Ano VIII - Nº 107 - Dezembro/2002













 

UFPE comemora 35 anos de pós-graduação

Além deste motivo para comemorar, a UFPE conta com quatro novos cursos de pós, somando hoje 32 doutorados e 57 mestrados, e três especializações a distância

Bruna Cruz

Desde 1967, com a criação dos cursos de mestrado em bioquímica, economia, matemática e sociologia, a UFPE vem procurando transmitir conhecimento e formar profissionais altamente capacitados. Todo este esforço é recompensado com o 7º lugar na classificação das melhores universidades do País a oferecer cursos de pós-graduação. Essa classificação só foi possível graças ao investimento que vem sendo feito ao longo dos últimos anos no estímulo à capacitação dos docentes e na reestruturação dos cursos de pós-graduação, visualizando sempre a necessidade de geração de conhecimento da sociedade.

Em um ano que comemora 35 anos de seu primeiro curso de pós-graduação, a UFPE alcançou a marca de 32 doutorados e 57 mestrados com a criação de quatro cursos: o doutorado em Ciências Farmacêuticas, o mestrado em Design, o mestrado e o doutorado em Arqueologia. Estes e os mestrados profissionalizantes em Economia, Ciência da Computação e Engenharia Elétrica, o mestrado em Odontologia e o doutorado em Matemática Computacional foram recomendados pela Capes e já fazem parte do sistema nacional de pós-graduação.

A grande novidade foi a implantação das três primeiras especializações a distância - Gestão do Patrimônio Cultural Integrado ao Planejamento Urbano da América Latina, Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal e Hipermídia. A iniciativa estava prevista no Programa de Modernização da Pós-Graduação da UFPE, elaborado em 2001 por uma comissão com representantes dos dez centros da Universidade. “Queremos implantar um modelo de ensino que, além de atender a demanda de quem não pode participar dos cursos formais, alie conteúdo, qualidade e faça com que o aluno reflita sobre o mundo onde está inserido”, explica o diretor de Pós-Graduação da Pró-Reitoria para Assuntos de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq) da UFPE, professor José Carlos Wanderley. Em 2003, a UFPE pretende implantar pelo menos um curso de especialização à distância em cada centro e consolidar ainda mais os programas de pós-graduação existentes.

Investimento na capacitação amplia qualificação de docentes

O resultado do investimento da UFPE na capacitação de docentes é visível. Em 1990, 477 professores contavam apenas com a graduação. Atualmente, são apenas 155. Ao mesmo tempo, o número de docentes com doutorado passou de 391 para 868. Para que esse número aumente ainda mais, a Universidade implantou, por meio da Propesq, o Programa de Capacitação Institucional.

Este ano, a pró-reitoria realizou o levantamento das necessidades de aperfeiçoamento dos docentes através de formulário eletrônico disponibilizado no seu site (www.propesq.ufpe.br) para, com os dados obtidos, elaborar o programa. Algumas estratégias de ação já estão definidas, como o estímulo à qualificação nos moldes tradicionais, via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a disponibilização de vagas nos cursos da UFPE e a viabilização de convênios internacionais.

A Universidade também está submetendo projetos de capacitação junto ao Programa de Qualificação Institucional (PQI), instituído pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Uma comissão de capacitação composta por integrantes das Câmaras de Pesquisa e Pós-Graduação vai, junto com a Propesq, ajudar no trabalho de avaliação e acompanhamento de propostas elaboradas pelos departamentos.

Apesar de ter sido formatado inicialmente para atingir os docentes, o programa de capacitação deve ser estendido, em breve, aos técnicos, como está definido no Planejamento Plurianual da UFPE.