrópicas.

A aquisição de equipamentos novos beneficiou alguns setores como a oftalmologia, a pediatria e o serviço de imagem, por meio do Programa de Modernização e Consolidação da Infra-Estrutura dos Hospitais Universitários do MEC e de doações feitas por empresas privadas.

Na área de infra-estrutura, foram inauguradas as novas instalações da Colposcopia e da Unidade de Transplante e criada a enfermaria de alta complexidade. Além disso, foram recuperados os blocos cirúrgicos e obstétricos, que dispõe de três leitos de recuperação, salas de apoio, novos fluxos para as salas de parto e de cirurgia. Os sistemas elétricos e hidrossanitários foram recuperados. O HC também credenciou a maternidade para atendimento de gestantes de alto risco, quatro leitos de UTI Neonatal e aumentou de seis para oito o número de leitos da UTI adulta.